Temas diversos. Observar, pensar, sentir, fazer crítica construtiva e refletir sobre tudo que o mundo e a própria vida nos traz - é o meu propósito. Um pequeno espaço para uma visão subjetiva, talvez impregnada de utopia, mas, certamente, repleta de perguntas, questionamentos, dúvidas e buscas, que norteiam a vida de muitas pessoas nos dias de hoje.

As perguntas sobre a existência e a vida humana, sobre a fé, a Bíblia, a religião, a Igreja (sobretudo a Igreja Católica) e sobre a sociedade em que vivemos – me ajudam a buscar uma compreensão melhor desses assuntos, com a qual eu me identifico. Nessa busca, encontrando as melhores interpretações, análises e colocações – faço questão para compartilhá-las com os visitantes desta página.

Dedico este Blog de modo especial a todos os adolescentes e jovens cuja vida está cheia de indagações.
"Navegar em mar aberto, vivendo em graça ou não, inteiramente no poder de Deus..." (Soren Kierkegaard)

quinta-feira, 24 de março de 2016

O silêncio Daquele que Jesus chama "Abba, meu Pai". – Uma profunda reflexão!


Abaixo, uma pequena reflexão para os momentos de silêncio da Sexta-feira Santa. Muito boa!
O texto foi publicado no site do Instituto Humanitas Unisinos (IHU).
Vale a pena refletir.
WCejnóg




IHU - Notícias
Quinta, 24 de março de 2016

O silêncio Daquele que Jesus chama Abba, meu Pai"

Artigo  de Alexander Nava









O Cristo torturado da América Latina de Guido Rocha.
(Fonte: dasilio.wordpress.com)





Jesus de Nazaré, o Filho, na vida “passou fazendo o bem” (cf. At 10, 37s), numa profunda intimidade com o Deus que chamava de “Abba, meu Pai” e com os abandonados de seu tempo. Ele se fez presença, companhia, remédio e esperança daqueles que tinham “fome e sede de Justiça”. 

Era portador de uma “Boa-Notícia”: o Reino de Deus como espaço disponível para todos, de espera escatológica (para além daqui), cuja realização é experimentada desde aqui. Hoje, garantir os valores do Reino – Justiça, Verdade, Direito, Paz, etc. – é viver centelhas do que “na plenitude escatológica” está reservado.

Não há espaço para remendos: “para vinho novo, odres novos”. O Reino exige uma nova postura, uma autêntica conversão. Em outras palavras, é buscar continuamente a vivência dos valores salutares do Reino com profecia e sem temor.

Por causa do Reino, que anunciou profeticamente, na opção de  Deus por aqueles que a religião e os “importantes da sociedade” julgavam desprezíveis, foi condenado à morte vergonhosa de cruz. É possível aprender uma lição: a verdade tem um preço! Queremos viver na verdade e assumir suas consequências?

A resistência ao sofrimento não é diferente para Jesus. Ele não é um super-homem, muito menos está imune de sofrer. O “grito forte” de Jesus na cruz, narrado pelo evangelista Marcos, desvela com fidelidade aquilo que vivenciou naquele madeiro: abandono, sofrimento, vergonha.

experiência do abandonado é atualizada no grito dos crucificados de hoje e de todos os tempos. Nele retoma-se a pergunta que surgiu no século XX, principalmente depois das guerras mundiais, genocídios, etc.: o que fazia Deus diante de tanta atrocidade?

Deus está ali, junto com os crucificados de cada tempo. É um Deus que sofre, aceita sofrer, porque ama apaixonadamente, não apenas o seu igual (Filho), mas o seu outro (mundo e ser humano). É um amor que não imuniza a dor.



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