Temas diversos. Observar, pensar, sentir, fazer crítica construtiva e refletir sobre tudo que o mundo e a própria vida nos traz - é o meu propósito. Um pequeno espaço para uma visão subjetiva, talvez impregnada de utopia, mas, certamente, repleta de perguntas, questionamentos, dúvidas e buscas, que norteiam a vida de muitas pessoas nos dias de hoje.

As perguntas sobre a existência e a vida humana, sobre a fé, a Bíblia, a religião, a Igreja (sobretudo a Igreja Católica) e sobre a sociedade em que vivemos – me ajudam a buscar uma compreensão melhor desses assuntos, com a qual eu me identifico. Nessa busca, encontrando as melhores interpretações, análises e colocações – faço questão para compartilhá-las com os visitantes desta página.

Dedico este Blog de modo especial a todos os adolescentes e jovens cuja vida está cheia de indagações.
"Navegar em mar aberto, vivendo em graça ou não, inteiramente no poder de Deus..." (Soren Kierkegaard)

sexta-feira, 27 de maio de 2016

Corpo e Sangue de Cristo. Reflexão de José Antonio Pagola. Muito boa!



“(...) Fazei isto em memória de mim.” (1Cor 11,24)

A Festa de Corpus Christi foi celebrada nesta semana no Brasil (feriado nacional) e também em muitos países do mundo.
Aproveitando esse momento, trago para o blog Indagações-Zapytania uma reflexão muito bonita e bem concreta, que tem como fundo o texto bíblico 1 Cor 11,23-26 (Paulo fala da Céia do Senhor). É de autoria do padre e teólogo espanhol José Antonio Pagola.
Foi publicada no site do Instituto Humanitas Unisinos (IHU).
Não deixe de ler.
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IHU – Notícias
Sexta, 27 de maio de 2016

Corpo e Sangue de Cristo. 

A leitura que a Igreja propõe neste domingo é o Evangelho de Jesus segundo Lucas 7,1-10 que corresponde ao 9° Domingo do Tempo Comum, ciclo C do Ano Litúrgico.


O teólogo espanhol José Antonio Pagola comenta o texto da Primeira Carta de Paulo aos Corintios, capitulo 11,23-26, que corresponde à Festa do Corpo e Sangue de Cristo.

Eis o texto


Fazer memória de Jesus

Ao narrar a última Ceia de Jesus com seus discípulos, as primeiras gerações cristãs recordavam o desejo expresso de forma solene pelo seu Mestre:  «Fazei isto em memória de mim».  Assim o recolhem os evangelistas Lucas e Paulo, o evangelizador dos gentios. Desde sua origem, a Ceia do Senhor foi celebrada pelos cristãos para fazer memória de Jesus, atualizar a sua presença viva no meio de nós e alimentar a nossa fé nele, na sua mensagem e na sua vida entregue por nós até a morte. Recordemos quatro momentos significativos na estrutura atual da missa. Temos que vivê-los pessoalmente e em comunidade.

A escuta do Evangelho

Fazemos memória de Jesus quando escutamos nos evangelhos o relato da sua vida e da sua mensagem. Os evangelhos foram escritos, precisamente, para guardar a recordação de Jesus, alimentando assim a fé e o acompanhamento dos seus discípulos. Do relato evangélico não aprendemos doutrina, mas, sobretudo, a forma de ser e de atuar de Jesus, que deve inspirar e modelar a nossa vida. Por isso, temos que escutar em atitude de discípulos que querem aprender a pensar, sentir, amar e viver como Ele.

A memória da Ceia

Fazemos memória da ação salvadora de Jesus escutando com fé suas palavras: «Este é meu corpo. Vede-me nestes pedaços de pão entregando-me por vós até a morte... Este é o cálice do meu sangue. Derramado para o perdão dos pecados. Assim me recordareis sempre. Eu vos amei até o extremo». Neste momento confessamos a nossa fé em Jesus Cristo fazendo uma síntese do mistério da nossa salvação: "Anunciamos Tua morte, proclamamos a Tua ressurreição. Vem, Senhor Jesus". Sentimo-nos salvos por Cristo nosso Senhor.

A oração de Jesus

Antes de comungar, pronunciamos a oração que nos ensinou Jesus. Primeiro, identificamo-nos com os três grandes desejos que levava no seu coração: o respeito absoluto a Deus, a vinda do seu reino de justiça e o cumprimento da sua vontade de Pai. Logo, com as suas quatro petições ao Pai: pão para todos, perdão e misericórdia, superação das tentações e libertação de todo o mal.

A comunhão com Jesus

Aproximamo-nos como pobres, com a mão estendida; tomamos o Pão da vida; comungamos fazendo um ato de fé; acolhemos em silêncio a Jesus no nosso coração e na nossa vida: «Senhor, quero comungar contigo, seguir os teus passos, viver animado com o teu espírito e colaborar no teu projeto de fazer um mundo mais humano».

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