Temas diversos. Observar, pensar, sentir, fazer crítica construtiva e refletir sobre tudo que o mundo e a própria vida nos traz - é o meu propósito. Um pequeno espaço para uma visão subjetiva, talvez impregnada de utopia, mas, certamente, repleta de perguntas, questionamentos, dúvidas e buscas, que norteiam a vida de muitas pessoas nos dias de hoje.

As perguntas sobre a existência e a vida humana, sobre a fé, a Bíblia, a religião, a Igreja (sobretudo a Igreja Católica) e sobre a sociedade em que vivemos – me ajudam a buscar uma compreensão melhor desses assuntos, com a qual eu me identifico. Nessa busca, encontrando as melhores interpretações, análises e colocações – faço questão para compartilhá-las com os visitantes desta página.

Dedico este Blog de modo especial a todos os adolescentes e jovens cuja vida está cheia de indagações.
"Navegar em mar aberto, vivendo em graça ou não, inteiramente no poder de Deus..." (Soren Kierkegaard)

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

"Fala de solidariedade no Ano Novo, mas quer que os pobres paguem pela crise”. – Artigo de Leonardo Sakamoto. Muito atual!


O artigo "Fala de solidariedade no Ano Novo, mas quer que os pobres paguem pela crise”,  de Leonardo Sakamoto, é muito atual e oportuno.  Gostei da maneira realista e crítica com que o autor aponta  os equívocos  da nova política neoliberal que está sendo imposta à sociedade brasileira  pelo governo de Temer e confirmada pela maioria conservadora e corrupta do Congresso.

O texto foi publicado pelo autor no seu blog e também no site do Instituto Humanites Unisinos (IHU).   Trago-o também  para o blog Indagações-Zapytania  para contribuir um pouquinho na sua divulgação. Acho que é muito importante a sociedade brasileira tomar conhecimento do que de fato está acontecendo atualmente no Brasil e saber formar uma opinião verdadeira e justa, livre de manipulações.

Não deixe de ler!

WCejnóg


IHU - Adital
04 Janeiro 2017 

"Fala de solidariedade no Ano Novo, mas quer que os pobres paguem pela crise”. 

"Existe maior hipocrisia do que desejar fraternidade a um país atolado em uma gigantesca crise econômica e ficar em silêncio quando apenas os mais pobres pagam para sairmos do atoleiro?". A indagação é de Leonardo Sakamoto, jornalista e cientista polítco, em artigo publicado em seu blog, 01-01-2017.

Eis o artigo.

Por Leonardo Sakamoto

Para muita gente, solidariedade é uma palavra que significa ''entrega de calças velhas para vítimas de enchente”, “brinquedos usados repassados a orfanatos no Natal”, ''uma moeda entregue no semáforo'', “um doc limpa-consciência feito a algum orfanato” ou ''doação dos restos da ceia da virada do 31/12 para o 01/01 a algum morador de rua''.
Nada sobre um esforço coletivo de buscar a dignidade para todos o ano inteiro de forma estrutural.

Existe maior hipocrisia do que desejar fraternidade a um país atolado em uma gigantesca crise econômica e ficar em silêncio quando apenas os mais pobres pagam para sairmos do atoleiro? Ou, pior: defender abertamente que os ricos sejam poupados?

A já aprovada  limitação dos gastos públicos por 20 anos, o que afetará a educação e a saúde públicas, e as  reformas previdenciária e trabalhista, propostas de forma draconiana e sem discussão com a sociedade, inundam a casa dos brasileiros e das brasileiras via milionárias propagandas oficiais. Querem te convencer que é legal ficar mais pobre ainda.

Mas nada se fala sobre a necessidade de passar a fatura da crise também aos mais ricos, por exemplo, com a volta de um imposto sobre os dividendos recebidos de empresas, taxação de grandes fortunas e grandes heranças e uma reforma decente da tabela do imposto de renda – isentando a maior parte da classe média e cobrando faixas de 35% e 40% junto aos mais ricos.
Isso não resolve os problemas econômicos. Mas seriam ótimas ações para que o governo federal e o Congresso Nacional demonstrassem que suas prioridades de curto prazo não são apenas com as classes sociais e empresas que os colocaram lá, mas também com o povão que não foi às ruas, nem a favor, nem contra o impeachment, e assistiu a tudo bestializado.

Democratizar a redução de direitos em um país desigual em Justiça é um ato civilizatório.
O problema é que muita gente – no governo e fora dele – não consegue ser fraterna com os mais pobres porque não os enxerga como irmãos. Nem solidária, por não reconhecer neles semelhantes com direitos iguais. Aliás, para muitos, o deficit de empatia é tão grande que já seria uma vitória se percebessem naqueles que nada têm algum traço de humanidade.
Enfim, um Feliz 2017.

Fonte: IHU-Adital


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