“Disse então Maria: A minha alma engrandece ao
Senhor,
e o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador;
porque atentou na baixeza de sua serva;
pois eis que desde agora todas as gerações me chamarão bem-aventurada,
porque me fez grandes coisas o Poderoso; e santo é seu nome.
E a sua misericórdia é de geração em geração sobre os que o temem.” (Lc 1, 46-50)
e o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador;
porque atentou na baixeza de sua serva;
pois eis que desde agora todas as gerações me chamarão bem-aventurada,
porque me fez grandes coisas o Poderoso; e santo é seu nome.
E a sua misericórdia é de geração em geração sobre os que o temem.” (Lc 1, 46-50)
Hoje trago para o
blog Indagações-Zapytania mais uma reflexão muito especial e bonita. A autora é Ana Maria Casarotti, Missionária de Cristo
Ressuscitado. O texto foi publicado no site do Instituto Humanitas Unisinos.
Vale a pena ler e
refletir!
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IHU – ADITAL
17Agosto 2018
Leitura do Evangelho segundo
Lucas 1, 39-59 (Correspondente à Solenidade da Assunção de Maria,
ciclo B do Ano Litúrgico).
O comentário é de Ana Maria
Casarotti, Missionária de Cristo Ressuscitado.
O Senhor
eleva os humildes
A Igreja celebra hoje a Solenidade
da Assunção da Virgem Maria, festa que nos confirma nosso destino glorioso.
Lucas não fala muito de Maria, mas
aquilo que fala tem grande profundidade. Quando ele escreve, pensa nas
comunidades. E Maria apresenta um caminho a percorrer, um
modelo para a vida das comunidades.
No texto que foi lido hoje, Lucas apresenta
Maria, logo após o início de sua gravidez, que parte às pressas para a região
montanhosa para visitar Isabel, sua parenta, que também estava grávida, apesar
da idade.
Desta forma inicia o peregrinar
de Maria, que será permanente durante toda sua vida. Maria partiu para
a região montanhosa, dirigindo-se, às pressas, a uma cidade da Judeia.
As duas eram conhecidas uma da outra.
Maria ouve que sua prima, que já era idosa, está grávida e sai sem demora para servi-la.
Ela atende rapidamente às exigências da Palavra de Deus.
Deve atravessar mais de 100
quilômetros pela região montanhosa de Nazaré para chegar ao povoado onde mora
Isabel. E sua disponibilidade e capacidade de serviço ficam uma vez mais
manifestadas.
São duas gerações que
se encontram. A mais nova vai à procura de sua prima, que é uma mulher idosa,
que tinha muita vontade de ser mãe, mas sua idade já era muito avançada.
Isabel representa o Antigo Testamento que
termina e Maria representa o Novo que começa. Isabel acolhe o Novo
com alegria e agradecimento. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a
criança se agitou no seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo.
No encontro entre as duas mulheres,
manifesta-se o Espírito Santo. Isabel expressa com um grande grito sua acolhida
ao Dom do Espírito que está se manifestando em Maria e faz saltar sua criança
no ventre. Suas palavras expressam a profunda alegria que a Boa Nova de
Deus manifestada em Maria representa para um povo, especialmente para os mais
pobres e necessitados. Maria é “bendita entre as mulheres e é bendito o
fruto do seu ventre! Ela alegra-se ao proclamar um Deus que se manifesta
sem considerar as fraquezas ou limitações das pessoas.
O dom de Deus é gratuito e vem
realizar a expectativa de um povo que aguarda ansioso sua chegada. Deus de
Israel escolhe um povo pequeno, pois Ele age gratuitamente. Maria proclama
assim a grandeza do Senhor. Ela dirá: "Meu espírito se alegra em
Deus, meu salvador, porque olhou para a humilhação de sua serva”.
Maria começa proclamando a mudança
que aconteceu na sua própria vida sob o olhar amoroso de Deus, cheio de
misericórdia. Por isso, ela canta feliz: “Exulto de alegria em Deus,
meu Salvador”.
No cântico contempla-se sua profunda
compreensão do atuar de Deus em favor dos mais pobres e necessitados. Ela
reconhece a presença de amor e misericórdia de Deus em favor de seu povo
escolhido apesar das suas infidelidades, dificuldades, e dos momentos que
parecia que os tinha abandonado.
“Proclama a mudança que o braço de
Javé estava realizando em favor dos pobres e famintos. A expressão “braço
de Deus” lembra a libertação do Êxodo. É esta força salvadora de Javé que
faz acontecer a mudança: dispersa os orgulhosos (1,51),
destrona os poderosos e eleva os humildes (1,52), manda os ricos
embora sem nada e aos famintos enche de bens (1,53).”
Como disse o Papa Francisco,
“a esperança oferecida pelo Evangelho é o antídoto contra o espírito de
desespero que parece crescer como um câncer no meio da sociedade, que
exteriormente é rica e todavia muitas vezes experimenta amargura interior e
vazio”. (Disponível em: https://www.acidigital.com)
Hoje somos convidados a descobrir na
vida pessoal e em nossas comunidades a presença de um Deus misericordioso que
nos conduz por verdes caminhos e nunca nos abandona.
Reconhecendo a presença e ação de
Deus em nossa vida e em nossas comunidades, cantemos com Maria ao nosso Deus.
Oração
Minha alma proclama a grandeza do
Senhor,
meu espírito se alegra em Deus, meu salvador,
porque olhou para a humilhação de sua serva.
meu espírito se alegra em Deus, meu salvador,
porque olhou para a humilhação de sua serva.
Doravante todas as gerações me felicitarão,
porque o Todo-poderoso realizou grandes obras em meu favor:
seu nome é santo,
e sua misericórdia chega aos que o temem,
de geração em geração.
Ele realiza proezas com seu braço:
dispersa os soberbos de coração,
derruba do trono os poderosos e eleva os humildes;
aos famintos enche de bens, e despede os ricos de mãos vazias.
Socorre Israel, seu servo,
lembrando-se de sua misericórdia,
- conforme prometera aos nossos pais -
em favor de Abraão e de sua descendência, para sempre. (Lucas 1,46-55)
Referências
Bíblia Sagrada. Ed. Pastoral. São Paulo 1999.
MESTERS Carlos e LOPES Mercedes. O
avesso é o lado certo. www.cebi.org.br
MOSCONI, Luis. Evangelho de Jesús Cristo segundo
Lucas. São Paulo. Loyola, 1997.
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