"Portanto,
vigiem, porque vocês não sabem em que dia virá o seu Senhor.
Mas entendam isto: se o dono da casa soubesse a que hora da noite o ladrão viria, ele ficaria de guarda e não deixaria que a sua casa fosse arrombada.
Assim, também vocês precisam estar preparados, porque o Filho do homem virá numa hora em que vocês menos esperam.” (Mt 24, 42-44)
Mas entendam isto: se o dono da casa soubesse a que hora da noite o ladrão viria, ele ficaria de guarda e não deixaria que a sua casa fosse arrombada.
Assim, também vocês precisam estar preparados, porque o Filho do homem virá numa hora em que vocês menos esperam.” (Mt 24, 42-44)
Hoje, uma excelente reflexão, muito concreta e relevante.
Como pano de fundo tem o texto bíblico Mt
24, 37-44 (A vinda do Filho do
Homem). É de autoria do padre e teólogo espanhol José
Antonio Pagola e foi publicada no site do Instituto Humanitas Unisinos (IHU).
Considero esta reflexão uma excelente oportunidade
para conhecermos mais e entendermos melhor as palavras bíblicas, que muitas
vezes se apresentam difíceis para nós.
Vale a
pena ler!
WCejnóg
IHU – ADITAL
29/11/201
A leitura que a Igreja propõe neste domingo é o
Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 24,37-44 que corresponde ao
1°Domingo de Advento, ciclo A do Ano Litúrgico. O teólogo espanhol José
Antonio Pagola comenta o texto.
Eis o texto
Nem sempre é fácil dar um nome a este mal-estar
profundo e persistente que podemos sentir em alguns momentos da vida. Assim me
foi confessado em mais de uma ocasião por pessoas que, por outro lado,
procuravam “algo diferente”, uma luz nova, talvez uma experiência capaz
de dar nova cor ao seu viver diário.
Podemos chamá-lo de “vazio interior”,
insatisfação, incapacidade de encontrar algo sólido que leve ao desejo de viver
intensamente. Talvez seja melhor chamá-lo de “tédio”, cansaço de viver sempre o
mesmo, sensação de não acertar com o segredo da vida: estamos enganando-nos em
algo essencial e não sabemos exatamente em quê.
Às vezes a crise adquire um tom religioso.
Podemos falar de “perda de fé”? Não sabemos já em que acreditar, nada consegue
iluminar-nos por dentro, abandonamos a religião ingênua de outros tempos, mas
não a substituímos por nada melhor. Pode então crescer em nós uma sensação
estranha: ficamos sem qualquer chave para orientar a nossa vida. Que podemos
fazer?
A primeira coisa é não ceder à tristeza nem
à crispação: tudo nos está chamando para viver. Dentro desse mal-estar tão
persistente, há algo muito saudável: o nosso desejo de viver algo mais positivo
e menos falso, algo mais digno e menos artificial. O que necessitamos é
reorientar a nossa vida. Não se trata de corrigir um aspecto concreto da nossa
pessoa. Isso virá talvez depois. Agora, o importante é ir ao essencial,
encontrar uma fonte de vida e salvação.
Por que não paramos para ouvir essa chamada urgente
de Jesus para despertar? Não necessitamos escutar as Suas palavras?
“Mantenham-se acordados”, “percebam o momento que estão vivendo”, “é hora de despertar”. Todos
temos que nos perguntar o que estamos negligenciando na nossa vida, o que
precisamos mudar e a que precisamos dedicar mais atenção e mais tempo.
As palavras de Jesus são dirigidas a todos e
cada um: “Vigiai”. Temos de reagir. Se o fizermos, viveremos um desses raros
momentos em que nos sentimos “despertos” desde o mais profundo do nosso
ser.
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