Temas diversos. Observar, pensar, sentir, fazer crítica construtiva e refletir sobre tudo que o mundo e a própria vida nos traz - é o meu propósito. Um pequeno espaço para uma visão subjetiva, talvez impregnada de utopia, mas, certamente, repleta de perguntas, questionamentos, dúvidas e buscas, que norteiam a vida de muitas pessoas nos dias de hoje.

As perguntas sobre a existência e a vida humana, sobre a fé, a Bíblia, a religião, a Igreja (sobretudo a Igreja Católica) e sobre a sociedade em que vivemos – me ajudam a buscar uma compreensão melhor desses assuntos, com a qual eu me identifico. Nessa busca, encontrando as melhores interpretações, análises e colocações – faço questão para compartilhá-las com os visitantes desta página.

Dedico este Blog de modo especial a todos os adolescentes e jovens cuja vida está cheia de indagações.
"Navegar em mar aberto, vivendo em graça ou não, inteiramente no poder de Deus..." (Soren Kierkegaard)

sexta-feira, 29 de novembro de 2019

“Reorientar a vida”. – Reflexão de José Antonio Pagola.




"Portanto, vigiem, porque vocês não sabem em que dia virá o seu Senhor.
Mas entendam isto: se o dono da casa soubesse a que hora da noite o ladrão viria, ele ficaria de guarda e não deixaria que a sua casa fosse arrombada.
Assim, também vocês precisam estar preparados, porque o Filho do homem virá numa hora em que vocês menos esperam.
” (Mt 24, 42-44)



Hoje, uma excelente reflexão, muito concreta e relevante. Como pano de fundo tem o texto bíblico Mt 24, 37-44 (A vinda do Filho do Homem). É de autoria do padre e teólogo espanhol José Antonio Pagola e foi publicada no site do Instituto Humanitas Unisinos (IHU).



Considero esta reflexão uma excelente oportunidade para conhecermos mais e entendermos melhor as palavras bíblicas, que muitas vezes se apresentam difíceis para nós. 



Vale a pena ler!

WCejnóg


 

IHU – ADITAL

29/11/201



A leitura que a Igreja propõe neste domingo é o Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 24,37-44 que corresponde ao 1°Domingo de Advento, ciclo A do Ano Litúrgico. O teólogo espanhol José Antonio Pagola comenta o texto. 



Eis o texto



Nem sempre é fácil dar um nome a este mal-estar profundo e persistente que podemos sentir em alguns momentos da vida. Assim me foi confessado em mais de uma ocasião por pessoas que, por outro lado, procuravam “algo diferente”, uma luz nova, talvez uma experiência capaz de dar nova cor ao seu viver diário.



Podemos chamá-lo de “vazio interior”, insatisfação, incapacidade de encontrar algo sólido que leve ao desejo de viver intensamente. Talvez seja melhor chamá-lo de “tédio”, cansaço de viver sempre o mesmo, sensação de não acertar com o segredo da vida: estamos enganando-nos em algo essencial e não sabemos exatamente em quê.



Às vezes a crise adquire um tom religioso. Podemos falar de “perda de fé”? Não sabemos já em que acreditar, nada consegue iluminar-nos por dentro, abandonamos a religião ingênua de outros tempos, mas não a substituímos por nada melhor. Pode então crescer em nós uma sensação estranha: ficamos sem qualquer chave para orientar a nossa vida. Que podemos fazer?



A primeira coisa é não ceder à tristeza nem à crispação: tudo nos está chamando para viver. Dentro desse mal-estar tão persistente, há algo muito saudável: o nosso desejo de viver algo mais positivo e menos falso, algo mais digno e menos artificial. O que necessitamos é reorientar a nossa vida. Não se trata de corrigir um aspecto concreto da nossa pessoa. Isso virá talvez depois. Agora, o importante é ir ao essencial, encontrar uma fonte de vida e salvação.



Por que não paramos para ouvir essa chamada urgente de Jesus para despertar? Não necessitamos escutar as Suas palavras?



“Mantenham-se acordados”, “percebam o momento que estão vivendo”, “é hora de despertar”. Todos temos que nos perguntar o que estamos negligenciando na nossa vida, o que precisamos mudar e a que precisamos dedicar mais atenção e mais tempo.



As palavras de Jesus são dirigidas a todos e cada um: “Vigiai”. Temos de reagir. Se o fizermos, viveremos um desses raros momentos em que nos sentimos “despertos” desde o mais profundo do nosso ser. 




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