Temas diversos. Observar, pensar, sentir, fazer crítica construtiva e refletir sobre tudo que o mundo e a própria vida nos traz - é o meu propósito. Um pequeno espaço para uma visão subjetiva, talvez impregnada de utopia, mas, certamente, repleta de perguntas, questionamentos, dúvidas e buscas, que norteiam a vida de muitas pessoas nos dias de hoje.

As perguntas sobre a existência e a vida humana, sobre a fé, a Bíblia, a religião, a Igreja (sobretudo a Igreja Católica) e sobre a sociedade em que vivemos – me ajudam a buscar uma compreensão melhor desses assuntos, com a qual eu me identifico. Nessa busca, encontrando as melhores interpretações, análises e colocações – faço questão para compartilhá-las com os visitantes desta página.

Dedico este Blog de modo especial a todos os adolescentes e jovens cuja vida está cheia de indagações.
"Navegar em mar aberto, vivendo em graça ou não, inteiramente no poder de Deus..." (Soren Kierkegaard)

domingo, 29 de setembro de 2013

Jak Łazarz, czekając na okruchy... – Krótkie refleksje




Wspaniałe, krótkie  refleksje , które każdy z nas może zamienić w osobistą medytację i modlitwę...



Wyjęte z Power Point (PPS) – strona internetowa  Sióstr Benedyktynek z Montesserrat: 

(Tłumaczone z j. Portugalskiego)

Wcejnog


Jezus nikomu nie zabrania usiąść przy swoim stole,
ani nie wzbrania się być czyimś gościem.
Nasza ziemia powinna być jednym ogromnym
stołem dla wszystkich, wypełniona prostymi i
smacznymi owocami, będącymi wynikiem naszej pracy i
Bożym prezentem.
Gdybyśmy dzielili się tym co mamy,
wystarczyłoby dla wszystkich.
Pomimo  że jesteśmy źli i pełni wad,
nigdy nie powinniśmy wątpić:
Jezus chętnie zaprasza nas do swojego stołu,
i bardzo się cieszy kiedy my Go
zapraszamy do naszego.


José Arregi.




Łazarz

Panie, ponad połowa ludzkości
chodzi jak Łazarz, szukaj
ąc okruchów
spadaj
ących ze stołu  Kapitału.
Wszyscy u drzwi pałaców i biznesu,
czekaj
ąc na resztki
a Ty jesteś z nimi.

Jeste
ś u drzwi żebrząc z ubogimi
i do
świadczając przykrości, kiedy drzwi
zamykaj
ą sie przed  nimi.
I krzyczysz  przez okno do handlarzy niewolników:
Nadejdzie dzień, kiedy stracicie  wszystko.
Bo w końcu, zostaniecie osadzeni na podstawie miłości.


Idą  do kościoła  w niedzielę, aby usłyszeć
to czego oczekuja:
że Ty uczyniłeś bogatych i biednych i
że  trzeba by
ć dobrym dla wszystkich,
czyli,  dla nikogo.
I wychodz
ą spokojni, jakby to był twój głos.



Weź mnie ze sobą do chat "Łazarzy",
żeby podnieść z podłogi  to  co spadło
i dać lask
ę chromemu,
aby wznie
ść ściany  i założyć sufity,
aby przygotowa
ć stoły okrągłe
dla niedożywionych dzieci.


Weź mnie,  nie pozostawiaj mnie upad
łego na drodze,
teraz, gdy doszedłem aż dotąd,
szukaj
ąc gwiazdy miłości.
Powiedz mi też,
jak powiedziałeś tamtemu chromemu :
Wstań i chodź!

(Patxi Loidi)




sábado, 28 de setembro de 2013

“O rico e Lázaro”. (Lc 16, 19-31) – Comentário de Assun Gutiérrez. Muito bom!




“Abraão respondeu-lhe: Filho, lembra-te que recebeste os teus bens em vida e Lázaro os males. Por isso, agora ele encontra-se aqui consolado, enquanto tu és atormentado.” (Lc 16,25)
                
Mais um comentário, muito bom, para refletir sobre a parábola do rico e Lázaro (Lc 16, 19-31). É de autoria de Asun Gutiérrez Cabriada.   
Não  deixe de ler.
WCejnog

[Os interessados pedem ler esse texto em apresentação de PPS, acessando o site das Monjas Beneditinas de Montesserrat: Benedictinascat/Montserrat. Trabalho muito bonito!]





Jesus a ninguém nega um lugar à sua mesa,
nem se nega a ser comensal de ninguém.
A nossa terra deveria ser uma única grande
mesa para todos, cheia de frutos humildes e
saborosos, fruto do nosso trabalho
e presente de Deus.
Se partilhássemos o que temos,
haveria o suficiente para todos.
Por maus ou cheios de defeitos que nos vejamos,
nunca deveríamos duvidar disto:
Jesus acolhe-nos com gosto à sua mesa,
e é um gosto para Ele
que O convidemos para a nossa mesa.

José Arregi.      

                         

Comentário

Naquele tempo, disse Jesus aos fariseus:
Havia um homem rico, que se vestia
de púrpura e linho fino e se banqueteava
esplendidamente todos os dias.
Um pobre, chamado Lázaro, jazia
junto do seu portão, coberto de chagas.
Bem desejava saciar-se do que caía
da mesa do rico, mas até os cães
vinham lamber-lhe as chagas.

Lázaro significa “Deus ajuda”.  Nesta parábola é o pobre o único que tem nome. O nome do rico não aparece no texto.
A riqueza de umas pessoas é a causa do empobrecimento de outras, no tempo de Jesus e sempre.

De Lázaro não se diz que fosse bom, nem do rico que fosse perverso. A única acusação que se lhe faz é que não quis partilhar os seus bens. Bens que impedem toda a atitude solidária e fraterna, desumanizam e incapacitam para ver e sentir as necessidades dos outros.

O rico representa quem tem medo de entrar em contato com o que possa questionar e complicar o seu estilo de vida. Não vê as necessidades dos outros ou, se as vê, não se sente responsável nem movido nem comovido por elas. 

Ora sucedeu que o pobre morreu e foi
colocado pelos anjos ao lado de Abraão.
Morreu também o rico e foi sepultado.
mansão dos mortos, estando em tormentos,
levantou os olhos e viu Abraão
com Lázaro a seu lado.
Então ergueu a voz e disse:
 ‘Pai Abraão, tem compaixão de mim.
Envia Lázaro, para que molhe em
água a ponta do dedo e me refresque a língua,
porque estou atormentado nestas chamas’.
Abraão respondeu-lhe: ‘Filho, lembra-te que
recebeste os teus bens em vida e Lázaro
os males. Por isso, agora ele encontra-se
aqui consolado, enquanto tu és atormentado.

O objetivo da parábola não é refletir sobre o inferno nem sobre a credibilidade ou não das aparições, nem situa o ensinamento no destino final. Não se trata de solucionar os problemas remetendo-os para o mais além. A questão é não nos deixarmos desumanizar por nenhum tipo de riquezas e sermos pessoas sensíveis e  solidárias com quem necessita. 

O perigo, e o contra-senso para quem se considere cristão, é a despreocupação, a indiferença, o não querer inteirar-se da existência de tantos “lázaros” que necessitam de uma mão estendida.   
       
Além disso há entre nós e vós um
grande abismo, de modo que se alguém
quisesse passar daqui para junto de vós,
ou daí para junto de nós,
não poderia fazê-lo.

A mensagem da parábola é muito atual.  Há um abismo entre uma  pessoa e/ou uma comunidade fechada, baseada no dinheiro, nas normas, no poder, no costume, no isolamento, no  medo... e uma pessoa e/ou comunidade evangélica, aberta, livre, solidária, que acolhe, partilha, respeita, compreende...

Não há nenhuma dúvida de que Jesus acolhe e aceita a todos os que queiram participar da sua mesa, sem exceção. Portanto, todo o impedimento, proibição, exclusão, rejeição... para participar na mesa e na vida da comunidade, não é atitude evangélica, não é o que Jesus fez nem o que nos recomenda fazer.

O rico insistiu: ‘Então peço-te, ó pai,
que mandes Lázaro à minha casa paterna
– pois tenho cinco irmãos –
para que os previna, a fim de que não
venham também para este lugar de sofrimento’.
Disse-lhe Abraão ‘Eles têm Moisés e os Profetas:
que os oiçam’. Mas ele insistiu:
‘Não, pai Abraão. Se algum dos mortos
for ter com eles, arrepender-se-ão’.
Abraão respondeu-lhe:
 ‘Se não dão ouvidos a Moisés nem aos Profetas,
também não se deixarão convencer,
se alguém ressuscitar dos mortos’.

Também hoje, apesar da clareza da mensagem de Jesus, podemos  auto enganar-nos buscando subterfúgios ou pedindo milagres para evadir compromissos.

Como os fariseus –”amigos do dinheiro”- conhecemos teoricamente e lemos com frequência a Palavra de Jesus. Transforma realmente a nossa vida?

Está claro que se a Palavra, a Pessoa, a vida de Jesus, não transforma a nossa vida, não mudaremos mesmo que ressuscite um morto.



Lázaro

Senhor, mais de metade da humanidade
anda como Lázaro, buscando as migalhas
que o Capital deixa cair.
Todos à porta dos palácios e dos negócios,
esperando as sobras,
e Tu estás com eles.     

Estás à porta mendigando com os pobres
e experimentando as portas
a fecharam-se-lhes na cara.
E gritas pela janela aos mercadores de escravos:
Chegará um dia em que perdereis tudo.
Porque, no final, vos examinarão pelo amor.
Vão ao templo ao domingo ouvir
o que eles esperam:
que Tu fizeste ricos e pobres e
que há que ser bom para com todos,
ou seja, com ninguém.
E saem tranquilos como se essa fosse a tua voz.
Leva-me contigo às choças dos “lázaros”,
a apanhar do chão o que está caído
e a dar um cajado ao coxo,
a levantar paredes e pôr tetos,
a preparar mesas redondas para
crianças desnutridas.
Leva-me, não me deixes caído/a no caminho,
agora que cheguei até aqui,
buscando a estrela do amor.
Diz-me também a mim,
como disseste àquele inválido:
Levanta-te e caminha!    

(Patxi Loidi)