«E vós, quem dizeis que Eu sou?» -
pergunta Jesus aos seus discípulos de ontem e de hoje. Mais cedo, mais tarde,
todo ser humano se deparará com a necessidade de revelar a sua resposta para
Ele.
E hoje, qual é a sua, a minha, a
nossa resposta?
Para refletir sobre este tema trago
para o blog Indagações o comentário
de M. Asun Gutiérrez Cabriada. Refere-se ao
texto
do Evangelho segundo Lucas (9, 18-24). É
uma reflexão muito interessante e útil para todos nós.
Não deixe de ler.
WCejnog
[Os
interessados pedem ler esse texto em apresentação de PPS, acessando o site das
Monjas Beneditinas de Montesserrat: http://www.benedictinescat.com/montserrat/imatges/Dom12C13port.pps Trabalho
muito bonito!]
Seguir Jesus implica pôr no centro do nosso olhar
e do nosso coração os pobres.
Seguir Jesus é viver com compaixão.
Sacudirmos de cima de nós a indiferença.
Seguir Jesus pede desenvolver o acolhimento.
Não excluir nem excomungar.
e do nosso coração os pobres.
Seguir Jesus é viver com compaixão.
Sacudirmos de cima de nós a indiferença.
Seguir Jesus pede desenvolver o acolhimento.
Não excluir nem excomungar.
Derrubar fronteiras e construir pontes.
Seguir Jesus é tomar a cruz de cada dia
em comunhão com Jesus e os crucificados da terra.
Seguir Jesus é confiar no Pai de todos,
pedir a vinda do seu reino
e semear a esperança de Jesus contra toda a esperança.
Seguir Jesus é tomar a cruz de cada dia
em comunhão com Jesus e os crucificados da terra.
Seguir Jesus é confiar no Pai de todos,
pedir a vinda do seu reino
e semear a esperança de Jesus contra toda a esperança.
Esta é a Boa Notícia que se nos revela em Jesus Cristo:
Deus dá-se-nos a si mesmo como é: Amor.
Deus dá-se-nos a si mesmo como é: Amor.
José Antonio Pagola.
Comentário
Um dia,
Jesus orava sozinho,
estando com
Ele apenas os discípulos.
Então
perguntou-lhes:
«Quem
dizem as multidões que Eu sou?».
Lucas começa por dizer que Jesus
estava “a orar a sós”, atitude na qual O apresenta em momentos especialmente
importantes da sua vida.
A cena acontece em Cesareia, terra pagã situada a uns 30 kms. do lago de Genesaré.
A cena acontece em Cesareia, terra pagã situada a uns 30 kms. do lago de Genesaré.
Num momento significativo da sua
missão, quando acaba a sua estadia na Galileia e se dispõe a subir a Jerusalém.
Jesus toma a iniciativa e pergunta pela ideia que têm d’Ele os que O viram e
ouviram.
A todos nos interessa o que pensem e digam as pessoas que nos querem: as pessoas que amamos e das quais esperamos amor e compreensão, com as quais partilhamos o projecto da nossa vida.
A todos nos interessa o que pensem e digam as pessoas que nos querem: as pessoas que amamos e das quais esperamos amor e compreensão, com as quais partilhamos o projecto da nossa vida.
Eles
responderam:
«Uns,
dizem que és João Baptista; outros, que és Elias;
e
outros, que és um dos antigos profetas que ressuscitou».
A resposta associa Jesus a algumas
personagens conhecidas
do passado e em continuidade com elas.
do passado e em continuidade com elas.
Falta captar a sua originalidade.
Descobrir a novidade.
Disse-lhes
Jesus:
«E vós,
quem dizeis que Eu sou?».
É a pergunta concreta,
transcendental, pessoal e definitiva
que Jesus me dirige a mim. Não se trata de saber coisas acerca d’Ele, mas de saber quem é Ele.
que Jesus me dirige a mim. Não se trata de saber coisas acerca d’Ele, mas de saber quem é Ele.
É Jesus para mim uma doutrina ou uma Pessoa que vive, me interpela e dá
sentido à minha vida?
A imagem que as pessoas tiverem de
Jesus dependerá, de certa maneira, das palavras e da vida dos que dizem ser
seus seguidores e seguidoras.
Jesus continua a perguntar-me: quem dizes que eu sou? Que testemunho dás de mim?
Jesus continua a perguntar-me: quem dizes que eu sou? Que testemunho dás de mim?
Pedro
tomou a palavra e respondeu:
«És o
Messias de Deus». Ele, porém, proibiu-lhes severamente de o dizerem fosse a
quem fosse
Pedro, como porta-voz do grupo,
responde com uma profissão de fé:
“Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo”. Confissão que todos, um dia, tinham expressado (Mt 14,33).
“Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo”. Confissão que todos, um dia, tinham expressado (Mt 14,33).
Como Pedro, façamos uma profissão
de fé, não só com a boca, mas com a nossa vida.
O que convence não são as
palavras, mas os fatos.
Trata-se de que o nosso estilo de
vida, a nossa atuação, nossa maneira de nos relacionarmos com as pessoas e com
o mundo,
tornem visível o Jesus do Evangelho.
tornem visível o Jesus do Evangelho.
E
acrescentou:
«O Filho
do homem tem de sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos príncipes dos
sacerdotes e pelos escribas; tem de ser morto e ressuscitar ao terceiro dia».
Jesus sabe - intui que os
conflitos que está a gerar vão provocar um desenlace violento. O primeiro
anúncio da paixão e ressurreição supõe para os discípulos um ensinamento novo.
Jesus “começa" a ensinar-lhes a verdadeira natureza do seu messianismo.
Incorpora os discípulos, incorpora-nos, não só à sua missão, mas também ao seu destino, que não conduz à morte definitiva, mas para a plenitude da vida, para a verdadeira e completa libertação, para a ressurreição.
Incorpora os discípulos, incorpora-nos, não só à sua missão, mas também ao seu destino, que não conduz à morte definitiva, mas para a plenitude da vida, para a verdadeira e completa libertação, para a ressurreição.
Depois,
dirigindo-se a todos, disse:
«Se
alguém quiser vir comigo, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz todos os dias e
siga-me.
Estas palavras de Jesus, vão
dirigidas a todos, não só aos discípulos. Diz-nos como temos de viver para
alcançar a plenitude, a autêntica felicidade.
A maneira de o conseguir é
renunciar a nós mesmos; renunciar, cada dia, ao egoísmo, à falta de
solidariedade, à tristeza... a tudo o que desumaniza e escraviza, a tudo o que
impede sermos mais livres e mais felizes.
Viver como Jesus, passar fazendo o
bem, é a maior fonte de alegria para nós e para os outros.
Pois
quem quiser salvar a sua vida, há-de perdê-la; mas quem perder a sua vida por
minha causa, salvá-la-á».
“Salvar a vida”, é ceder à tentação de se instalar no sistema. “Perder a
vida”, é afirmá-la no seu verdadeiro sentido: a vida como dom, como entrega. O
caminho que Jesus propõe, em íntima união com Ele, é plenamente libertador.
Não se trata de buscar cruzes e fazer sacrifícios que, sem os buscar, já fazem parte da vida, mas de viver aligeirando a carga dos que têm a vida mais difícil.
Não é questão de teorias ou
normas, mas de seguir uma pessoa, Jesus de Nazaré, e de prosseguir a sua causa.
*******************
Quem é, Senhor?
Qualquer dia, em qualquer momento,
a tempo ou a destempo, sem pré-aviso
lanças a tua pergunta:
E tu, quem dizes que eu sou?
a tempo ou a destempo, sem pré-aviso
lanças a tua pergunta:
E tu, quem dizes que eu sou?
E eu me fico a meio caminho
entre o correcto e o que sinto,
porque não me atrevo a correr riscos
quando tu me perguntas assim.
Ensina-me como tu sabes.
Leva-me ao teu ritmo pelos caminhos do Pai
e por essas sendas marginais que
tanto te atraem.
Corrige-me, cansa-me.
E volta a explicar-me os teus projetos e quereres, e quem és.
Corrige-me, cansa-me.
E volta a explicar-me os teus projetos e quereres, e quem és.
Quando em toda a tua vida encontrar o sentido
para os cacos de minha vida destroçada;
quando em teu sofrimento e na tua cruz
descobrir o valor de todas as cruzes;
quando fizer da tua causa a minha causa,
quando já não me procurar salvar
mas perder-me nos teus quereres...
Então, Jesus, volta a perguntar-me:
E tu, quem dizes que eu sou?
Ulibarri Fl.
Nenhum comentário:
Postar um comentário