Temas diversos. Observar, pensar, sentir, fazer crítica construtiva e refletir sobre tudo que o mundo e a própria vida nos traz - é o meu propósito. Um pequeno espaço para uma visão subjetiva, talvez impregnada de utopia, mas, certamente, repleta de perguntas, questionamentos, dúvidas e buscas, que norteiam a vida de muitas pessoas nos dias de hoje.

As perguntas sobre a existência e a vida humana, sobre a fé, a Bíblia, a religião, a Igreja (sobretudo a Igreja Católica) e sobre a sociedade em que vivemos – me ajudam a buscar uma compreensão melhor desses assuntos, com a qual eu me identifico. Nessa busca, encontrando as melhores interpretações, análises e colocações – faço questão para compartilhá-las com os visitantes desta página.

Dedico este Blog de modo especial a todos os adolescentes e jovens cuja vida está cheia de indagações.
"Navegar em mar aberto, vivendo em graça ou não, inteiramente no poder de Deus..." (Soren Kierkegaard)

sábado, 5 de julho de 2014

Três chamadas de Jesus. – Reflexão de José Antonio Pagola. Muito atual!



“Venham a mim todos vocês que estão cansados de carregar o peso do seu fardo, e eu lhes darei descanso.” (Mt 11, 28)

Abaixo, uma reflexão bem concreta e atual, que tem como fundo o texto Mt 11, 25-30.
Foi publicada no site do Instituto Humanitas Unisinos (IHU).
Não deixe de ler!

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IHU – NOTÍCIAS
sexta, 04 de julho de 2014.




Três chamadas de Jesus

A leitura que a Igreja propõe neste domingo é o Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 11, 25-30 que corresponde a 14º Domingo do Tempo Comum, ciclo A do Ano Litúrgico. O teólogo espanhol José Antonio Pagola comenta o texto.

 Eis o texto

O Evangelho de Mateus recolheu três chamadas de Jesus que têm de escutar com atenção seus seguidores, pois elas podem transformar o ambiente de desalento, cansaço e tédio que às vezes respiramos em alguns setores das nossas comunidades.

“Venham a mim todos vocês que estão cansados de carregar o peso do seu fardo, e eu lhes darei descanso.” Esta é a primeira chamada. Está dirigida a todos os que vivem sua religião como uma carga pesada. Não são poucos os cristãos que vivem agoniados pelo peso de sua consciência. Não são grandes pecadores.

Simplesmente eles foram educados para ter sempre em conta seu pecado, e não conhecem a alegria do perdão permanente de Deus. Se eles se encontram com Jesus, se sentirão aliviados.

Há também cristãos cansados de viver sua religião como uma tradição gasta. Se eles se encontram com Jesus, aprenderão a viver à vontade com Deus. Descobrirão uma alegria interior que hoje não conhecem. Seguirão Jesus, não por obrigação, senão por atração.

“Carreguem a minha carga porque a minha carga é suave e o meu fardo é leve.” É a segunda chamada. Jesus não agonia ninguém. Pelo contrário, libera o melhor que há em nós, pois ele nos propõe viver uma vida mais humana, digna e sã. Não é fácil encontrar um modo mais apaixonante de viver.

Jesus nos liberta dos medos e pressões, não os coloca em cada um: ele não faz crescer nossas servidões, mas nossa liberdade; acorda em nós a confiança e nunca a tristeza; nos leva ao amor e não às leis e preceitos. Convida-nos a viver fazendo o bem.

“Aprendam de mim, porque sou manso e humilde de coração e vocês encontrarão descanso para suas vidas.” Esta é a terceira chamada. Devemos aprender de Jesus e viver como ele. Jesus não complica nossa vida. Ele a deixa mais clara e simples, mais humilde e mais sã. Oferece descanso. Para seus seguidores ele propõe aquilo que ele mesmo tem vivido. Convida a segui-lo pelo mesmo caminho percorrido por ele. Por isso é possível compreender nossas dificuldades e nossos esforços, pode perdoar nossos tropeços e erros, animando-nos sempre a levantar-nos.  

Devemos centrar nossos esforços em promover um contato mais vital com Jesus em tantas pessoas necessitadas de alento, descanso e paz.  Às vezes fico triste quando vejo que é justamente seu modo de entender e viver a religião o que leva quase inevitavelmente muitas pessoas a não conhecer a experiência de confiar em Jesus. Penso assim em tantas pessoas que, dentro e fora da Igreja, vivem “perdidas”.

Fonte:  IHU - Notícias 


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