Temas diversos. Observar, pensar, sentir, fazer crítica construtiva e refletir sobre tudo que o mundo e a própria vida nos traz - é o meu propósito. Um pequeno espaço para uma visão subjetiva, talvez impregnada de utopia, mas, certamente, repleta de perguntas, questionamentos, dúvidas e buscas, que norteiam a vida de muitas pessoas nos dias de hoje.

As perguntas sobre a existência e a vida humana, sobre a fé, a Bíblia, a religião, a Igreja (sobretudo a Igreja Católica) e sobre a sociedade em que vivemos – me ajudam a buscar uma compreensão melhor desses assuntos, com a qual eu me identifico. Nessa busca, encontrando as melhores interpretações, análises e colocações – faço questão para compartilhá-las com os visitantes desta página.

Dedico este Blog de modo especial a todos os adolescentes e jovens cuja vida está cheia de indagações.
"Navegar em mar aberto, vivendo em graça ou não, inteiramente no poder de Deus..." (Soren Kierkegaard)

sexta-feira, 21 de abril de 2017

Jesus salvará a sua igreja. – Reflexão de José Antonio Pagola. Excelente!




"Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Paz seja convosco; assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós.
E, havendo dito isto, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo." (Jo 20, 21-22)


Abaixo uma pequena reflexão, porém muito concreta e atual que todos os cristãos precisariam e deveriam ler e interiorizar. Tem como pano de fundo o texto bíblico João 20, 19-31 (Jesus ressuscitado aparce aos discípulos. A confissão de fé do Tomé).  É de autoria do padre e teólogo espanhol José Antonio Pagola.
O texto foi publicado na no site do Instituto Humanitas Unisinos (IHU).
Vale a pena ler!
WCejnóg


IHU - Adital
21 abril 2017

Jesus salvará a sua igreja

A leitura que a Igreja propõe neste domingo é o Evangelho segundo João 20, 19-31 que corresponde ao Segundo Domingo de Páscoa, ciclo A do Ano Litúrgico. O teólogo espanhol Josè Antonio Pagola comenta o texto. 

Eis o texto

Aterrados pela execução Jesus, os discípulos refugiam-se numa casa conhecida. De novo estão reunidos, mas já não está com eles Jesus. Na comunidade há um vazio que ninguém pode preencher. Falta-lhes Jesus. A quem seguirão agora? Que poderão fazer sem Ele? “Está anoitecendo” em Jerusalém e também no coração dos discípulos.

Dentro da casa estão “com as portas bem fechadas”. É uma comunidade sem missão e sem horizonte, encerrada em si mesma, sem capacidade de acolhimento. Já ninguém pensa em sair pelos caminhos a anunciar o reino de Deus e curar a vida. Com as portas fechadas não é possível aproximar-se do sofrimento das pessoas.

Os discípulos estão cheios de “medo dos judeus”. É uma comunidade paralisada pelo medo, em atitude defensiva. Eles só vêm hostilidade e rejeição por toda parte. Com medo não é possível amar o mundo como o amava Jesus nem infundir a ninguém alento e esperança.

De repente, Jesus ressuscitado toma a iniciativa. Vem resgatar seus seguidores. “Entra na casa e coloca-se no meio deles”. A pequena comunidade começa a transformar-se. Do medo passam à paz que lhes infunde Jesus. Da obscuridade da noite passam à alegria de voltar a vê-Lo cheio de vida. Das portas fechadas vão passar rapidamente a anunciar por todas partes a Boa Nova de Jesus.

Jesus fala-lhes colocando naqueles homens toda sua confiança: “Como o Pai me enviou, assim também Eu vos envio”. Não lhes diz de quem aproximar-se, que devem anunciar, nem como devem atuar. Já aprenderam dEle pelos caminhos da Galileia. Serão no mundo o que Ele foi.

Jesus conhece a fragilidade dos seus discípulos. Muitas vezes os criticou na sua fé pequena e vacilante. Necessitam a força do Espírito Santo para cumprir a sua missão. Por isso faz com eles um gesto especial. Não lhes impõe as mãos nem os abençoa como aos doentes. Exala seu alento sobre eles e diz-lhes: “Recebei o Espírito Santo”.

Só Jesus salvará a sua Igreja. Só Ele nos libertará dos medos que nos paralisam, quebrará os esquemas aborrecidos em que o pretendemos encerrar, abrirá tantas portas que fechamos ao longo dos séculos, endireitará tantos caminhos que nos têm desviado Dele.

O que se nos pede é reavivar muito mais em toda a Igreja, a confiança em Jesus ressuscitado, mobilizar-nos para colocá-lo sem medo no centro das nossas paróquias e comunidades, e concentrar todas as nossas forças em escutar bem o que o Seu Espírito diz hoje aos seus seguidores.

Fonte: IHU - Comentário ao Evangelho




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