Temas diversos. Observar, pensar, sentir, fazer crítica construtiva e refletir sobre tudo que o mundo e a própria vida nos traz - é o meu propósito. Um pequeno espaço para uma visão subjetiva, talvez impregnada de utopia, mas, certamente, repleta de perguntas, questionamentos, dúvidas e buscas, que norteiam a vida de muitas pessoas nos dias de hoje.

As perguntas sobre a existência e a vida humana, sobre a fé, a Bíblia, a religião, a Igreja (sobretudo a Igreja Católica) e sobre a sociedade em que vivemos – me ajudam a buscar uma compreensão melhor desses assuntos, com a qual eu me identifico. Nessa busca, encontrando as melhores interpretações, análises e colocações – faço questão para compartilhá-las com os visitantes desta página.

Dedico este Blog de modo especial a todos os adolescentes e jovens cuja vida está cheia de indagações.
"Navegar em mar aberto, vivendo em graça ou não, inteiramente no poder de Deus..." (Soren Kierkegaard)

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Ele está entre nós. – Reflexão de José Antonio Pagola. Muito atual!



Também vos digo que, se dois de vós concordarem na terra acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus. Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles. (Mt 18,19-20)

Hoje, uma reflexão muito concreta e atual. Como pano de fundo  tem o texto bíblico Mt 18, 15-20   (Jesus diz: “onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles”).  Já foi publicada anteriormente neste espaço (em setembro de 2014), mas continua muito atual. É de autoria do padre e teólogo espanhol José Antonio Pagola.

O texto foi publicado na no site do Instituto Humanitas Unisinos (IHU).
Vale a pena ler e refletir!
WCejnóg



IHU-ADITAL
07 setembro 2017

Ele está entre nós

A leitura que a Igreja propõe neste domingo é Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 18,15-20 que corresponde ao 23° Domingo do Tempo Comum, ciclo A do Ano Litúrgico. O teólogo espanhol José Antonio Pagola comenta o texto.

Eis o texto

Embora as palavras de Jesus, recolhidas por Mateus, sejam de grande importância para a vida das comunidades cristãs, poucas vezes atraem a atenção de comentaristas e predicadores. Esta é a promessa de Jesus: "Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou no meio deles".

Jesus não está a pensar em celebrações massivas, como as da praça de São Pedro em Roma. Embora só sejam dois ou três, ali está Ele no meio deles. Não é necessário que esteja presente a hierarquia; não faz falta que sejam muitos os reunidos.

O importante é que «estejam reunidos», não dispersos nem em confronto: que não vivam desqualificando-se uns aos outros. O decisivo é que se reúnam «em seu nome»; que escutem a sua chamada, que vivam identificados com o seu projeto do reino de Deus. Que Jesus seja o centro do seu pequeno grupo.

Esta presença viva e real de Jesus é a que deve animar, guiar e sustentar as pequenas comunidades dos Seus seguidores. É Jesus quem deve alentar a sua oração, as suas celebrações, projetos e atividades. Esta presença é o «segredo» de toda a comunidade cristã viva.

Os cristãos não podem reunir-se hoje nos nossos grupos e comunidades de qualquer forma: por costume, por inércia ou para cumprir umas obrigações religiosas. Seremos muitos ou, talvez, poucos. Mas o importante é que nos reunamos em seu nome, atraídos pela sua pessoa e pelo seu projeto de fazer um mundo mais humano.

Temos de reavivar a consciência de que somos comunidades de Jesus. Reunimo-nos para escutar seu Evangelho, para manter viva sua recordação, para contagiar-nos pelo seu Espírito, para acolher em nós sua alegria e sua paz, para anunciar sua Boa Nova.

O futuro da fé cristã entre nós dependerá em boa parte do que façam os cristãos nas nossas comunidades concretas nas próximas décadas. Não basta o que possa fazer o Papa Francisco no Vaticano. Tampouco podemos colocar a nossa esperança no punhado de sacerdotes que possam ordenar-se nos próximos anos. A nossa única esperança é Jesus Cristo.

Somos nós os que temos de centrar as nossas comunidades cristãs na pessoa de Jesus como a única força capaz de regenerar a nossa fé gasta e rotineira. O único capaz de atrair os homens e mulheres de hoje. O único capaz de gerar uma fé nova nestes tempos de incredulidade. A renovação das instâncias centrais da Igreja é urgente. Os decretos de reformas, necessários. Mas nada tão decisivo como voltar com radicalidade a Jesus Cristo.

Fonte: IHU - Comentário do Evangelho



Nenhum comentário:

Postar um comentário