O Natal
Abaixo, uma pequena mas muito
valiosa e atual reflexão para todos nós, os cristãos de hoje, que todo ano
celebramos o Natal. No entanto, podemos e devemo-nos indagar: O que, de fato, esta
festa natalina hoje significa para nós?
A reflexão é de autoria do padre
e teólogo espanhol José Antonio Pagola e foi publicada pelo autor no seu espaço
no Facebook.
Não deixe de ler!
WCejnog
Por
José Antonio Pagola
25
de dezembro de 2015.
Nostalgia
do Natal
Natal
é uma festa cheia de nostalgia. Canta-se a paz, mas não sabemos construí-la.
Desejamos a felicidade, mas parece que cada vez mais difícil é ser feliz.
Compramos presentes uns aos outros, mas o que nós precisamos mesmo é de ternura e carinho. Cantamos a uma
criança Deus, mas em nossos corações a fé se apaga. A vida não é como
gostaríamos, no entanto, nós não sabemos torná-la melhor.
Não
é apenas um sentimento de Natal. Toda a vida está impregnada de nostalgia. Nada
preenche totalmente os nossos desejos.
Não há riqueza que pode proporcionar a paz total. Não há amor que
responda plenamente aos nossos desejos mais profundos. Nenhuma profissão
consegue satisfazer todas as nossas aspirações.
Não é possível ser amado por todos.
Porém,
a nostalgia pode ter efeitos muito positivos. Ela nos permite descobrir que
nossos desejos vão além daquilo que hoje
possuimos ou desfrutamos. Nostalgia nos ajuda a manter aberto o horizonte da
nossa existência para algo maior e mais completo do que tudo isso que nós
conhecemos.
É
fácil viver afogando o desejo de infinito que está latente em nós. Nós nos
trancamos em uma couraça, que nos torna insensíveis ao que pode existir além do
que vemos e tocamos.
Festa
de Natal, vivida a partir da nostalgia, cria um clima diferente: nestes dias sentimos com mais intensidade a
necessidade de repuso e de segurança. Um pouco se entra em contato com o seu
coração, intuindo que o mistério de Deus é o nosso destino final.
Se
você é um crente, a fé convida você nesses dias a descobrir esse mistério, não em
um país estranho e inacessível, mas numa criança recém-nascida. Tão simples e
surpreendente. Temos que nos aproximar de Deus como nos aproximamos de uma
criança: suavemente e sem barulho; sem discursos solenes, com palavras simples
nascidas do coração. Nós nos encontramos com Deus quando abrimos o melhor que
há em nós.
Apesar
do tom frívolo e superficial que se cria na nossa sociedade, o Natal pode
aproximar de Deus. Pelo menos, quando
vivemos com a fé simples e com o coração puro.
Fonte:
Facebook
Nenhum comentário:
Postar um comentário