Acho necessário, útil e bem atual o artigo Padres ornamentados: o que isso nos diz? de Solange do Carmo, que hoje trago para o
blog Indagações-Zapytania. A questão é muito séria. Penso que vale a pena
ler todo esse texto para analisar com
calma e serenidade todas as afirmações e
observações registradas. Uma crítica boa e construtiva com certeza pode nos ajudar
na formação de uma opinião correta e justa. E mais ainda, nos tempos atuais isso é de suma importância
para purificar e fortalecer a fé cristã.
A matéria foi publicada no mês de abril (2017)
por Observatório da Evangelização e, posteriormente, também no site do Instituto Humanitas Unisinos (IHU).
Vale a pena ler!
WCejnog
IHU - Adital
21 abril 2017-04-21
Padres
ornamentados: o que isso nos diz?
“Meu Deus,
não sei se fico mais assustada com as notícias da lava-jato e da administração Temer ou
com o tanto de postagens mostrando os panos e adereços religiosos que
meus alunos e ex-alunos de teologia redescobriram nos armários das paróquias! Batina, capa, túnica, sobrepeliz e
até barrete! O brega voltou à moda; tornou-se fashion! Não me
envergonhem, alunos meus! A teologia que vocês aprenderam nos dois institutos
onde leciono não ensinou vocês a revirarem os armários em busca de modelitos
religiosos, mas a revirarem as entranhas do coração em busca da misericórdia…
Meu Deus, onde foi que erramos?“, pergunta Solange do Carmo,
professora de teologia na PUC de Minas, em comentário reproduzido
por Observatório da Evangelização, 19-04-2017.
Eis o artigo.
Ao longo da Semana Santa,
circularam pela internet reflexões profundamente críticas sobre os diversos
paramentos utilizados na liturgia por alguns presbíteros e seminaristas. Pela
importância do conteúdo discutido, disponibilizamos no Observatório da
Evangelização a polêmica causada a partir do desabafo da professora de
teologia da PUC-Minas, Solange do Carmo, na expectativa de provocar
e enriquecer o debate travado nas redes sociais. A forma de vivenciar a
dinâmica dos acontecimentos se transformou profundamente nesse mundo cada vez
mais conectado por meio das redes sociais. Uma avalanche diária de notícias,
selfies, fotos, vídeos, seguidos de inúmeros comentários e curtidas se espalham
com fantástica rapidez. A vivência da religião não escapa dos registros on
line. Cada rito, cada gesto, cada olhar, em seus múltiplos ângulos, passa a ser
registrado, transmitido e contemplado pelos presentes e, virtualmente, por um
incontrolável número de pessoas nas redes sociais. O que é registrado está a
provocar reflexões diversas sobre o sentido, o significado ou mesmo sobre a
coerência entre o que é celebrado e a sua composição estética. Por exemplo, padres
ornamentados: o que nos diz?
(Fotos: Observatório da Evangelização)
Diante de inúmeras imagens de padres
ornamentados, como essas acima, divulgadas nas redes sociais, a teólogaSolange
Carmo não se conteve; reagiu criticamente e publicou a seguinte
postagem em sua rede social:
“Meu Deus, não sei se fico mais
assustada com as notícias da lava-jato e da administração Temer ou
com o tanto de postagens mostrando os panos e adereços religiosos que
meus alunos e ex-alunos de teologia redescobriram nos armários das paróquias! Batina, capa, túnica, sobrepeliz e
até barrete! O brega voltou à moda; tornou-se fashion! Não me
envergonhem, alunos meus! A teologia que vocês aprenderam nos dois institutos
onde leciono não ensinou vocês a revirarem os armários em busca de modelitos
religiosos, mas a revirarem as entranhas do coração em busca da misericórdia…
Meu Deus, onde foi que erramos?“
Essa provocativa postagem da
professora, doutora em Teologia pela Faculdade Jesuíta de Filosofia e
Teologia – FAJE, suscitou imediatos comentários. Muitos
endossaram a crítica da teóloga:
“Suas palavras me representam Solange
Carmo. Ah, meus ex-alunos, onde foi que erramos?” (Tereza Pereira);
“São as famosas teologias do pano e da fumaça…” (Harrison Saraiva);
“Pena que nos bastidores das aulas sempre o assunto foi os panos, sem contar
que muitos já faziam seu guarda-roupa antes mesmo de ordenar, essa sempre foi a
preocupação. Ainda com brincadeiras ‘quem vai segurar minha capa de asperge?’
Talvez a vestimenta consiga prender a atenção, porque penso que o discurso deve
ser uma tristeza. Pena mesmo.” (Dener Souza); “Não sei se a pergunta
sobre o erro cabe a vocês professores, Solange Carmo. Afinal muitos
passam pelos bancos de escolas e faculdades como patos. Dentro da água, mas com
penas secas. E por falar em penas é de dar pena.” (Helder Alvarenga);
“É um vazio de sentido, amiga Solange
Carmo, o que precisa ser coberto e enfeitado. Ele precisa do disfarce. Eu
acompanho você no assombro quanto aos atores, mas acrescentaria ainda o gosto
dos espectadores desse espetáculo religioso. Espiritualidade se constrói no
silêncio, no serviço, na nudez… Espiritualidade do espetáculo, da mera
exterioridade. Quem ainda precisa disso? (Flavio Senra);
“… e isso das vestes, ‘dos
panos e adereços’ é ainda mais gritante quando as palavras e gestos
litúrgicos fazem memória de um esvaziamento, de um despojamento e de um
desnudamento supremo, que é o de Jesus na entrega de si à morte. Vê-se que o
exterior, o que aparece, é a negativa da fé que se professa com boca. É
um Frankenstein religioso.” (Tânia Mayer);
“Algumas vezes, já pensei em fazer
uma postagem com ideias semelhantes as que você expressou aqui… Meu facebook está
quase congestionado com tanta foto da semana santa postada por padres e
seminaristas… Estou percebendo que os religiosos de dioceses dos interiores dos
estados são mais propensos à teologia dos panos e das fumaças…” (Renato
Alves de Oliveira);
“Parece que o fenômeno é complementar
às duas realidades: de um lado os desafios impostos pelo cenário político/
social pelo qual passamos gera tamanha angústia que a válvula de escape seja a
‘facilidade’ dos panos, muitos adereços e pouca reflexão e comprometimento. Não
vi ainda nestas postagens, em nenhuma até agora, uma arte, algo que faça
refletir, uma profecia a denunciar a opressão pela qual passamos, a realidade
crua & nua despe o Cristo, com a desforra dos direitos dos pobres & as
sacristias tentando aliviar, camuflar com panos, em verniz a esconder a dureza
mesma da realidade.” (Juliano Coelho Lopes);
“Concordo completamente com você, Solange Carmo.
Convido aos embatinados a virem passar alguns dias comigo no Mato Grosso e
rezar cinco missas no domingo. Tenho certeza que trocarão a batinapor
uma veste mais sóbria. E tenho certeza que as comunidades os amarão
não pelaveste, mas pela prédica e pela acolhida!” (Wenderson
Nascimento).
Alguns inclusive, em sintonia com as
críticas do Papa Francisco, mostraram que essa realidade explicitada na Semana
Santa seria apenas um reflexo da situação eclesial que precisa ser urgentemente
repensada, com toda seriedade: a formação que está sendo oferecida nos
Seminários para os futuros presbíteros da Igreja:
“Tenho a mesma preocupação que você e
não é de hoje. Lembro-me de você fazendo uma palestra aos bispos do regional
Leste II que estavam em assembleia na casa de retiro São José. Na
ocasião foram convidados seminaristas e formadores. Sua fala lúcida, realista e
cirúrgica sobre os novos pastores e seu comportamento, sobre aqueles que
mamavam nas tetas da pecadora, mas também santa igreja, arrancou gargalhadas de
muitos, parecia um show de stand up. Pessoas rindo de si mesmas. Foi um
absurdo. Alguns de nós, compactados com aquela fala que não tinha a menor
graça, fomos censurados por não rir. Parecia certos problemas familiares que a
gente sabe que existem, mas devem ficar só em família. Nos institutos se estuda
filosofia e teologia (formação intelectual), nos seminários, a formação humana,
espiritual e, no contato com o povo, aprende-se a ser servidor,
hipoteticamente. A falta de autonomia em alguns seminários produz gente de todo
tipo, mas sem dúvidas o melhor dentre eles é aquele que menos questiona, ou
melhor, nunca questiona. Quando alguns se ordenaram diziam suspirando: ‘Graças
a Deus, estou livre!’ Viviam num cárcere… o problema é bem maior. Nossos filhos
são o resultado da ‘comida’ que damos a eles. Mas toda família tem um filho
deserdado. Creio que, de todo processo de formação, a parte menos responsável
seja o Instituto e seus professores. Esta casa formou bons cristãos, dentre
eles alguns padres. Tenho amigos que ontem celebraram o dia da instituição do
ministério presbiteral com clareza e convicção do seu serviço à igreja, povo de
Deus, mas muitos que receberam de presente um reforço dessa onda conservadora
que ronda. Não os culpo, pois a cada dia que passa, vejo gente despreparada
trabalhando na formação do clero. Precisa-se de sangue novo, vinho novo, ou
seja, diferente do perfil que se estabeleceu como certo.” (Antenor Silva
Santos Junior);
“Por um lado, há um ‘aburguesamento’
na formação, seja para a Vida Religiosa, seja para o clero secular. A maioria
dos jovens é das camadas mais humildes da sociedade, entram se apossando de
todos os confortos possíveis (& até impossíveis), carros, casa, lavadeiras,
passadeiras, serviçais… estudos pagos pelas instituições. Há pouco fui
convidado por uma congregação para um almoço, deparei com a seguinte conversa
de um formando: ‘o quê? Só porque é sexta-feira da paixão eu sou obrigado a
comer ovo frito no almoço!?’ O mesmo disse que iria comer na casa de uma
paroquiana que tinha bacalhau no cardápio. São em atitudes assim que vemos o
distanciamento da igreja para com a realidade crudelíssima que passa o Povo. As
homilias são vazias de sentido, a linguagem revela este abismo. Por outro lado,
há uma plateia adepta a esta ‘casta’ de clérigos. Mas tanto este perfil de
clérigos quanto o perfil da plateia adepta, vemos que retirando-se as casulas,
as alvas & sobrepeliz, sobram o vazio do
descompromisso. Acabou a missa, lavo minhas mãos. Ademais surge também por
entre estes mesmos personagens uma falsa moral, quando livres de suas
obrigações religiosas, só Deus sabe o que estão aprontando.” (Juliano Coelho
Lopes);
“Há um número significativo de
seminaristas e religiosos que insistem numa Igreja pré-moderna e pré-Vaticano
II. O clericalismo tem várias características, e uma delas são os excessos das vestes
litúrgicas, bem como hábitos e roupas clericais. Os que assim
procedem, de modo geral, escondem certas patologias que precisam ser tratadas.
Se os bispos fossem mais ousados expulsariam muitos destes do seminário. Mas o
que ocorre é que muitos bispos sofrem do mesmo mal. Todos, sem exceção, se
encontram na contramão do evangelho. Jesus abominou essa hipocrisia.” (Thiago
de França)
Do mesmo modo, as reações contrárias
à reação crítica de Solange Carmo também se manifestaram com
forte alarido:
“Como se panos e adereços impedissem
as entranhas do coração a buscar misericórdia…” (Leandro Cunha);
“Erramos quando pensamos que a
liturgia/ teologia só pode ser verdadeira e eficaz quando ela eh celebrada
segundo nosso ‘querer’ e visão particular…” (Fernando Fagundes);
“Orgulho em saber que existem jovens
sacerdotes que estão lutando pra manter a tradição litúrgica da igreja de pé .
Orgulho em saber que o pontificado de Pio XII e Bento
XVI estão dando frutos. Se pudesse daria meus parabéns pessoalmente a
seus ex-alunos. Que com a força e a bênção de Deus surjam cada dia mais padres
dispostos a manter viva a tradição litúrgica de celebrar dignamente os santos
mistérios usando os paramentos os quais a igreja permite e orienta que sejam
usados em seus documentos litúrgicos.” (Danillo Abreu Alves);
“Não é revirar armários. Mas o gosto
por preservar a tradição e a beleza da liturgia bem celebrada.
Não é necessário despir-se do belo e do tradicional para estar com o povo. A
beleza sacra e o serviço do povo podem caminhar juntos. Bento XVI e
seus frutos que agora nascem. Obrigado Santo Padre e que
tenhamos coragem de assim como católicos intenderem que o marxismo não pode
caminhar na Igreja como já afirmado por tantos Papas. Parabéns as estes
ex-alunos que não se deixaram contaminar com o secularismo desenfreado e com a
corrupção da fé nos ensinos teológicos. Obrigado a vocês que revirando os
armários da Igreja estão redescobrindo a beleza do Sagrado.” (Reginaldo
Bastos);
“Não concordo com seu comentário
minha professora… A veste talar é uma indumentária
clerical e nos tempos atuais é fonte ‘de Evangelização’, precisamos nos
dias atuais sermos cristãos verdadeiros que assumimos a Verdade de Cristo que
morre e Ressuscita para nos a dar vida… Uso com amor!!!” (Edivan Cardoso);
“Duras palavras, professora! Em
parte, bastante pertinentes. De outro lado, bem generalizadoras e que acabam,
de certo modo, por ferir a imagem daqueles Sacerdotes comprometidos com a sua
vocação e com a salvação das almas, que fazem uso dos sagrados paramentos (expressamente
recomendados nas normas litúrgicas em vigor e que, inclusive, são todos usados
pelo Santo Padre) não por vaidade, mas por zelo
litúrgico. Andamos numa linha entre assumir posturas relapsas, que expressa a
falta de amor pelo Sagrado por parte de muitos sacerdotes, bem como no exagero
que vem da “pompa”. Tudo o que a senhora disse é verdadeiro, vergonhoso e
doloroso. Também compartilho de tais pensamentos, que “os panos e incensos” são
utilizados de forma errônea por não terem como fim o zelo pelo Sagrado e pela
vocação. Mas também é bem verdade que não são peças de museu, são indumentárias
próprias dos ministros ordenados, segundo as determinações em vigor na Igreja.
O “sapatinho vermelho” do Papa pode até ser um detalhe… Mas ele
continua usando sua tradicional batina, com todos os paramentos que lhes são
próprios, de acordo com a posição que ocupa dentro da hierarquia, sem fazer
deles sinal de vaidade. Por isso, generalizar é sempre um perigo.
Nem todos são iguais. (Giovanni Morais).
Na liberdade da reflexão crítica e
autocrítica, a professora Solange Carmo, diante das reações
contrárias, ofereceu a seus alunos, ex-alunos e tantos outros que entraram na
conversa, uma resposta ainda mais provocante e que alimentou o horizonte do
debate:
“Eu não acuso vocês de nada. Nem
falei para ofender, mas não posso me calar diante do que tenho visto. Não
duvido da reta intenção de vocês, mas devo esclarecer alguns equívocos.
1) O uso dessas vestes não
é sinal de amor à liturgia e muito menos um sinal do Evangelho. Ao contrário: é
sinal de ostentação e de poder sacro. Jamais se vê
nos Evangelhos qualquer indicação de que as vestes seriam
sinal de conversão para o povo. Ao contrário, o despojamento, a renúncia aos
privilégios e a simplicidade são sempre indicados como sinal do seguimento de
Jesus. Eu não encontro nos Evangelhos a seguinte frase: “Nisso conhecerão que
sois os meus discípulos, se vestirem vestes glamourosas e
pomposas para vossas liturgias”. Não. disse Jesus que o sinal do Evangelho é o
amor. “Nisso conhecereis que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos
outros como eu vos amei”.
2) Veste talar, como
vocês gostam de dizer, são antigas peças de museu que fizeram parte da história
da Igreja durante um tempo de sua história quando ela esteve atrelada ao poder.
O presbítero – um nobre da corte – se vestia como era costume dessa classe
social naquela ocasião. Hoje isso é simplesmente descabido.
3) Em tempos de Francisco,
ressuscitar tais vestes é um despropósito e fazê-lo naSemana
Santa é um acinte ao mistério celebrado. Olhemos para o Cristo nu na
cruz. Aquele paninho que tampa suas partes genitais foi posto pela caridade
cristã. Ele morreu nu, desvestido de tudo, inclusive do apoio da religião de
seu tempo. E não há liturgia maior que a liturgia da cruz. Certamente o
presbítero não vai celebrar pelado, mas vai aprender com o desapego do Nazareno
a se vestir com discrição e simplicidade.
4) Outra coisa, para quem diz que
isso é tradição, seria bom perguntar: Tradição de que tempo? Das origens
cristãs não é, com certeza. Vocês gostam tanto de apelar para a Tradição. Pois
bem, apelemos! Voltemos às comunidades cristãs originais. Já pensou o
presbítero ou ancião celebrando com tais vestes naquelas
catacumbas fedidas? Ah, voltemos a Pedro, a pedra da Igreja. Já
pensou o pescador do lago de Nazaré com essas roupas? Sejamos
razoáveis por amor à Tradição cristã.
5) Por fim, permitam-me dizer.
Tais vestes, infelizmente, não servem ao altar mas àqueles que as
portam. Elas projetam o presbítero, colocam-no num pedestal imaginário; criam
uma eclesiologia totalmente deformada da fé cristã mais genuína e – pior –
servem para esconder muitas perversões. Vejam só os exemplos dos fundadores de
comunidades e congregações neoconservadoras que têm estado sob investigação,
com a presença de um comissário de Roma. Quase todos esses foram
considerados culpados de assédio, pedofilia ou de roubo; e tem até
assassinato na lista. Será que queremos seguir esse caminho? por esses dias
mesmo, um amigo meu me disse que, estando num bar reconhecidamente LGBT para
comemorar aniversário de uma amiga, viu por lá muitos seminaristas. Nada demais
se se comportassem como deve um cristão, mas não: mostraram conduta moralmente
reprovável. Na semana seguinte, estavam fazendo longas procissões ostentando
belas vestes, batinas, sobrepeliz, capas (será
que esqueci alguma veste talar?). Vocês podem rebater duvidando da
conduta de meu amigo, dizendo que ele não pode falar pois também estava lá. Só
pra esclarecer: meu amigo não é seminarista, nem padre, nem fez opção pelo
celibato. Mesmo assim é mais casto que muitos que estão encobertos por esses
panos. Será que é isso o Evangelho? Será que a cultura da hipocrisia é o que
move os que se dizem cristãos? É bem verdade que os que não sustentam longas vestes
estilisticamente perfeitas e se vestem de túnicas amarrotadas e
puídas também não estão isentos de tais contradições, mas pelo menos não usam
as vestes sacras para se projetarem nem se escondem atrás do
amor à liturgia.
Eu lamento se decepciono alguns alunos e ex-alunos, mas é um abuso com o
povo e com a fé cristã o que estamos vendo por aí. O Evangelho se esvazia de
sentido tanto mais nos enchemos de apetrechos e tentamos ressuscitar esses
costumes já ultrapassados (não é Tradição). Pode parecer que isso agrada ao
povo, mas esse é um emburrecimento dos leigos. Um leigo minimamente razoável
acha graça disso; e tais cenas viram motivo de chacota na internet. Eles veem
isso como uma alegoria de carnaval, não como sinal do
Evangelho. Aliás, até o papa Francisco falou isso em relação
ao sapatinho vermelho. Façamos como o papa Francisco: menos
vestes, menos glamour; mais amor e acolhida do Evangelho e dos
pequeninos do Reino!
Fonte: IHU - Adital
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