Temas diversos. Observar, pensar, sentir, fazer crítica construtiva e refletir sobre tudo que o mundo e a própria vida nos traz - é o meu propósito. Um pequeno espaço para uma visão subjetiva, talvez impregnada de utopia, mas, certamente, repleta de perguntas, questionamentos, dúvidas e buscas, que norteiam a vida de muitas pessoas nos dias de hoje.

As perguntas sobre a existência e a vida humana, sobre a fé, a Bíblia, a religião, a Igreja (sobretudo a Igreja Católica) e sobre a sociedade em que vivemos – me ajudam a buscar uma compreensão melhor desses assuntos, com a qual eu me identifico. Nessa busca, encontrando as melhores interpretações, análises e colocações – faço questão para compartilhá-las com os visitantes desta página.

Dedico este Blog de modo especial a todos os adolescentes e jovens cuja vida está cheia de indagações.
"Navegar em mar aberto, vivendo em graça ou não, inteiramente no poder de Deus..." (Soren Kierkegaard)

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

O que nós dizemos. – Reflexão de José Antonio Pagola. Muito atual!



Então Jesus lhes perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?”". (Mt 16, 15)

O comentário que trago hoje para o blog Indagações, do padre e teólogo espanhol José Antônio Pagola, é muito concreto e atual. Tem como pano de fundo o texto bíblico Mt 16, 13-20  (Jesus pergunta a seus discípulos: “Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?”). O texto já foi publicado neste espaço em agosto de 2014, mas continua muito oportuno para os dias de hoje.
Foi publicado no site do Instituto Humanitas Unisinos (IHU).

Vale a pena ler e refletir.
WCejnóg


IHU - ADITAL
25 agosto 2017

O que nós dizemos

A leitura que a Igreja propõe neste domingo é Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 16,13-20, que corresponde ao 21° Domingo do Tempo Comum, ciclo A do Ano Litúrgico. O teólogo espanhol José Antonio Pagola comenta o texto.

Eis o texto

Também hoje dirige Jesus a nós cristãos a mesma pergunta que fez um dia aos Seus discípulos: «E vós, quem dizeis que Eu sou?». Não nos pergunta só para que nos pronunciemos sobre a Sua identidade misteriosa, mas também para que revisemos a nossa relação com Ele. Que podemos responder-lhe desde as nossas comunidades?

Esforçamo-nos por conhecer cada vez melhor Jesus ou temo-Lo «encerrado nos nossos velhos esquemas entediantes» de sempre? Somos comunidades vivas, interessadas em colocar Jesus no centro da nossa vida e das nossas atividades ou vivemos estancados na rotina e na mediocridade?

Amamos Jesus com paixão ou converteu-se para nós num personagem gasto a quem continuamos a invocar enquanto no nosso coração vai crescendo a indiferença e o esquecimento? Quem se aproxima das nossas comunidades pode sentir a força e o atrativo que têm para nós?

Sentimo-nos discípulos de Jesus? Estamos aprendendo a viver com o Seu estilo de vida no meio da sociedade atual ou deixamo-nos arrastar por qualquer reclame mais apetecível para os nossos interesses? Será que nos é igual viver de qualquer forma ou temos feito da nossa comunidade uma escola para aprender a viver como Jesus?

Estamos aprendendo a olhar a vida como ele a olhava? Olhamos, a partir das nossas comunidades, os necessitados e excluídos com compaixão e responsabilidade ou encerramo-nos nas nossas celebrações, indiferentes ao sofrimento dos mais desvalidos e esquecidos: os que foram sempre os prediletos de Jesus?

Seguimos Jesus colaborando com Ele no projeto humanizador do Pai ou continuamos a pensar que o mais importante do cristianismo é preocupar-nos com a nossa salvação? Estamos convencidos de que a melhor forma de seguir Jesus é viver cada dia fazendo a vida mais humana e mais ditosa para todos?

Vivemos o domingo Cristão celebrando a ressurreição de Cristo? Acreditamos em Jesus ressuscitado, que caminha conosco cheio de vida? Vivemos acolhendo nas nossas comunidades a paz que nos deixa como herança aos Seus seguidores? Acreditamos que Jesus nos ama com um amor que nunca acabará? Acreditamos na Sua força ressuscitadora? Sabemos ser testemunhas do mistério da esperança que levamos dentro de nós?




Nenhum comentário:

Postar um comentário