Baseada nas Sagradas Escrituras, a expressão “Santa
Igreja” faz parte do credo, que professamos
como cristãos. Mas, quanta dificuldade para entender esse termo e, mais ainda, para concordar com ele
sem hesitação...! A questão em si, talvez
não seja tão complicada. Apenas precisamos entender bem o seu
significado.
O texto abaixo, de Ferdinand Krenzer¹, explica por que usamos o termo “Igreja Santa” e o que
esta expressão realmente significa.
Não deixe de ler.
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Para
poder acompanhar com facilidade a reflexão do autor e aproveitar ao máximo as
explicações é aconselhável ler desde o
início todos os seus textos sobre este
assunto (começo no dia 03 de agosto de 2012
- http://indagacoes-walenty.blogspot.com.br/2012/08/para-entender-o-cristianismo-qual-e-sua.html .)
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Igreja Santa
Jesus Cristo vive na sua Igreja e
somente graças a esse fato podemos dizer “Igreja Santa”. No final da profissão
da fé (credo) encontramos palavras: Creio na Santa Igreja Católica (universal),
na comunhão dos santos...”. Justamente
aqui muitas pessoas levantam várias objeções: Igreja – e santa...! Nenhuma
outra característica é mais problemática e mal entendida.
Aqui absolutamente não se diz que a Igreja se considera, a si mesma, como uma comunidade
de fiéis particularmente perfeitos. A sua santificação é a obra de Jesus
Cristo: “Maridos, amai vossas esposas, como Cristo amou a Igreja e se
entregou por ela, para santificá-la, purificando-a pela água do batismo com a palavra , para apresentá-la a si mesmo
toda gloriosa, sem mácula, sem ruga, sem qualquer outro defeito semelhante, mas santa e
irrepreensível” (Ef 5, 25-27).
Santa é a sua cabeça, Cristo, e por isso
também todos os que vivem em viva comunhão com Ele participam dessa Graça. A Igreja é santa graças ao Espírito Santo que
nela atua.
A Igreja é santa
também por causa de sua tarefa, que é a santificação dos homens, dentro
da missão de Cristo. São Paulo diz concretamente: “A vontade de Deus é esta: a vossa santificação” (1Tes 4, 3).
Mas, justamente as pessoas que
melhor conseguiram realizar essa vontade de Deus, isto é, viver santamente,
tiveram geralmente uma profunda
consciência das suas fraquezas e dos
seus pecados. Justamente eles sempre tiveram a consciência que a santidade é a
obra de Deus. O cristão sabe assim como Paulo:
“Mas pela graça de Deus sou o que sou, e a graça que me conferiu não foi estéril. Ao
contrário, tenho trabalhado mais do que todos eles, mas não eu e sim a graça de Deus comigo” (1Cor 5, 10).
Portanto, a arrogância, egoísmo e
orgulho são logo excluídos, quando falamos da Igreja Santa. Para os fiéis, como membros concretos da Igreja como um todo,
esse título (Santa) é mais um espinho
dentro do corpo, porque todos sabemos
como sempre estamos inclinados ao pecado.
(KRENZER, F. Taka jest nasza wiara,
Paris, Éditions Du Dialogue, 1981, p. 138)²
Continua ...
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¹ Krenzer Ferdinand
(nascido em 22 de maio de 1921 em Dillenburg, Hesse, †
08 de maio de 2012 em Hofheim am Taunus)
foi um teólogo católico alemão,
sacerdote e escritor na aposentadoria.
² Obs.: As reflexões
do Ferdinand Krenzer fascinam pelo seu jeito simples e direto, e agradam o
leitor, ajudando-o a entender melhor o caminho da fé cristã e compreender os
temas mais difíceis desta doutrina.
Os textos publicados
neste blog são tomados do livro Taka jest nasza wiara, desse autor; uma edição
no idioma polonês, do qual faço uma tradução livre (para o português). O título original: “Morgen wird man wieder
Glauben”.
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