“Se alguém quiser ser o primeiro, que seja o último e o servo de todos.” (Mc 9, 35) – são as palavras de Jesus que
todos nós conhecemos muito bem... e, parece, continuamos sem entendê-las.
Conhecer - é uma coisa, entender - é outra, e outra ainda é
conhecer e entender essas palavras para de
verdade aceitá-las e viver segundo elas...
Será que a maioria dos cristãos,
hoje, não se comporta como os discípulos de Jesus nesse episódio? O que Jesus
explica para os Doze, com tanta paciência, não é para cada um de nós que ele
fala?
Sobre
isso trata o comentário abaixo, da Asun
Gutiérrez Cabriada, que hoje trago aqui. É uma reflexão maravilhosa. Para quem quiser fazer
uma reflexão sincera , interiorizando a mensagem, aqui tem uma boa
oportunidade. Não deixe de ler.
WCejnog
[Os interessados pedem ler esse texto em PPS, acessando o site das Monjas
Beneditinas de Montesserrat: http://www.benedictinescat.com/montserrat/imatges/Dom25B12port.pps
Trabalho muito bonito!]
Trabalho muito bonito!]
***************************
Jesus vai dizer o que não pode ser esquecido:
“Quem quiser ser o primeiro, que seja o último de todos e servo de todos”.
No seu movimento não há que olhar tanto os que ocupam primeiros postos
e têm renome, títulos e honrarias.
“Quem quiser ser o primeiro, que seja o último de todos e servo de todos”.
No seu movimento não há que olhar tanto os que ocupam primeiros postos
e têm renome, títulos e honrarias.
Importantes são os que, sem pensar muito no seu
prestígio
ou reputação pessoal, se dedicam sem ambição e com total liberdade a servir,
colaborar e contribuir para o projeto de Jesus.
Não podemos esquecer: o importante não é ficar bem,
mas fazer o bem seguindo Jesus.
ou reputação pessoal, se dedicam sem ambição e com total liberdade a servir,
colaborar e contribuir para o projeto de Jesus.
Não podemos esquecer: o importante não é ficar bem,
mas fazer o bem seguindo Jesus.
José Antonio Pagola.
**************************
Evangelho segundo
Marcos 9, 30-37.
Naquele tempo, Jesus e os
seus discípulos caminhavam através da Galileia. Não queria que ninguém o soubesse.
Ensinava os discípulos, dizendo-lhes: “O Filho do homem será entregue às mãos dos homens e eles o matarão;
mas três dias depois de sua morte, ele ressuscitará.”
Os discípulos, porém, não entendiam estas palavras e tinham medo de lhe
perguntar.
Chegaram a Cafarnaum. Em casa, Jesus lhes perguntou: “O que era que
discutíeis no caminho?” Eles se calaram
porque no caminho tinham discutido quem
seria o maior.
Sentando-se, chamou os Doze
e lhes disse: “Se alguém quiser ser o
primeiro, que seja o último e o servo de
todos.”
E, tomando uma criança,
colocou-a no meio deles e abraçanddo-a lhes disse “Quem receber uma destas
crianças em meu nome é a Mim que recebe; e quem me recebe, não é a mim que recebe, mas aquele que me enviou.”
**************************
Comentário
O caminho aberto por Jesus
Galileia é o
cenário fundamental da atividade de Jesus, berço do Evangelho. Enquanto caminha para Jerusalém, Jesus repete
o ensinamento sobre o seu destino.
Os discípulos nem
entendem nem querem perguntar. Guardam silêncio.
Ter medo de perguntar é um mecanismo psicológico que todos temos quando
suspeitamos que não vamos gostar e/ou que a
nossa resposta possa nos comprometer.
O medo supõe falta de confiança e de fé.
Jesus pergunta
aos discípulos quando chegam a casa, quando estão mais serenos, quando se sentem à vontade, no seu lugar.
Jesus faz que, com Ele, nos sintamos como em casa para dialogar e
aprofundar, para refletir, para nos
deixarmos interpelar, para orar...
Qual é a minha resposta quando Jesus me pergunta: de que falas? que discutes?,
quais são os teus projetos e os teus anseios?, a que dedicas o teu tempo, a tua
energia, a tua ilusão?
Jesus dá-se conta
como longe estão os discípulos de entenderem o que Ele lhes dizia.A sua incompreensão manifesta-se na discussão que tiveram no caminho. Jesus fala de entrega e serviço e eles desejam a ambição, a partilha de poder a
que incitava o sistema hierárquico judaico, radicalmente oposto ao seu
ensinamento.
Continuam a ser atuais
as preocupações: desejos de sobressair, o posto dos seus membros, posse da
verdade, privilégios, poder... que começaram nas primeiras comunidades cristãs.
Atitudes que, então e agora, são radicalmente opostas à atitude e à mensagem de
Jesus.
À pergunta de
quem é o mais importante, respondeu-se organizando cargos, postos, dignidades, ordens, assentos
reservados...
Jesus continua a insistir. Tornar-se último, aceitar-se
último, ser servidor(a) de todos, isso é o primeiro de tudo. É-se grande
transforma-se o nosso mundo, não quando se ocupa um posto relevante, mas quando
na vida se ajuda e se dá lugar a quem não tem grandeza para os poderosos.
Quem serve os que são “inservíveis” para a sociedade nunca se engana.
O que caracteriza os seguidores de Jesus é ser “o último e o servidor de
todos”. Como Jesus.
Na sociedade e
cultura daquele tempo, as crianças eram “nada e ninguém”. Não tinham direitos,
eram os últimos, desprezados...
O abraço de Jesus supõe um gesto de amor
e de total identificação com elas.
Quem acolhe, ajuda... a um “insignificante”,
recebe-o a Ele. Vai na linha de “a Mim o fizestes”.
Recomenda-nos que identifiquemos com o que as crianças representam: confiança,
espontaneidade, criatividade, assombro, ternura, fascinação, alegria, abertura
à esperança e ao futuro...
As crianças têm
uma confiança total e incondicional no seu pai/mãe. Como Jesus.
******************
O tempo e a ternura
Só a esperança serena
e a carícia do sol
conseguiram com a sua ternura
fazer do botão uma flor.
e a carícia do sol
conseguiram com a sua ternura
fazer do botão uma flor.
Obrigado pela tua longa
espera
e a tua ternura, meu Deus;
e a tua ternura, meu Deus;
por elas conheci
que és mais forte que eu.
que és mais forte que eu.
Um coração sem ternura
é como um dia sem sol.
é como um dia sem sol.
Ternura e misericórdia
são dons teus, Senhor.
são dons teus, Senhor.
María Isabel Pereda
*****************
********
****
Nenhum comentário:
Postar um comentário