No texto do
Evangelho segundo Lucas (Lc 12, 32-48) Jesus dirige-se a todo ser
humano e, principalmente, àqueles “a quem foi mais dado”
(administradores), e fala da necessidade de vigiar e de se esforçar para realizar
a vontade de Deus. Para analisar este texto bíblico trago para o blog Indagações o cometário de Asun Gutiérrez Cabriada.
É
uma excelente oportunidade para cada um de nós, cristãos, com o auxílio deste texto, fazer uma boa reflexão.
Não deixe de ler.
WCejnog
[Os
interessados pedem ler esse texto em apresentação de PPS, acessando o site das
Monjas Beneditinas de Montesserrat:
Trabalho muito bonito!]
É surpreendente a
insistência com que Jesus fala
da atitude vigilante e desperta
com que devemos enfrentar a vida.
da atitude vigilante e desperta
com que devemos enfrentar a vida.
Poder-se-ia dizer que
concebe a fé como
“um viver despertos”
que nos liberta da superficialidade
“um viver despertos”
que nos liberta da superficialidade
e do sem sentido.
Florentino Ulibarri
Comentário
Naquele tempo, disse Jesus
aos seus discípulos: “Não temas,
pequenino rebanho, porque o Pai
achou por bem
dar-vos o Reino.
Vendei vossos bens e dai de esmola;
Fazei-vos bolsas que não se desgastem,
um tesouro inesgotável nos céus,
onde o ladrão não chega nem a traça rói.
Porque onde estiver o vosso tesouro,
aí estará o vosso coração.
O Reino é o presente que o Pai deu
já à humanidade em Jesus.
A nossa alegria e a nossa tarefa é acolher esse dom e mostrá-lo ao mundo.
Jesus convida-nos a encher a nossa vida e o nosso coração do fundamental, para nos podermos desprender e abandonar o material, supérfluo e secundário. Não por obrigação ou dever, mas pela alegria de nos sentirmos mais livres e mais felizes.
A nossa alegria e a nossa tarefa é acolher esse dom e mostrá-lo ao mundo.
Jesus convida-nos a encher a nossa vida e o nosso coração do fundamental, para nos podermos desprender e abandonar o material, supérfluo e secundário. Não por obrigação ou dever, mas pela alegria de nos sentirmos mais livres e mais felizes.
O coração humano centra-se sempre
no seu tesouro, por isso é tão importante escolher bem o que consideramos o
nosso tesouro.
Onde tenho posto o meu coração, os
meus interesses, os meus anseios?
Tende os
rins cingidos e as lâmpadas acesas.
Sede
como homens que esperam
o seu
senhor ao voltar do casamento,
para lhe
abrirem logo a porta,
quando
chegar e bater.
Felizes
esses servos, que o senhor,
ao
chegar, encontrar vigilantes.
Em
verdade vos digo: cingir-se-á e
mandará que se sentem à mesa e,
passando
diante deles, os servirá.
Vigiar é um estilo de vida, é não
instalar-se, não estar satisfeitos com o conseguido. Viver em esperança ativa.
Deixar lugar a Deus. Ter o olhar na meta sem descuidar o caminho, sendo
protagonistas, não só da "espera" do Reino, mas da sua construção, já
agora, dia a dia.
Tempo de vigilância e de espera é
tempo de alegria, de trabalho, de esperança, tempo de serviço e de
responsabilidade, tempo de discernimento.
Se vier à meia-noite ou de madrugada,
felizes serão se assim os encontrar.
Vós bem sabeis: se o dono da casa
soubesse a que hora viria o ladrão,
vigiaria e não deixaria arrombar-lhe a casa.
Estai, pois, preparados,
porque à hora em que menos pensais
virá o Filho do homem.
Os criados já são
felizes. Não porque pensam no como serão recompensados, mas pela alegria, a
preparação e o desejo da espera e do encontro.
Não saber o momento da
vinda de Jesus é motivo de confiança e de paz, é saber que cada hora é uma
ocasião para amar a Deus e os outros, sentir que em cada instante ressoa o seu
chamamento de formas múltiplas e variadas.
Disse
Pedro a Jesus:
– Senhor, é para nós que dizes esta
– Senhor, é para nós que dizes esta
parábola,
ou também para todos os outros?
O Senhor respondeu:
O Senhor respondeu:
– Quem é
o administrador fiel e
prudente
que o senhor estabelecerá
à frente
da sua casa,
para dar
devidamente a cada
um a sua
porção de trigo?
Feliz o
servo que, ao chegar,
O senhor
encontrar agindo desta forma.
Em
verdade vos digo: confiará a ele
todos os
seus bens.
Também se refere a nós, a todos. É um convite a viver com os olhos bem abertos
para conhecer onde está o verdadeiro bem. Logo, agir em consequência para sermos felizes.
Viver sempre com perspectiva de
futuro, potenciando ao mesmo tempo a responsabilidade de cada dia.
Quem segue a Jesus não vive
pendente do supérfluo e material. Jesus chama felizes aos que vivem atentos ao
fundamental libertos de lastres pesados e inúteis.
Mas se
aquele servo disser consigo mesmo:
‘O meu
senhor tarda a vir’, e começar a
espancar
empregados e empregadas,
a comer,
beber e a embriagar-se,
o senhor
daquele servo chegará no dia em
que
menos esperar e à hora em que
não souber,
e o afastará do cargo,
destinando-lhe
a sorte dos infiéis.
Jesus pode referir-se à sua última
vinda, ao momento da nossa morte e
também à vida de cada dia, para que não desaproveitemos as múltiplas ocasiões
que se nos apresentam de ver a sua presença, na Palavra, nas pessoas que
encontramos no nosso caminho, nos acontecimentos de cada dia onde se torna presente.
O servo
que, conhecendo a vontade
do seu
senhor, não se preparou
nem agiu
de acordo será açoitado
com
muitos açoites, enquanto aquele
que, desconhecendo-lhe
a vontade,
fizer
coisas dignas de castigo,
será
açoitado com poucos açoites.
A quem
muito foi dado,
muito
será exigido;
a quem
muito foi confiado,
mais se
lhe pedirá.
A exortação à vigilância e
responsabilidade não pode fazer-nos cair no medo ou angústia. Pelo contrário,
deve levar-nos à alegre, serena e profunda certeza de que estamos nas mãos do
Pai que nos quer e nos oferece o Reino, plenitude de Vida.
“Não temais. Deus Pai quis dar-nos
o reino” (v.32)
Boa ocasião para fazer uma
recontagem dos talentos e qualidades que recebemos. Boa ocasião para agradecer
e valorizar os talentos e qualidades que nós e os outros recebemos. Os nossos
talentos e qualidades fazem-nos viver mais felizes? Tornam mais fácil e feliz a
vida dos outros?
À tua disposição
Senhor, quero pôr-me à tua disposição,
para o serviço do teu Reino,
para o trabalho que julgares conveniente.
Desejo servir-te e ponho-me à tua disposição
com o que tenho, com o que sou.
Conta comigo também hoje,
porque para mim, poder servir-te,
é um prêmio, é uma bênção.
é um prêmio, é uma bênção.
Juanjo Elezkano
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