Se pararmos um pouco para pensar constatamos que a grande parte das nossas atitudes e decisões baseia-se na fé. Não se trata de fé religiosa, mas simplesmente de acreditar, de ter fé naquilo que vemos, ouvimos e o que nos é comunicado.
Precisamos acreditar para viver, caso contrário a vida se tornaria insuportável e nós – paranóicos e neuróticos perdidos. Já imaginou não acreditar no que fala seu médico, desconfiar do projeto do arquiteto, rejeitar o que está na bula do remédio; contestar tudo: notícias, informações que os jornais nos repassam, os resultados de todo tipo de pesquisas, validade dos trabalhos científicos; não acreditar nas previsões meteorológicas, etc. É evidente que freqüentemente podemos ser vítimas de mentiras e enganados pelos aproveitadores. Mas, de modo geral, aceitar tudo isso exige a fé! Então, vemos que mesmo neste sentido básico (e pouco fixado na nossa consciência), constantemente baseamos muita coisa na fé – para poder viver. Mesmo quando se trata apenas desta vida cotidiana, contida dentro dos limites da matéria e do experimental, fica evidente a necessidade de se apoiar na fé, não é verdade?
Mas a vida humana transcende os limites da matéria: somos corpo e alma. No fundo do nosso ser almejamos algo muito além da nossa vida aqui. Somos peregrinos nesta terra em busca da felicidade plena. E sentimos que o que encontramos durante esta caminhada nunca nos totalmente satisfaz. O nosso caminho de busca aponta na direção de Deus.
Tentamos compreender o mundo, a nós mesmos, a nossa vida. Perguntamos pelo sentido da vida, por que e para que estamos aqui. Às vezes não achamos respostas. Como uma mosca que pousou na tela de um quadro pintado à óleo por um pintor famoso pode ‘ver’ somente os pigmentos de tinta e formas endurecidas deixadas pelo pincel, assim também nós vamos enxergar e julgar a nossa vida, se apenas estivermos admitindo a sua dimensão material e passageira. Algumas pessoas podem julgá-la um absurdo. Mas as respostas certas existem.
Para poder ver a beleza do “quadro da vida” e perceber que a vida humana existe para ser uma obra de arte , fazendo a parte da criação, é necessário abranger tudo com o olhar da fé, ou seja, saber olhar para a vida como quem contempla um quadro de arte - de uma certa distância necessária. O que nos permite fazer essa experiência é a fé.
Mas, nesta altura muitas novas perguntas surgem, uma puxando a outra: de qual Fé estamos falando? A fé nos leva a Deus – como encontrar Ele? O que sabemos realmente sobre Jesus Cristo? Quanta coisa que se fala e se faz hoje evocando a Palavra de Deus e, na verdade, não tem nada a ver com Jesus Cristo. E eu, como fico?
Assim como eu, certamente muitas outras pessoas pensam e procuram entender cada vez mais essas questões. Nas outras futuras postagens pretendo continuar a minha reflexão simples e imperfeita, mas que não deixa de ser uma expressão dos meus pensamentos em busca de melhor compreensão de tudo o que me cerca e que faz parte da minha vida.
Quem quiser me acompanhar, será sempre bem vindo! A caminhada é nossa.
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