Para entender como é importante a fé na vida das pessoas e como ela pode modificar, radicalmente, o sentido da existência humana, nada melhor que lembrar e tentar interiorizar algumas frases, como estas:
"Só poderemos melhorar o mundo distribuindo a verdadeira fé entre todos os povos do mundo." (Leon Tolstoi)
"Nunca perca a fé na humanidade, pois ela é como um oceano. Só porque existem algumas gotas de água suja nele, não quer dizer que ele esteja sujo por completo." (Mahatma Ghandi)
"Logo que descobri que existe Deus entendi que não podia mais fazer outra coisa a não ser viver por ele: minha vocação religiosa começa no exato momento em que despertou a minha fé." (Charles de Foucauld)
"O maior ato de fé acontece quando uma pessoa decide que não é Deus."
(Autor desconhecido)
"A sabedoria é o melhor guia e a fé, a melhor companheira. Deve-se pois, fugir das trevas da ignorância e do sofrimento, deve-se procurar a luz da Iluminação." (Sakyamuni)
"O otimismo é a fé em ação. Nada se pode levar a efeito sem otimismo."
(Hellen Keller)
"A fé não é saber qual é o mistério do universo, mas sim a convicção de que existe um mistério e que ele é maior do que nós." (Rabino David Wolpe)
"A fé sem obras está morta." (São Tiago)
São muitas as perguntas que precisamos primeiramente verbalizar e depois tentar respondê-las. O ser humano pode encontrar as respostas, sim. Existem respostas positivas e bem fundamentadas, mas cada um precisa encontrá-las. Assim a nossa vida torna-se uma existência consciente.
O texto abaixo nos ajuda a refletir mais sobre essa questão:
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(...) Filosofia apresenta o homem como “ser aberto”, como alguém que se supera constantemente a si mesmo, sempre voltado na direção do novo futuro. O teólogo medieval São Tomás de Aquino disse que o ser humano é “capaz do infinito”. Pensando bem, será que só o fato de existirem em nós perguntas e desejos desse tipo, não indica a existência de uma tal dimensão que ultrapassa a nossa existência aqui na terra?
Se não existir algo ilimitado, ou melhor - infinito, a vida humana ficará sem devida explicação, e poderia ser considerada absurdo. E justamente esta é a resposta que vem da fé.
A resposta que o homem recebe através da fé é exatamente o oposto a tudo isso que os indivíduos descrentes consideram para julgar a vida como ‘nonsense’ – absurdo. Quem acha que tudo é um absurdo e em nada consegue ver o sentido esse, no final, acabará mergulhando em resignação e apatia. No entanto, quem acredita e tem fé, apesar de também experimentar essa ruptura causada pelos fracassos, esse aceita e confirma a vida. E também, ao mesmo tempo, aprova a dinâmica dos esforços humanos, a grandeza e a transcendência, as quais o ser humano sempre almeja no fundo da seu íntimo. É claro que aqui não ficam já resolvidos todos os problemas. Ainda ficam muitas dúvidas e contradições. Mas estamos compreendendo agora o sentido mais profundo da nossa existência. Sabemos que não vivemos em vão.
A nossa vida, a vida dos seres humanos, é marcada pela tensão (ou contraste) que existe entre o finito e infinito, entre temporariedade e eternidade. O sentido da vida, então, consiste em agüentar e suportar essas tensões. Porque vale a pena procurar e conseguir achar em nossa limitação aquilo que é ilimitado, em nossa temporariedade – aquilo que é eterno, e no nosso ser humano – aquilo que é divino.
Desta maneira, apesar de constantes mudanças, o homem alcança o solo firme: no desespero encontra uma nova esperança e na dúvida – a fé. A vida humana, assim, encontra o sentido. O homem não foi apenas ‘jogado’ ou ‘colocado’ na vida, e sim, tem uma tarefa séria a cumprir neste mundo. Ao mesmo tempo entendemos agora as nossas aspirações, que almejam algo muito além desta vida. A fé leva o ser humano à realização do sentido da sua vida muito além de si mesmo, chegando a Deus.
O homem, se não reconhecer a existência de Deus, sempre há de ser uma pergunta sem resposta para si mesmo. Mas, aonde é possível encontrar Deus? Aonde podemos O achar? (...)
(KRENZER, F. Taka jest nasza wiara, Paris, Éditions Du Dialogue, 1981, p.24-25)*
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*Obs.:Para embasar as minhas pequenas reflexões (simples, diretas e questionadoras) acerca de perguntas que, suponho, perturbam a todos nós, sirvo-me do livro do Ferdinand Krenzer- “Morgen wird man wieder Glauben” e, usando aqui uma edição desse livro no idioma polonês (Taka jest nasza wiara), faço uma tradução livre (para o português) apontando alguns trechos, muito bem elaborados pelo autor. É um prazer seguir o seu pensamento.
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