É bom
ter uma reflexão curta e atual para cotemplarmos o significado da Quinta-Feira
Santa, quando se celebra a Última Ceia e repete gesto de Lava-pés.
Publicada
ontem no site do Instituto Humanitas Unisinos (IHU), achei interessante trazer essa reflexão também para o blog
Indagações, criando uma oportunidade de leitura para mais pessoas.
Não
deixe de ler.
WCejnog
Notícias
Quarta, 27 de março de 2013
Quinta-Feira Santa: A Última Ceia
“Também
vós deveis lavar-vos os pés uns aos outros”. Evitemos, também quanto a isto, neutralizar o
significado do gesto e das palavras de Cristo,
limitando-nos à celebração de um rito, tornado estéril, se não for símbolo das
ações do nosso dia. Vivamos não apenas ritual, mas efetivamente uma Aliança
realmente nova!
A
reflexão é de Marcel
Domergue, sacerdote jesuíta francês, publicada no síte Croire,
comentando as leituras da Quinta-Feira Santa (28 de março de 2013). A tradução
é de Francisco O.
Lara, João Bosco Lara e José J. Lara.
Eis
o texto.
Referências bíblicas:
1ª leitura: Ex 12,1-8.11-1
1ª leitura: Ex 12,1-8.11-1
Salmo: Sl 115
2ª leitura: 1Cor 11,23-26
Evangelho: Jo 1,1-15
O ato de “entregar”
Jesus não fica à espera de que os homens
venham privá-lo do que é seu: da sua liberdade, da sua honra, da sua
integridade física e, por fim, da sua vida. Surpreendendo a todos, ele entrega
antecipadamente o que lhe vão tirar. Judas
sairá à noite para entregá-lo. Mas, antes que o faça, Jesus se entrega a
si próprio: “Tomai e
comei! Isto é meu corpo. Tomai e bebei! Isto é meu sangue”. E age
da mesma forma para com todos os protagonistas de sua Paixão: os sumos
sacerdotes irão entregá-lo a Pilatos
para que o crucifique. Pilatos
o entrega de volta, para que o crucifiquem. E, finalmente, o entregarão à
morte.
O
verbo “entregar”
é utilizado por todos os evangelistas (por Mateus, sobretudo) em relação a todos
os que, no relato, tomam alguma decisão, sem saber, contudo, que estão
cumprindo ou consumando as Escrituras e que Jesus se antecipou a todos eles na
Última Ceia: “ninguém me
tira a vida, pois sou eu quem a dou” (Jo 10,18). A última
Ceia fornece, assim, a chave de toda a paixão e ficamos cientes de que a vida,
uma vez dada, transforma-se em alimento do ser humano. E até mesmo que, segundo
S. Irineu,
o pão comum, provindo da criação, já era o corpo de Cristo. Deus já se entregava
a nós no pão de nossas mesas.
Senhor que serve
A insistência de Paulo no “fazei isto em memória de mim” poderia levar-nos a uma excessiva ritualização da vida cristã: bastaria, para sermos fiéis a Cristo, refazer os gestos da última Ceia, repetir as palavras pronunciadas por Jesus. É uma prática, de certo, salutar, por permitir-nos atualizar o evento, tornando-nos contemporâneos dele.
Hoje,
como sempre, temos necessidade de receber a vida que Deus nos concede.
Refazer, no entanto, o que fez Cristo
não consiste primeiramente em copiar seus gestos, mas em reproduzir em nós “as atitudes que foram as de Cristo Jesus” (Fl 2,5) o qual “deu sua vida por nós para que,
também nós, demos a vida por nossos irmãos” (1Jo 3,16). A
verdadeira forma de “fazer
memória” de Cristo
é, portanto, amar. Eis porque, no evangelho segundo S. João, onde esperaríamos
encontrar os gestos e as palavras pronunciadas sobre o pão e o vinho, vemos Jesus de joelhos
ante os discípulos, a lavar-lhes os pés. Este gesto simbólico tem o mesmo
significado do dom do pão e do vinho: se Deus,
a quem chamamos Mestre
e Senhor,
se faz nosso servo, com maior razão, devemos pôr-nos, também nós, a serviço dos
nossos irmãos.
Tudo ao contrário!
Tudo isso, é claro, significa a Paixão que, a seguir, acontecerá e que, de fato, já começou. Assistimos aqui à reversão de todas as nossas habituais categorias, de todas as nossas maneiras usuais de pensar. Salientamos acima que a onipotência se transformava em fraqueza. Vemos, agora, o Senhor que se faz servo. Tudo se passa ao contrário. O justo ocupa o lugar do injusto, do culpado, e o juiz substitui o condenado. Até mesmo as realidades naturais são subvertidas: o pão e o vinho, frutos da criação, tornam-se presença e vida do Criador. E, finalmente, como derradeira e grandiosa mutação, a morte se transforma em vida.
De fato, a vida, quando a entregamos em prol dos outros, nós não a perdemos.
Bem ao contrário, nós a engrandecemos. Já o dissera Jesus: “Quem perder a sua vida, salva-la-á”.
O grão de trigo tem de apodrecer na terra, perder a sua condição de grão, para
dar fruto. Um fruto que lhe confere a imortalidade! Jesus nos dá a senha
de como refazer o que Ele fez: “Também
vós deveis lavar-vos os pés uns aos outros”. Evitemos, também
quanto a isto, neutralizar o significado do gesto e das palavras de Cristo,
limitando-nos à celebração de um rito, tornado estéril, se não for símbolo das
ações do nosso dia. Vivamos não apenas ritual, mas efetivamente, uma Aliança
realmente nova!
Wesolych Swiat Wielkiej Nocy zyczy Tadek Mich. Mam nadzieje ze nie zapomniales kolegi kursowego.
ResponderExcluirMila niespodzianka ze sie odezwales! Pozdrawiam!
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