Hoje trago para o blog
Indagações-Zapytania um artigo que aborda com precisão e clareza uma
questão muito importante e grave: a expansão da ideologia atéia nos ambientes
universitários do nosso Brasil, inclusive nas Universidades e Faculdades
mantidas pelas instituições confessionais. Penso que esta é uma questão que – infelizmente - não recebe devida atenção e
não está sendo debatida e divulgada para a sociedade como tal, que na sua
maioria é cristã.
As perguntas são muitas: Por que tenta-se
impor o ateísmo à juventude universitária e convencê-la a dispenar Deus e
religião? Que interesses existem por trás disso? Que futuro espera os nossos
jovens que ‘caem’ nas teias dessa manipulação premeditada da parte dos
formadores gnósticos e ateus? Será que realmente a vida sem a fé em Deus tem
alguma chance de realmente fazer o ser humano feliz e realizado? Acredito que este
seja o grande equívoco e engano: uma minoria atéia sente-se no direito de imbutir
aos nossos jovens as suas convicções. Por que faz isso? - São as perguntas que todos nós deveriamos ter em mente e
procurar respostas para elas. É óbvio que logo surgem também outras questões como,
por exemplo, o fato de que a preparação
catequética e a formação e a educação na fé cristã das crianças, adolescentes e
jovens nas etapas que precedem o ingresso à Universidade, hoje, infelizmente,
deixam muito a desejar. São questões que precisam
urgentemente de novos espaços para serem debatidas com um novo fervor.
Na minha opinião, nos dias de
hoje existe uma implacável tendência de impôr determinados esquemas e projetos
vindos de algumas minorias que,
sentindo-se discriminadas no passado e lutando por seus direitos, passaram ao
“ataque” e tentam agora impôr as suas ideias à grande maioria. A tática
encontrada por elas é justamente esta: em nome da democracia, liberdade, dos
direitos iguais, etc., com o apoio das leis que elas forçam a aprovar - os seus
representantes conseguem chegar a ocupar cargos e posições de poder e tentam
impôr as suas ideias à sociedade interia. E a sociedade apenas “assiste”, desorientada
e até “anestesiada” pela ideologia do relativismo, ou acaba cedendo como
acontece hoje com muitos países da União Européia. Essas minorias não querem
apenas que sejam respeitadas pela sociedade e que sejam garantidos os seus
direitos; elas querem impôr as suas ideias e opções a todos. Combater os
preconceitos, garantir os direitos iguais para todos, assegurar uma vida digna e plena para cada homem e mulher
da sociedade – é uma coisa, mas passar a não respeitar os outros e obrigá-los a concordar com o que não comungam
– é outra coisa. Eis a questão!
O artigo citado acima é de
autoria do Pe. Paulo Ricardo. Mesmo que eu não concorde com o autor quanto a
alguns outros assuntos, como por exemplo o seu negativo juízo em relação à
Teologia da Libertação, abordados por
ele em outros textos, faço a questão de publicar este, por concordar com ele.
Não deixe de ler!
WCejnog
Uma falsa concepção de
autonomia pessoal está na raiz do ateísmo presente nas universidades filhas do
iluminismo francês, e na ATUAL DITADURA DO RELATIVISMO MORAL.
Antes é preciso definir qual o
significado da palavra “ateísmo”. Pessoas detém-se na definição etimológica
dela, ou seja, a-teísmo quer dizer não-deus. O
ateu, portanto, é aquela pessoa que diz que Deus não existe.
Todavia, segundo o Catecismo da
Igreja Católica, o ateísmo é algo bastante complexo, com inúmeras facetas.
Vejamos:
“Muitos de nossos
contemporâneos não percebem de modo algum esta união íntima e vital com Deus,
ou explicitamente a rejeitam, a ponto de o ateísmo figurar entre os mais graves
problemas do nosso tempo.
O termo ateísmo abrange muitos e diversos fenômenos. Uma
forma freqüente é o materialismo prático, de quem limita suas necessidades e
suas ambições ao espaço e ao tempo. O humanismo ateu considera falsamente que o
homem é ‘seu próprio fim e o único artífice e demiurgo de sua própria
história’. Outra forma de ateísmo contemporâneo espera a libertação do homem
pela via econômica e social, sendo que a ‘religião, por sua própria natureza,
impediria esta libertação, na medida em que, ao estimular a esperança do homem
numa quimérica vida futura, o desviaria da construção da cidade terrestre.”
(CIC.: 2123-2124)
Como se vê, a definição
etimológica não é suficiente, pois o sentido da palavra é muito mais amplo.
Coligindo os vários tipos de
ateísmo é possível perceber que todos eles terminam numa atitude
fundamental: o homem declara-se autônomo, ou seja, não depende mais de
Deus para nada. Adotar a atitude de autonomia
perante Deus significa tão somente colocar-se no lugar Dele.
Portanto, o que existe não é
ateísmo, mas idolatria. O homem que se autodiviniza. Seja o homem individual,
seja a coletividade do ser humano que passa a determinar o que é certo e o que
é errado. (...)
Muitas pessoas crêem que Deus é uma realidade irrelevante
para vida, que existindo ou ovem com alguma
noção religiosa trazida da família, isto traz conflitos.
Nas universidades o que se tem não é um crescente ateísmo, mas sim, uma crescente idolatria. Elas (universidades) são especialistas, em seu ambiente, em amordaçar a voz da consciência, inserindo os jovens na chamada “ditadura do relativismo”. O preço que se paga por isso é muito alto, pois as pessoas, ao se declararem autônomas, independentes de Deus imaginam que se tornam livres. Mas, não é isso que acontece, pelo contrário, elas se tornam escravas da tristeza, do vazio, do pecado. No ambiente universitário não é diferente.
A
virtude, por sua vez, não vicia. Jamais se ouvirá dizer que alguém está viciado
na generosidade, já na avareza sim.
Uma pessoa não é viciada na
castidade, mas na luxúria, no sexo desregrado, sim. Outra não pode ser viciada
na sobriedade, mas na droga, no álcool, sim. Portanto, o homem, ao querer se
libertar de Deus, escraviza-se, descendo abaixo de sua própria natureza.
Deus não dificulta a autonomia
humana, pelo contrário, Ele liberta.
“A verdade vos libertará”,
disse Jesus Cristo. Os ambientes universitários deveriam ser lugares em que se
busca a Verdade e ela, ao ser encontrada, deveria transformar a todos em
pessoas que se põe a serviço do conhecimento e da ciência. Esta deveria ser a
vocação de todo universitário.
Autor:
Pe. Paulo Ricardo
Fonte: berakash.blogspot.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário