Temas diversos. Observar, pensar, sentir, fazer crítica construtiva e refletir sobre tudo que o mundo e a própria vida nos traz - é o meu propósito. Um pequeno espaço para uma visão subjetiva, talvez impregnada de utopia, mas, certamente, repleta de perguntas, questionamentos, dúvidas e buscas, que norteiam a vida de muitas pessoas nos dias de hoje.

As perguntas sobre a existência e a vida humana, sobre a fé, a Bíblia, a religião, a Igreja (sobretudo a Igreja Católica) e sobre a sociedade em que vivemos – me ajudam a buscar uma compreensão melhor desses assuntos, com a qual eu me identifico. Nessa busca, encontrando as melhores interpretações, análises e colocações – faço questão para compartilhá-las com os visitantes desta página.

Dedico este Blog de modo especial a todos os adolescentes e jovens cuja vida está cheia de indagações.
"Navegar em mar aberto, vivendo em graça ou não, inteiramente no poder de Deus..." (Soren Kierkegaard)

domingo, 19 de janeiro de 2014

As Universidades e o ateísmo. – Uma questão séria.


Hoje trago para o blog Indagações-Zapytania um artigo que aborda com precisão e clareza uma questão muito importante e grave: a expansão da ideologia atéia nos ambientes universitários do nosso Brasil,  inclusive nas Universidades e Faculdades mantidas pelas instituições confessionais. Penso que esta é uma questão que  – infelizmente - não recebe devida atenção e não está sendo debatida e divulgada para a sociedade como tal, que na sua maioria é cristã.

As perguntas são muitas: Por que tenta-se impor o ateísmo à juventude universitária e convencê-la a dispenar Deus e religião? Que interesses existem por trás disso? Que futuro espera os nossos jovens que ‘caem’ nas teias dessa manipulação premeditada da parte dos formadores gnósticos e ateus? Será que realmente a vida sem a fé em Deus tem alguma chance de realmente fazer o ser humano feliz e realizado? Acredito que este seja o grande equívoco e engano: uma minoria atéia sente-se no direito de imbutir aos nossos jovens as suas convicções. Por que faz isso?  - São as perguntas  que todos nós deveriamos ter em mente e procurar respostas para elas. É óbvio que logo surgem também outras questões como, por exemplo, o fato de que  a preparação catequética e a formação e a educação na fé cristã das crianças, adolescentes e jovens nas etapas que precedem o ingresso à Universidade, hoje, infelizmente, deixam muito a desejar. São questões que precisam urgentemente de novos espaços para serem debatidas com um novo fervor.

Na minha opinião, nos dias de hoje existe uma implacável tendência de impôr determinados esquemas e projetos vindos de algumas minorias que, sentindo-se discriminadas no passado e lutando por seus direitos, passaram ao “ataque” e tentam agora impôr as suas ideias à grande maioria. A tática encontrada por elas é justamente esta: em nome da democracia, liberdade, dos direitos iguais, etc., com o apoio das leis que elas forçam a aprovar - os seus representantes conseguem chegar a ocupar cargos e posições de poder e tentam impôr as suas ideias à sociedade interia. E a sociedade apenas “assiste”, desorientada e até “anestesiada” pela ideologia do relativismo, ou acaba cedendo como acontece hoje com muitos países da União Européia. Essas minorias não querem apenas que sejam respeitadas pela sociedade e que sejam garantidos os seus direitos; elas querem impôr as suas ideias e opções a todos. Combater os preconceitos, garantir os direitos iguais para todos, assegurar uma  vida digna e plena para cada homem e mulher da sociedade – é uma coisa, mas passar a não respeitar os outros  e obrigá-los a concordar com o que não comungam – é outra coisa. Eis a questão!

O artigo citado acima é de autoria do Pe. Paulo Ricardo. Mesmo que eu não concorde com o autor quanto a alguns outros assuntos, como por exemplo o seu negativo juízo em relação à Teologia da Libertação,  abordados por ele em outros textos, faço a questão de publicar este, por concordar com ele.
Não deixe de ler!

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Uma falsa concepção de autonomia pessoal está na raiz do ateísmo presente nas universidades filhas do iluminismo francês, e na ATUAL DITADURA DO RELATIVISMO MORAL.

Antes é preciso definir qual o significado da palavra “ateísmo”. Pessoas detém-se na definição etimológica dela, ou seja, a-teísmo quer dizer não-deus. O ateu, portanto, é aquela pessoa que diz que Deus não existe.

Todavia, segundo o Catecismo da Igreja Católica, o ateísmo é algo bastante complexo, com inúmeras facetas. Vejamos:

“Muitos de nossos contemporâneos não percebem de modo algum esta união íntima e vital com Deus, ou explicitamente a rejeitam, a ponto de o ateísmo figurar entre os mais graves problemas do nosso tempo. 
O termo ateísmo abrange muitos e diversos fenômenos. Uma forma freqüente é o materialismo prático, de quem limita suas necessidades e suas ambições ao espaço e ao tempo. O humanismo ateu considera falsamente que o homem é ‘seu próprio fim e o único artífice e demiurgo de sua própria história’. Outra forma de ateísmo contemporâneo espera a libertação do homem pela via econômica e social, sendo que a ‘religião, por sua própria natureza, impediria esta libertação, na medida em que, ao estimular a esperança do homem numa quimérica vida futura, o desviaria da construção da cidade terrestre.” (CIC.: 2123-2124)

Como se vê, a definição etimológica não é suficiente, pois o sentido da palavra é muito mais amplo. 
Coligindo os vários tipos de ateísmo é possível perceber que todos eles terminam numa atitude fundamental: o homem declara-se autônomo, ou seja, não depende mais de Deus para nada. Adotar a atitude de autonomia perante Deus significa tão somente colocar-se no lugar Dele.
Portanto, o que existe não é ateísmo, mas idolatria. O homem que se autodiviniza. Seja o homem individual, seja a coletividade do ser humano que passa a determinar o que é certo e o que é errado. (...)

Muitas pessoas crêem que Deus é uma realidade irrelevante para vida, que existindo ou ovem com alguma noção religiosa trazida da família, isto traz conflitos.  

Nas universidades o que se tem não é um crescente ateísmo, mas sim, uma crescente idolatria. Elas (universidades) são especialistas, em seu ambiente, em amordaçar a voz da consciência, inserindo os jovens na chamada “ditadura do relativismo”. O preço que se paga por isso é muito alto, pois as pessoas, ao se declararem autônomas, independentes de Deus imaginam que se tornam livres. Mas, não é isso que acontece, pelo contrário, elas se tornam escravas da tristeza, do vazio, do pecado. No ambiente universitário não é diferente.
A virtude, por sua vez, não vicia. Jamais se ouvirá dizer que alguém está viciado na generosidade, já na avareza sim.

Uma pessoa não é viciada na castidade, mas na luxúria, no sexo desregrado, sim. Outra não pode ser viciada na sobriedade, mas na droga, no álcool, sim. Portanto, o homem, ao querer se libertar de Deus, escraviza-se, descendo abaixo de sua própria natureza.
Deus não dificulta a autonomia humana, pelo contrário, Ele liberta.

“A verdade vos libertará”, disse Jesus Cristo. Os ambientes universitários deveriam ser lugares em que se busca a Verdade e ela, ao ser encontrada, deveria transformar a todos em pessoas que se põe a serviço do conhecimento e da ciência. Esta deveria ser a vocação de todo universitário.


Autor: Pe. Paulo Ricardo

Fonte: berakash.blogspot.com.br


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