Temas diversos. Observar, pensar, sentir, fazer crítica construtiva e refletir sobre tudo que o mundo e a própria vida nos traz - é o meu propósito. Um pequeno espaço para uma visão subjetiva, talvez impregnada de utopia, mas, certamente, repleta de perguntas, questionamentos, dúvidas e buscas, que norteiam a vida de muitas pessoas nos dias de hoje.

As perguntas sobre a existência e a vida humana, sobre a fé, a Bíblia, a religião, a Igreja (sobretudo a Igreja Católica) e sobre a sociedade em que vivemos – me ajudam a buscar uma compreensão melhor desses assuntos, com a qual eu me identifico. Nessa busca, encontrando as melhores interpretações, análises e colocações – faço questão para compartilhá-las com os visitantes desta página.

Dedico este Blog de modo especial a todos os adolescentes e jovens cuja vida está cheia de indagações.
"Navegar em mar aberto, vivendo em graça ou não, inteiramente no poder de Deus..." (Soren Kierkegaard)

sábado, 18 de janeiro de 2014

“Com o fogo do Espírito” – Reflexão do José Antonio Pagola. Muito atual!


Mais uma reflexão muito concreta e atual de autoria do padre e teólogo espanhol José Antônio Pagola. Trago-a para o blog Indagações-Zapytania para contribuir na sua divulgação e assim facilitar a leitura para quem estiver interessado.
Foi publicada no site do Instituto Humanitas Unisinos (IHU).
Não deixe de ler.

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IHU - Notícias
Sexta, 17 de janeiro de 2014

Com o fogo do Espírito

A leitura que a Igreja propõe neste domingo é o Evangelho de Jesus Cristo segundo João 1, 29-34 que corresponde ao Segundo Domingo do Tempo Comum, ciclo A do Ano Litúrgico. O teólogo espanhol José Antonio Pagola comenta o texto.

 
 Eis o texto

As primeiras comunidades cristãs preocuparam-se em diferenciar bem o batismo de João, que submergia as pessoas nas águas do Jordão, e o batismo de Jesus, que comunicava o Seu Espírito para limpar, renovar e transformar o coração dos Seus seguidores. Sem esse Espírito de Jesus, a Igreja se apaga e se extingue.

Só o Espírito de Jesus pode colocar mais verdade no cristianismo atual. Só o Seu Espírito pode levar-nos a recuperar a nossa verdadeira identidade, abandonando caminhos que nos desviam uma e outra vez do Evangelho. Só esse Espírito pode nos dar luz e força para empreender a renovação que necessita hoje a Igreja.

O Papa Francisco sabe muito bem que o maior obstáculo para colocar em marcha uma nova etapa evangelizadora é a mediocridade espiritual. Ele o diz de forma categórica. Deseja alentar com todas as suas forças uma etapa “mais ardente, alegre, generosa, audaz, cheia de amor até ao fim, e de vida contagiosa”. Mas tudo será insuficiente, “se não arde nos corações o fogo do Espírito”.

Por isso procura para a Igreja de hoje “evangelizadores com Espírito” que se abram sem medo à sua ação e encontrem nesse Espírito Santo de Jesus “a força para anunciar a verdade do Evangelho com audácia, em voz alta e em todos os tempos e lugares, mesmo contra a corrente”.

A renovação que o Papa quer impulsionar no cristianismo atual não é possível “quando a falta de uma espiritualidade profunda se traduz em pessimismo, fatalismo e desconfiança”, ou quando nos leva a pensar que “nada pode mudar” e portanto “é inútil esforçar-se”, ou quando baixamos os braços definitivamente, “dominados por um descontentamento crônico ou por uma acidez que seca a alma”.

Francisco adverte-nos que “por vezes perdemos o entusiasmo ao esquecer que o Evangelho responde às necessidades mais profundas das pessoas”. No entanto não é assim. O Papa expressa com força a sua convicção: “não é o mesmo ter conhecido Jesus que não conhecê-Lo, não é o mesmo caminhar com Ele que caminhar às cegas, não é o mesmo poder escutá-Lo que ignorar a Sua Palavra... não é o mesmo tratar de construir o mundo com o Seu Evangelho que fazê-lo sozinho com a própria razão”.

Tudo isto temos de descobrir por experiência pessoal em Jesus. Do contrário, a quem não o descobre, “depressa lhe falta força e paixão; e uma pessoa que não está convencida, entusiasmada, segura, apaixonada, não convence ninguém”. Não estará aqui um dos principais obstáculos para impulsionar a renovação desejada pelo Papa Francisco?



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