Neste momento, em que ainda
fala-se muito da canonização pela Igreja Católica dos papas João XXIII e João
Paulo II, considero muito bom, útil e
interessante o artigo do Leonardo Boff* sobre o papa João Paulo II, sua
personalidade e seu pontificado. É uma análise detalhada, séria e verdadeira.
Trazendo esse artigo para o blog Indagacoes-Zapytania, espero contribuir
um pouco para a sua divulgação. Foi publicado recentemente no site do ADITAL.
Quem estiver interessado, encontrará aqui uma leitura muito
enriquecedora.
Vale a pena ler.
WCejnog
Artigos - Opinião
30.04.2014
O Papa da volta à grande disciplina
Por: Leonardo Boff
O pontificado de João Paulo II foi longo e complexo. Só lhe
faremos justiça se o inserirmos dentro de um grande arco de questões que vinham
ocupando a Igreja há muito tempo. Só assim ganharemos altura para ver seu real
significado. Procuraremos ser o mais objetivo possível mas não indiferente.
Qual a característica fundamental deste Papado? É a restauração e
a volta à grande disciplina. Ele não se caracteriza por uma reforma, mas por
uma contra-reforma. Ele representa a tentativa de sustar um "aggiornamento”
(processo de modernização) que irrompera na Igreja a partir dos anos 60 e que estava
tomando conta de toda a cristandade. João Paulo II, a pretexto de salvaguardar
a identidade católica, deu uma freada vigorosa neste processo.
1. Acerto de contas com a Reforma e a
modernidade
Com isso, retardou um acerto de contas que a Igreja vinha fazendo
com referência a duas graves questões que a martirizavam há quatro séculos.
A primeira delas está ligada ao surgimento de outras Igrejas como
consequência da Reforma Protestante do século XVI. Fraturou-se a unidade da
Igreja romano-católica. Ela teve que tolerar outras igrejas, embora as
interpretasse como cismáticas e heréticas.
A segunda grande questão se deriva da modernidade iluminista com o
surgimento da autonomia da razão, da tecnociência, das liberdades civis e da
democracia. Esta nova cultura colocava em xeque a revelação da qual a Igreja se
sente portadora exclusiva e denuncia a forma como a Igreja se organiza
institucionalmente como uma monarquia absolutista espiritual em contradição com
a democracia e a vigência dos direitos humanos.
Contra as igrejas evangélicas a estratégia do Vaticano era a sua
reconversão para que se voltasse à unidade eclesiástica antiga sob uma única
cabeça, o Papa.
Contra a sociedade moderna, a relação era de crítica e condenação
de seu projeto emancipatório e secularizador, visando refazer a unidade
cultural sob a égide de valores morais cristãos.
As duas estratégias redundaram em fracasso. As igrejas cresceram e
se firmaram em todos os continentes. A sociedade moderna, com suas liberdades e
com sua ciência e técnica, se tornou o paradigma para as sociedades no mundo
inteiro. A igreja romano-católica se viu transformada num bastião de
conservadorismo religioso e de autoritarismo político.
Foi obra do bom senso e da ousadia de um Papa, de João XXIII, a
convocação de um Concílio Ecumênico (reunião de todos os bispos da Igreja em
Roma) para enfrentar corajosamente estas duas questões não resolvidas.
Efetivamente, o Concílio Vaticano II (1962-1965) assumiu como
lema: não mais o anátema mas a compreensão; não mais condenação mas diálogo.
Face às igrejas inaugurou o diálogo ecumênico que pressupõe a
aceitação da existências de mais igrejas.
Face ao mundo moderno houve uma verdadeira reconciliação com a
esfera do trabalho, da ciência, da técnica, das liberdades e da tolerância
religiosa. Reconheceu a legítima autonomia das realidades terrestres. Elas são
boas não porque recebem a benção da Igreja, mas porque são boas em si mesmas,
como expressão da criação boa de Deus. A Igreja define o seu lugar dentro do
mundo moderno, como sinal e instrumento da herança de Cristo, aprendendo deste
mundo e colaborando com ele na dignificação de todos os âmbitos da vida.
Ela mesma se redefine primeiramente como Povo de Deus em marcha e
só depois como sociedade hierarquicamente organizada.
Ocorreu, portanto, um acerto de contas altamente positivo. Ao
invés de continuar uma ilha errática de um mundo definitivamente passado, a
Igreja se fazia solidária com as buscas e as angústias do homem contemporâneo.
2. O acerto de conta com os pobres
Mas faltava ainda um terceiro acerto de contas: com os pobres e
sofredores que são as grandes maiorias da humanidade. Foi mérito da Igreja
latino-americana lembrar que não existe apenas um mundo moderno desenvolvido
mas também um submundo subdesenvolvido. Ela suscitou a pergunta incômoda: como
anunciar a Deus como Pai num mundo de miseráveis? Só faz sentido anunciar a
Deus como Pai caso tirarmos os pobres da miséria, portanto, se transformarmos
esta realidade de ruim em boa. Os sujeitos desta transformação serão os
próprios pobres. Ora, na América Latina os pobres são simultaneamente cristãos.
A inteligência política sugere transformar o capital espiritual e ético dos
cristãos pobres numa força de mobilização e mudança social.
Foi o que fizeram os setores mais dinâmicos da Igreja
latino-americana, animados por alguns profetas como Dom Helder Câmara. A
consigna era: fazer uma opção da Igreja pelos pobres contra a pobreza. Para
viabilizar esta opção se criaram as comunidades eclesiais de base (só no Brasil
há cerca de cem mil), os milhares de círculos bíblicos e as pastorais sociais,
por terra, por teto, por saúde, em favor dos indígenas, dos negros, das
mulheres marginalizadas e assim por diante. Daí nasceu a Igreja da libertação e
a teologia que a acompanha, a teologia da libertação.
Tal viragem fez com que muitos cristãos entrassem nos movimentos
sociais libertários, até em frente armadas, e que numerosos bispos e até
cardeais assumissem papel expressivo no combate às ditaduras militares
latino-americanos e na defesa dos direitos humanos, entendidos principalmente
como direitos dos pobres.
João Paulo II foi eleito Papa quando estava em curso esse vigoroso
processo, chamado por nós de eclesiogênese, quer dizer, a gênese de um novo
tipo de Igreja popular, pobre, profética e libertadora.
3. O projeto papal da restauração
Como se situou o Pontificado de João Paulo II face a estes
cenários de Igreja?
Ele se situou, logo no início, na contracorrente destas tendências
que eram dominantes. Para esta postura dois fatores foram, seguramente,
determinantes: sua origem polonesa e os círculos da Cúria Romana,
marginalizados mas não derrotados pelo Concílio Vaticano II.
João Paulo II é polonês. Em sua vida conheceu apenas regimes totalitários:
o nazismo e o stalinismo. Provém de uma Igreja perseguida que fizera da fé
maciça dos fiéis uma força de resistência e de libertação, tanto mais eficaz
quanto mais for ligada à tradição e se mantiver coesa internamente. Esta
estratégia, legítima na Polônia, não permitia ao Papa avaliar adequadamente as
discussões internas da Igreja universal em processo de "aggionamento”
e diálogo com a cultura moderna, caracterizada pela secularização, pelo
pluralismo, pelo indiferentismo e pelo relativismo. Segundo sua leitura,
condicionada pelo seu lugar social polonês, tal contato poderia colocar em
risco a identidade da Igreja. Daí seu propósito firme de reafirmar fortemente a
identidade católica.
Em Roma encontrou a burocracia vaticana, por sua natureza conservadora,
que pensava exatamente da mesma forma. Estabeleceu-se um bloco histórico
poderoso Papa-Cúria com o propósito de impor a restauração da identidade e da
antiga disciplina.
Naturalmente, o Papa buscou colaboradores que dessem sustentação à
esta linha. O principal deles foi Joseph Ratzinger, um teólogo alemão
brilhante, feito logo cardeal e levado à Roma para zelar pela fé e homogeneizar
a teologia oficial para ser referência para toda a Igreja.
A estratégia não foi opor-se frontalmente ao Concílio Vaticano II,
o que agravaria a crise na Igreja, mas de lê-lo na perspectiva do Concílio
Vaticano I (1870). Este Concílio é todo centrado na figura do Papa, feito
infalível e dotado de poderes absolutos que, no fundo, só valeriam para Deus.
Bastou este código Wojtyla/Ratzinger para redefinir todo o
percurso da Igreja, desde a sua eleição em 1978 até os dias atuais.
Iniciou-se um processo de restauração daquela ordem construída
sobre um modelo de Igreja piramidal, em cujo topo, solitário e absoluto, se
encontra o Papa, depois os bispos, os padres, os religiosos e, lá em baixo, os
leigos. Tudo gira ao redor da concepção de centro: o Papa, Roma, a Igreja
hierárquica, o Ocidente cristão. Não raro, confunde-se o mundo com Roma e Roma
com a Polônia, entendida como referência de fidelidade à ortodoxia tradicional.
O carisma pessoal do Papa operacionalizou à maravilha este
projeto. Ele é indiscutivelmente uma figura carismática, com inegável
irradiação, um superstar com habilidade de dramatização mediática, sabendo
escolher as palavras de efeito e os gestos de impacto.
Suas andanças incansáveis pelo mundo criou a impressão de que ele
é o único e verdadeiro bispo da Igreja, feita a sua única paróquia e diocese.
Todos os bispos, perto dele, ou ficam pequenos ou desaparecem. Um fiel pode não
saber o nome de seu pároco ou de seu bispo. Mas sabe o nome do Papa.
Para levar avante seu projeto de restauração identitária se muniu
dos instrumentos adequados. Reescreveu o direito canônico e com isso enquadrou
toda a vida da Igreja (as comunidades eclesiais de base não entram a não ser
como "pias associações”). Fez publicar o Catecismo Universal da Igreja
Católica e, com isso, oficializou o pensamento único dentro da Igreja. Com
sucessivas instruções deu por terminada a fase criativa na liturgia que se
incarnava nas várias culturas (a proibição da missa dos quilombos (negros) e a
da terra-sem-males (índios) e que agora deve se ater ao que está oficialmente
estabelecido dentro do rigor do cânon romano. Subtraiu o poder decisório do
Sínodo dos Bispos, submetido totalmente ao poder papal. Limitou o poder das
Conferências Continentais de Bispos e das conferências nacionais episcopais
(algumas foram literalmente humilhadas como a da Holanda e da Áustria) e das
conferências de religiosos a nível nacional e internacional, marginalizou os
leigos em seu poder de participação decisória e negou a plena cidadania
eclesial às mulheres, relegadas a funções meramente marginais, mas sempre longe
do altar e do púlpito.
Fechou questões candentes, proibidas de serem discutidas em
público como o celibato dos padres, o acesso das mulheres ao sacerdócio, as
questões de moral familiar, o uso de preservativos, a questão dos homossexuais.
Em quase todas as questões discutidas da biologia e da genética que roçam temas
morais, a posição oficialista do Vaticano é negativa, fechada, quando não
reacionária, em nome da defesa da vida e da moral.
4. Controle e punição a teólogos
Houve uma vigilância estrita sobre a produção do pensamento
teológico. Mais de 140 teólogos, dos mais capacitados e criadores, foram ou
interrogados nas instâncias doutrinárias do Vaticano, ou punidos, ou depostos
de suas cátedras, ou silenciados e até excomungados. Aqui a repressão ganhou,
em alguns momentos, caráter de crueldade. O grande e muito estimado teólogo
moralista Bernard Häring, velhinho e extremamente doente, foi levado a
julgamento e a longos interrogatórios nas salas da ex-Inquisição. Seu
testemunho é avassalador: os interrogatórios que padeceu por parte dos
militares nazistas não foram tão severos e duros como aqueles sob o Cardeal
Inquisidor Joseph Ratzinger. Este Papa usou e abusou do cajado, algumas vezes
contra as ovelhas ao invés de contra os lobos.
No afã de criar certezas num mundo de incertezas, João Paulo II
pôs a funcionar uma verdadeira máquina de fazer discursos, de escrever
instruções, de lançar cartas apostólicas e de produzir encíclicas, superando
qualquer capacidade de um simples fiel poder ler e assimilar. Proclamou mais de
1300 beatos e canonizou mais de 500 santos, um verdadeiro forno de ícones, com
o mesmo propósito de criar referências seguras para os fiéis. Algumas figuras
são polêmicas e sob alguns aspectos francamente escandalosas como a canonização
do Papa Pio IX, um dos mais reacionários e pessoalmente destemperados da
história do Papado e a figura do fundador da Opus Dei, Escrivá de Balaguer,
ligado ao que há de mais dúbio e menos evangélico no poder político e
econômico. Mas ambos reforçavam poderosamente o papado e a instituição
eclesiástica, coisa que mais conta neste modelo centralizador de Igreja.
João Paulo II alimentou uma desconfiança fundamental para com o
mundo moderno. Faltava-lhe uma verdadeira teologia da secularização, no sentido
da legítima autonomia das realidades da política e da cultura.
Juntamente com seu principal assessor, o Cardeal Joseph Ratzinger,
era caudatário da visão agostiniana de história, segundo a qual a história que
realmente conta é somente aquela que passa pela mediação da Igreja, portadora
da salvação sobrenatural. Aquela que passa pelas mediações do empenho humano e
da história não alcança altura divina e se faz irremediavelmente refém da
situação decadente da condição humana e por isso é insuficiente diante de Deus.
Em nome deste agostinismo político mostrou uma fundamental incompreensão
da teologia da libertação latino-americana. Esta afirma que a libertação é
feita pelos próprios pobres. A Igreja comparece apenas como aliada deles
reforçando e reconhecendo a legitimidade de suas lutas. Para o Cardeal
Ratzinger esta libertação é puramente humana e por isso sem relevância
sobrenatural.
5. Visão curta e simplista da Teologia
da Libertação
Importa ressaltar que o Papa teve uma visão curta e simplista
deste tipo de teologia. Leu-a na ótica de seus detratores. E hoje sabemos, a
partir das informações que a CIA lhe passava, especialmente, sobre sua
importância na América Central. Interpretou-a como um cavalo de Troia do
marxismo que ele se sentia na obrigação de denunciar, pois tinha experiência
dele em sua pátria. Acolheu a ideia errônea de que o perigo da América Latina
seria o marxismo. Quando o perigo é e sempre foi o capitalismo selvagem e
colonialista com suas elites antipopulares e retrógradas.
O Papa viu somente a missão religiosa da Igreja e não também sua
missão social, em favor dos pobres em sua busca de justiça. Se tivesse dito:
"vamos apoiar os pobres e engajar a Igreja nas mudanças, a partir daquilo
que é nosso, do evangelho e da tradição profética”, outro teria sido o destino
político na América Latina. Ele nos fez perder uma chance histórica única.
Lamentavelmente cercou-se de eclesiásticos latino-americanos
levados a Roma, em sua grande maioria conservadores, carreiristas,
intelectualmente medíocres e de um papismo infantil e adulador. De lá
organizaram a restauração conservadora em todo o Continente. Isso se operou
mediante a transferência de bispos proféticos para dioceses distantes, a
mediocrização do episcopado com a nomeação de bispos, distanciados da vida do
povo, o fechamento de institutos de teologia e a punição de teólogos. O dedo em
riste do Papa contra o poeta e profeta Ernesto Cardenal da Nicarágua nunca será
esquecido. Ele estava humildemente de joelhos e o Papa em pé como um mestre
escola corregedor. Só faltava a vara para termos a cena completa.
Para o cristianismo da América Latina a política vaticana sob o
Pontificado de João Paulo II foi um retrocesso e na perspectiva da libertação
dos pobres um flagelo. A muito custo manteve-se viva a chama e o sonho do
Nazareno que se comprometeu com a libertação dos pobres e oprimidos chamando-os
bem-aventurados e os primeiros no Reino de Deus.
6. Traços de fundamentalismo católico
Há uma grande contradição entre as atitudes do Papa e seus
ensinamentos. Para fora, apresenta-se como um paladino do diálogo, das liberdades,
da tolerância, da paz e do ecumenismo. Pediu sucessivas vezes perdão pelos
erros e condenações do passado. Reuniu-se com líderes religiosos para juntos
rezarem pela paz mundial. Por outro lado, para dentro da Igreja atropelou
direitos de expressão, proibiu o diálogo, puniu com mão pesada e produziu uma
teologia com tons fortemente fundamentalistas.
Os últimos documentos oficiais sustentam que a única religião
verdadeira é a católica. Em nome disso ressuscitou a ideia medieval de que fora
da Igreja há risco de não haver salvação. As demais Igrejas não são
propriamente igrejas mas comunidades que têm apenas elementos eclesiais.
Arroga-se o direito de definir para as mulheres qual é a sua natureza e sua
missão no mundo. Proclamou como vontade divina irreformável a incapacidade das
mulheres para o sacerdócio.
Comentava, entristecido, um diplomata brasileiro, profundamente
cristão: "Só uma Igreja envelhecida, amargurada e crepuscular pode
produzir ideais tão melancólicos e de irremediável decadência espiritual”.
7. Apesar de tudo, um santo
O projeto político-eclesial esposado pelo Papa não resolveu os
problemas que havia se proposto face à Reforma, à modernidade à questão dos
pobres. Antes os agravou e retardou um verdadeiro acerto de contas. A identidade
católica foi tão reforçada que deixou a impressão de que o importante mesmo é
ser piedoso, obediente aos Pastores, observante das doutrinas e normas
eclesiásticas e totalmente integrado na galáxia eclesial e menos tornar-se um
ser humano sensível, solidário, comprometido com a justiça dos pobres,
compassivo e cuidador da natureza. Incentivou os cristãos a permanecerem
seguros no porto ao invés de convocá-los a lançar-se ao mar alto e, corajosos,
enfrentarem as ondas perigosas e a vencê-las.
As limitações de seu estilo de governar a Igreja não impediram que
João Paulo II realizasse a santidade pessoal em grau eminente. E a realizou no
quadro de uma religião "à antiga” com muitas devoções a santos,
especialmente a Nossa Senhora, a relíquias e a lugares de peregrinação. Ele foi
um homem de profunda oração. Ao rezar por vezes se transfigurava e empalidecia,
por outras, gemia e vertia lágrimas. Já foi surpreendido em sua capela
particular estendido no chão em forma de cruz, como em êxtase, à semelhança dos
"iluminados” espanhóis do século XVI.
A quem cabe a última palavra? À história e a Deus. À nós, só é
acessível a história e é ela que dirá de seu real significado para o
Cristianismo e para o mundo nesta fase de mudança de paradigmas e de passagem
de milênio.
_______
* Leonardo Boff, pseudônimo de Genézio Darci Boff (Concórdia, 14 de dezembro de
1938), é um teólogo brasileiro, escritor e professor universitário, expoente da Teologia da Libertação no
Brasil. Foi membro da Ordem dos Frades Menores (franciscanos). Ficou conhecido
pela sua história de defesa das causas sociais. Atualmente dedica-se sobretudo
às questões ambientais. Fonte: wikipedia
Artigo - Fonte: ADITAL
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