Temas diversos. Observar, pensar, sentir, fazer crítica construtiva e refletir sobre tudo que o mundo e a própria vida nos traz - é o meu propósito. Um pequeno espaço para uma visão subjetiva, talvez impregnada de utopia, mas, certamente, repleta de perguntas, questionamentos, dúvidas e buscas, que norteiam a vida de muitas pessoas nos dias de hoje.

As perguntas sobre a existência e a vida humana, sobre a fé, a Bíblia, a religião, a Igreja (sobretudo a Igreja Católica) e sobre a sociedade em que vivemos – me ajudam a buscar uma compreensão melhor desses assuntos, com a qual eu me identifico. Nessa busca, encontrando as melhores interpretações, análises e colocações – faço questão para compartilhá-las com os visitantes desta página.

Dedico este Blog de modo especial a todos os adolescentes e jovens cuja vida está cheia de indagações.
"Navegar em mar aberto, vivendo em graça ou não, inteiramente no poder de Deus..." (Soren Kierkegaard)

sábado, 20 de junho de 2015

Por que somos tão covardes? – Reflexão de José Antonio Pagola. Excelente!


Ele disse-lhes: “Como sois medrosos! Ainda não tendes fé?”. (Mc 4,40)

Considero os textos escritos por José Antonio Pagola bem interessantes e, principalmente, muito atuais para os católicos (e cristãos, de modo geral) nos dias de hoje. Para mim, publicar essas reflexões extraordinárias no blog Indagações-Zapytania é uma forma concreta de ajudar na sua divulgação, Entendo que as coisas boas devemos compartilhar com os outros.

Abaixo, uma reflexão bem concreta, que tem como fundo o texto bíblico Mc 4,35-41 (Jesus acalma a tempestade).
Foi publicada no site do Instituto Humanitas Unisinos (IHU).
Não deixe de ler.

WCejnog


ihu - NOTÍCIAS
Sexta, 19 de junho de 2015

Por que somos tão covardes?

A leitura que a Igreja propõe neste domingo é o Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 4, 35-41 que corresponde ao 12° Domingo do Tempo Comum, ciclo B do Ano Litúrgico. O teólogo espanhol José Antonio Pagola comenta o texto.

Eis o texto

“Por que sois tão covardes? Ainda não tendes fé?”. Estas duas perguntas que Jesus dirige aos Seus discípulos não são, para o evangelista Marcos, um episódio do passado. São as  perguntas que hão de escutar os seguidores de Jesus no meio das suas crises.  As perguntas que temos de fazer também hoje: Onde está a raiz da nossa covardia? Por que temos medo ante o futuro? É por que nos falta fé em Jesus Cristo?

O relato é breve. Tudo começa com uma ordem de Jesus: “Vamos à outra margem”. Os discípulos sabem que na outra margem do lago Tiberíades está o território pagão da Decápolis. Um país diferente e estranho. Uma cultura hostil à sua religião e crenças.

De repente levanta-se uma forte tempestade, metáfora gráfica do que ocorre no grupo de discípulos. O vento de furação, as ondas que batem contra a barca, a água que começa a invadir tudo expressam bem a situação: Que poderão os seguidores de Jesus ante a hostilidade do mundo pagão? Não só está em perigo a sua missão, mas inclusive a sobrevivência do grupo.

Despertado pelos Seus discípulos, Jesus intervém, o vento cessa e sobre o lago vem uma grande calma. O surpreendente é que os discípulos “ficam espantados”. Antes tinham medo da tempestade. Agora parecem temer a Jesus. No entanto, algo decisivo se produziu neles: recorreram a Jesus; puderam experimentar Nele uma força salvadora que não conheciam; começam a perguntar-se pela Sua identidade. Começam a intuir que com Ele tudo é possível.

O cristianismo encontra-se hoje no meio de uma “forte tempestade” e o medo começa a apoderar-se de nós. Não nos atrevemos a passar à “outra margem”.

A cultura moderna resulta-nos um país estranho e hostil. O futuro dá-nos medo. A criatividade parece proibida. Alguns acham mais seguro olhar para trás para melhor ir adiante.

Jesus pode-nos surpreender a todos. O Ressuscitado tem força para iniciar uma fase nova na história do cristianismo. Apenas se nos pede fé. Uma fé que nos liberta de tanto medo e covardia, e nos compromete a caminhar nas marcas de Jesus.


Nenhum comentário:

Postar um comentário