Temas diversos. Observar, pensar, sentir, fazer crítica construtiva e refletir sobre tudo que o mundo e a própria vida nos traz - é o meu propósito. Um pequeno espaço para uma visão subjetiva, talvez impregnada de utopia, mas, certamente, repleta de perguntas, questionamentos, dúvidas e buscas, que norteiam a vida de muitas pessoas nos dias de hoje.

As perguntas sobre a existência e a vida humana, sobre a fé, a Bíblia, a religião, a Igreja (sobretudo a Igreja Católica) e sobre a sociedade em que vivemos – me ajudam a buscar uma compreensão melhor desses assuntos, com a qual eu me identifico. Nessa busca, encontrando as melhores interpretações, análises e colocações – faço questão para compartilhá-las com os visitantes desta página.

Dedico este Blog de modo especial a todos os adolescentes e jovens cuja vida está cheia de indagações.
"Navegar em mar aberto, vivendo em graça ou não, inteiramente no poder de Deus..." (Soren Kierkegaard)

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Estejam sempre despertos. – Reflaxão de José antonio Pagola. Bem atual!



Vigiai, pois, em todo o tempo e orai, a fim de que vos torneis dignos de escapar a todos estes males que hão de acontecer, e de vos apresentar de pé diante do Filho do Homem.” (Lc 21,36)

Abaixo, uma excelente reflexão, curta mas  muito atual, que tem como pano de fundo o texto bíblico Lc 21, 25-28; 34-36 (A necessidade de vigiar). É de autoria do padre e teólogo espanhol José Antonio Pagola.
O texto foi publicado na no site do Instituto Humanitas Unisinos (IHU).
Muito atual. Vale a pena ler e refletir!

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IHU - Notícias

Sexta, 27 de novembro de 2015

Estejam sempre despertos

A leitura que a Igreja propõe neste domingo é o Evangelho de Jesus segundo Lucas 21.25-28.34-36 que corresponde ao Primeiro Domingo do Tempo Advento, ciclo C do Ano Litúrgico.
O teólogo espanhol José Antonio Pagola comenta o texto. 


Eis o texto

Os discursos apocalípticos recolhidos nos evangelhos refletem os medos e a incerteza daquelas  primeiras comunidades cristãs, frágeis e vulneráveis, que viviam no meio do vasto Império romano, entre conflitos e perseguições, com um futuro incerto, sem saber quando chegaria Jesus, o seu amado Senhor.

Também as exortações desses discursos representam, em boa parte, as exortações que faziam uns aos outros aqueles cristãos recordando a mensagem de Jesus. Essa chamada a viver despertos cuidando da oração e da confiança são um traço original e característico do seu Evangelho e da sua oração.

Por isso, as palavras que escutamos hoje, depois de muitos séculos, não estão dirigidas a outros destinatários. São chamadas que temos que escutar os que vivemos agora na Igreja de Jesus no meio das dificuldades e incertezas destes tempos.

A Igreja atual marcha por vezes como uma anciã «curvada» pelo peso dos séculos, as lutas e trabalhos do passado. «Com a cabeça baixa», consciente dos seus erros e pecados, sem poder mostrar com orgulho a glória e o poder de outros tempos.

Este é o momento de escutar a chamada que Jesus nos faz a todos.
«Levantai-vos», animai-vos uns aos outros.  «Erguei a cabeça» com confiança. Não olheis o futuro apenas a partir dos vossos cálculos e previsões. «Aproxima-se a vossa libertação». Um dia já não vivereis encurvados, oprimidos nem tentados pelo desalento. Jesus Cristo é o vosso Libertador.

Mas há formas de viver que impedem a muitos caminhar com a cabeça levantada confiando nessa libertação definitiva. Por isso, «tende cuidado de que não se entorpeça a mente». Não vos acostumeis a viver com um coração insensível e endurecido, procurando levar a vossa vida de bem-estar e prazer, de costas ao Pai do Céu e aos Seus filhos que sofrem na terra. Esse estilo de vida vos fará cada vez menos humanos.

«Estejam sempre despertos». Despertem a fé nas vossas comunidades. Estejam mais atentos ao meu Evangelho. Cuidai melhor da minha presença no meio de vós. Não sejam comunidades adormecidas. Vivam «pedindo força».

Como seguiremos os passos de Jesus se o Pai não nos sustenta?

Como poderemos «manter-nos em pé ante o Filho do Homem»?




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