Onde podemos encontrar Deus?
Buscando responder a pergunta acima, nada melhor que “parar” um pouco e refletir sobre o que mais marca a nossa vida: o sentimento do amor. Uma das “semelhanças” do ser humano com Deus é a capacidade de amar. É uma faculdade específica do ser humano. Não acredito que haja alguém neste mundo quem não sabe o que é amor ou o que é amar; o que é ser amado ou não ser amado. Mesmo sabendo que muitas pessoas neste mundo com as suas atitudes negam o amor verdadeiro, movidas pelo egoísmo e exclusivo interesse próprio – isso não nega que essas pessoas também buscam realizar os desejos que, aparentemente possam lhes trazer a felicidade. Na verdade, todo mundo vive em busca da felicidade.
Buscando responder a pergunta acima, nada melhor que “parar” um pouco e refletir sobre o que mais marca a nossa vida: o sentimento do amor. Uma das “semelhanças” do ser humano com Deus é a capacidade de amar. É uma faculdade específica do ser humano. Não acredito que haja alguém neste mundo quem não sabe o que é amor ou o que é amar; o que é ser amado ou não ser amado. Mesmo sabendo que muitas pessoas neste mundo com as suas atitudes negam o amor verdadeiro, movidas pelo egoísmo e exclusivo interesse próprio – isso não nega que essas pessoas também buscam realizar os desejos que, aparentemente possam lhes trazer a felicidade. Na verdade, todo mundo vive em busca da felicidade.
Certamente, também, ninguém duvida que o amor é uma “força invisível” na vida da humanidade, o que lhe permite auto-preservação, gerando mais vida, mais energia e dedicação, mais otimismo e felicidade. Todos almejam amar e querem ser amados, não é verdade? Esse desejo de ser feliz provavelmente fica na base da maioria das decisões que tomamos na vida.
Será que isso não tem um significado muito mais profundo do que podemos imaginar? Para muitas pessoas o fato do ser humano sempre querer alcançar a felicidade, aponta para a existência de um Amor perfeito e infinito, para o qual orientam-se todos os mais profundos desejos e ‘saudades’ do coração humano. Para muita gente este fato constitui um argumento suficientemente forte para servir de apoio e base para a sua fé em Deus.
A Bíblia diz que “Quem não ama, não conhece a Deus, porque Deus é amor” (1 Jo 4,8). Se Deus é amor, então n’Ele existe essa fonte infinita e inesgotável do amor perfeito. Aliás, Ele mesmo é essa FONTE! Quem acredita em Deus sente-se atraído e chamado para caminhar ao encontro desse Amor, apesar de constantes frustrações e fracassos nesta vida terrena. O Santo Agostinho expressou essa ansiedade do ser humano para alcançar a felicidade plena com esta frase: “Fizeste-nos, Senhor, para ti, e o nosso coração anda inquieto enquanto não descansar em ti.”
Cada um de nós deve procurar as respostas para a pergunta “Onde podemos encontrar Deus?” – no silêncio do seu coração. Para isso, além de querer, é necessário “parar”, pensar, refletir... Todos nós precisamos fazer esta busca!
WCejnog
O texto abaixo é muito útil para aprofundar essa reflexão:
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(...) Todas as reflexões sobre as esperanças e expectativas do ser humano, como também a constatação de todas as contradições existentes nele e suas potencialidades e forças, suas esperanças e ânsias – levam na direção de um fim, que chega ao infinito. Somente ali o homem sacia as suas esperanças e saudades.
Dissemos já que o nosso desejo não conhece limites e constantemente está em busca de algo “mais”. Sempre temos que ter algo mais para alcançar, esperamos por mais alguma coisa. E até mesmo quando alguém têm dificuldades para definir o que lhe ainda falta, os seus desejos ainda não são realizados. Persiste um sentimento indefinido de que lhe ainda falta algo, que pode ser chamado de felicidade – infinita e difícil para verbalizar. E não é possível alcançar essa felicidade no mundo em que vivemos. Para encontrá-la, o homem tem que sair de si mesmo, transpor todos os seus limites. E o que não tem limites – chamamos de Deus. Em todos os atos da nossa esperança, dos nossos desejos é a Ele que nós procuramos. Temos enraizado profundamente, no nosso íntimo, esse pressentimento que Ele existe e é infinito.
Também no amor o ser humano procura algo incondicional, o que seja perfeito, o que nunca decepcionará, que seja perfeito... Ao mesmo tempo ele gostaria muito que essa felicidade em que participa, nunca terminasse. Apesar disso sabe muito bem, que nenhuma pessoa consegue realizar totalmente esse desejo. Ademais, a morte pode, a qualquer hora, separar as pessoas que se amam. Sempre, então, ficará uma dose de desilusão.
Quando o homem realiza os seus sonhos e desejos sempre encontra frustrações porque nas limitações da sua vida quer encontrar o que é infinito. É por causa disso que muitas pessoas fazem outras tentativas: “mais uma vez” e “sempre de novo” – para novamente experimentar a frustração. Parece que através dessas expectativas de conseguir realizar os seus desejos, o homem necessita de sentir a fome de uma realização plena dos seus desejos.
O amor também leva o ser humano ao encontro com o infinito e, na última instância, com Deus. Neste caso a palavra “Deus” é particularmente bem empregada, porque o amor não se dirige às coisas e nem a uma força anônima do destino. O amor dirige-se sempre a uma pessoa. Somente uma pessoa – amando – pode dar a resposta. Existe alguém assim - Deus, que responde a todas as perguntas que nos inquietam, e realiza todos os nosso desejos e saudades. (...)
(KRENZER, F. Taka jest nasza wiara, Paris, Éditions Du Dialogue, 1981, p. 33-34.)*
Continua...
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*Obs.:Para embasar as minhas pequenas reflexões (simples, diretas e questionadoras) acerca de perguntas que, suponho, perturbam a todos nós, sirvo-me do livro do Ferdinand Krenzer- “Morgen wird man wieder Glauben” e, usando aqui uma edição desse livro no idioma polonês (Taka jest nasza wiara), faço uma tradução livre (para o português) apontando alguns trechos, muito bem elaborados pelo autor. É um prazer seguir o seu pensamento.
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