Para mim, como para muitas outras pessoas neste mundo, não passa pela cabeça que alguém possa negar a existência de Deus. No entanto, há pessoas que negam. Tem gente que não consegue nem entender e nem aceitar esta possibilidade, então afirma que não acredita na existência de Deus. O processo é muito mais complicado como parece, porque uma opinião e/ou atitude deste tipo nem sempre só depende da pessoa. E, às vezes, ela nem tem culpa que não consegue “chegar” a Deus, crer n’Ele. Pensemos, por exemplo, no ambiente em que alguém foi educado, nos contextos culturais, nas influências e modismos com os quais alguém pode se esbarrar na vida.
Será que podemos provar a existência de Deus? Para uns – sim. Para outros – não. Para uns basta olhar a natureza, contemplar a vida e deduzir que isso prova a existência do autor de tudo isso, a quem chamamos de Deus, Pai, Criador. Até mesmo o processo de toda a evolução (que a Ciência pode e tem obrigação de investigar) e de toda a história do universo, do mundo e da humanidade pode ter como autor o Deus Criador! Para outros, que não conseguem ver nada além da matéria e os seus efeitos – isso não prova nada: Deus não existe. A vida é temporária, efeito do “acaso” e da evolução – e só. Termina com a morte.
Não podemos provar para alguém que não quer que Deus existe, assim como ninguém pode negar as provas que bastam para comprovar esse fato para mim.
Então, é possível provar a existência de Deus?
O texto abaixo nos ajuda a pensar mais sobre essa questão.
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(1)
(...) Logo, no começo respondemos: não se pode provar no sentido que encontramos nas ciências matemáticas-naturais. As provas pertencem ao mundo das coisas, Deus, porém, não é coisa passível a manipulação. Deus é ‘TU’ pessoal. Mesmo os importantes problemas da vida humana não podem ser resolvidos como se resolve um quebra-cabeça; sempre ainda fica algum ‘se’, ‘mas’. Quanto pequeno, portanto, é o nosso conhecimento sobre Deus, adquirido através das provas de existência de Deus. No entanto, existe a ‘experiência de Deus’ do dia-a-dia do ser humano. Quando as ‘provas’ são direcionadas somente à razão, a ‘experiência’ envolve o ser humano inteiro, com todas as suas potencialidades. Não se pode nem criar e nem anular uma experiência desse tipo somente com a razão, porque atrás dela encontra-se a sabedoria da vida inteira.
Vivemos no mundo de progresso cientifico e tecnológico, e sentimo-nos orgulhosos disso. Porém, a era da técnica imprimiu a sua marca também no ser humano. O homem se tornou concreto, sóbrio, preciso. Ele, no entanto, agora também facilmente pensa que a realidade somente é o que pode ser demonstrado experimentalmente; o que não se pode medir e pesar – não é realidade.
Ora, somente com esses critérios as ciências naturais, a técnica e tecnologia não têm condições para estudar tudo. Elas abordam somente uma parte da realidade – o mundo material e experimental; a vida, porém, tem um leque muito maior. E nem precisa apontar os temas como o sentido da vida e o último destino do ser humano. Porventura, pode-se colocar dentro das fórmulas químico-físicas os valores humanos, como amor, fidelidade, sinceridade, beleza e senso de responsabilidade? O físico pode explicar o som das palavras de uma pessoa, usando aparelhos e ferramentas de laboratório, e conhecer a ‘mecânica’ das vibrações das cordas vocais, mais jamais consegue decifrar o sentido dessas mesmas palavras.
Tanto mais Deus encontra-se fora do alcance dos métodos das ciências naturais. Não se pode fazer com ele o mesmo que se faz com qualquer outro material experimental no laboratório. A sua existência não pode ser provada nem pela física, nem pelas análises químicas. No entanto, Deus não se encontra do outro lado de qualquer experiência humana, porque podemos deduzir sobre a sua existência baseando-nos em reflexão lógica. Não há necessidade de falar, por causa disso, que a ciência e a fé são coisas opostas, quando, obviamente, as duas respeitam as suas fronteiras. M. Planck, autor da teoria quântica, disse: “ (..) Aonde for e onde alcançamos com o nosso olhar, nunca encontraremos oposição entre a ciência e a religião, e sim, ao contrário, nos pontos essenciais encontramos concordância. (...) Para aquele que acredita Deus surge já no início, para o físico – no final de todas as investigações.”.
Apesar do que foi dito acima, devemos dizer que não se pode com isso ter a resposta pronta, necessária e inevitável – DEUS. Se fosse assim, certamente não existiriam ateístas. Deus não se impõe assim, que não se possa rejeitá-lo. Exatamente isso constitui “fraqueza de Deus”, que ele mesmo arriscou pela liberdade humana. Se Deus fosse totalmente compreensível para o homem, este não poderia negá-lo. Mas, mesmo apesar disso, o ser humano pode alcançar um grau elevado de conhecimento em relação a Deus. Esse conhecimento, no entanto, não se realiza sem a participação do homem. (...)
Vivemos no mundo de progresso cientifico e tecnológico, e sentimo-nos orgulhosos disso. Porém, a era da técnica imprimiu a sua marca também no ser humano. O homem se tornou concreto, sóbrio, preciso. Ele, no entanto, agora também facilmente pensa que a realidade somente é o que pode ser demonstrado experimentalmente; o que não se pode medir e pesar – não é realidade.
Ora, somente com esses critérios as ciências naturais, a técnica e tecnologia não têm condições para estudar tudo. Elas abordam somente uma parte da realidade – o mundo material e experimental; a vida, porém, tem um leque muito maior. E nem precisa apontar os temas como o sentido da vida e o último destino do ser humano. Porventura, pode-se colocar dentro das fórmulas químico-físicas os valores humanos, como amor, fidelidade, sinceridade, beleza e senso de responsabilidade? O físico pode explicar o som das palavras de uma pessoa, usando aparelhos e ferramentas de laboratório, e conhecer a ‘mecânica’ das vibrações das cordas vocais, mais jamais consegue decifrar o sentido dessas mesmas palavras.
Tanto mais Deus encontra-se fora do alcance dos métodos das ciências naturais. Não se pode fazer com ele o mesmo que se faz com qualquer outro material experimental no laboratório. A sua existência não pode ser provada nem pela física, nem pelas análises químicas. No entanto, Deus não se encontra do outro lado de qualquer experiência humana, porque podemos deduzir sobre a sua existência baseando-nos em reflexão lógica. Não há necessidade de falar, por causa disso, que a ciência e a fé são coisas opostas, quando, obviamente, as duas respeitam as suas fronteiras. M. Planck, autor da teoria quântica, disse: “ (..) Aonde for e onde alcançamos com o nosso olhar, nunca encontraremos oposição entre a ciência e a religião, e sim, ao contrário, nos pontos essenciais encontramos concordância. (...) Para aquele que acredita Deus surge já no início, para o físico – no final de todas as investigações.”.
Apesar do que foi dito acima, devemos dizer que não se pode com isso ter a resposta pronta, necessária e inevitável – DEUS. Se fosse assim, certamente não existiriam ateístas. Deus não se impõe assim, que não se possa rejeitá-lo. Exatamente isso constitui “fraqueza de Deus”, que ele mesmo arriscou pela liberdade humana. Se Deus fosse totalmente compreensível para o homem, este não poderia negá-lo. Mas, mesmo apesar disso, o ser humano pode alcançar um grau elevado de conhecimento em relação a Deus. Esse conhecimento, no entanto, não se realiza sem a participação do homem. (...)
(KRENZER, F. Taka jest nasza wiara, Paris, Éditions Du Dialogue, 1981, p.29-30)*
Continua ...
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*Obs.:Para embasar as minhas pequenas reflexões (simples, diretas e questionadoras) acerca de perguntas que, suponho, perturbam a todos nós, sirvo-me do livro do Ferdinand Krenzer- “Morgen wird man wieder Glauben” e, usando aqui uma edição desse livro no idioma polonês (Taka jest nasza wiara), faço uma tradução livre (para o português) apontando alguns trechos, muito bem elaborados pelo autor. É um prazer seguir o seu pensamento.
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