Solenidade
da Santíssima Trindade.
Uma
curta mas muito boa reflexão do padre e
teólogo espanhol José Antônio Pagola sobre
o que Jesus nos revela acerca do Mistério de Deus. Foi publicada no site do
Instituto Humanitas Unisinos (IHU).
Não
deixe de ler.
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Notícias
Sexta,
24 de maio de 2013
Mistério da bondade
A leitura que a Igreja
propõe neste domingo é o Evangelho de Jesus Cristo segundo João 16, 12-15 que
corresponde a Festa da Santíssima Trindade, ciclo C do Ano Litúrgico. O teólogo
espanhol José Antonio Pagola comenta o texto.
Eis o texto
Ao
longo dos séculos os teólogos
esforçaram-se por investigar o mistério de Deus aprofundando conceitualmente na
sua natureza e expondo as suas conclusões com diferentes linguagens. Mas, com
frequência, as nossas palavras escondem o seu mistério mais que revelam.
Jesus não fala muito de Deus. Oferece-nos
simplesmente a sua experiência.
Jesus
chama Deus como “Pai” e experimenta-o como um mistério de bondade. Vive-o como
uma Presença boa que abençoa a vida e convida os seus Filhos e Filhas a lutar
contra o que faz mal ao ser humano. Mas Ele, esse mistério último da realidade
que os crentes, chamamos “Deus”
é uma Presença próxima e amistosa que abre caminho no mundo
para construir, conosco e junto a nós uma vida mais humana.
Jesus
não separa nunca esse Pai do Seu projeto de transformar o mundo. Não pode pensar nele como
alguém encerrado no seu mistério insondável, de costas ao sofrimento dos seus
filhos e filhas. Por isso, pede aos seus seguidores que se abram ao mistério
desse Deus, acreditem na Boa Nova do seu projeto, unindo-se a Ele para
trabalhar por um mundo mais justo e ditoso para todos, e procurar sempre que a
Sua justiça, a sua verdade e a sua paz reinem cada vez mais entre os homens.
Por
outra parte, Jesus experimenta-se a si mesmo como “Filho” desse Deus, nascido para
impulsionar na terra o projeto humanizador do Pai e para
levá-lo à sua plenitude definitiva por cima inclusive da morte. Por isso,
procura em todo o momento o que quer o Pai. A Sua fidelidade a Ele o conduz a
procurar sempre o bem dos Seus filhos e filhas. A Sua paixão por Deus traduz-se
em compaixão por todos os que sofrem.
Por
isso, a existência inteira de Jesus, o Filho de Deus, consiste em curar a vida
e aliviar o sofrimento, defender
as vítimas e reclamar para elas justiça, semear gestos de bondade,
e oferecer a todos a misericórdia e o perdão gratuito de Deus: a salvação que
vem do Pai.
Por
último, Jesus atua sempre impulsionado pelo “Espírito” de Deus. É o amor do Pai
o que o envia a anunciar aos pobres a Boa Nova do Seu projeto salvador. É o
alento de Deus o que o move a curar a vida. É a sua força salvadora a que se
manifesta em toda a Sua trajetória profética.
Fonte: http://www.ihu.unisinos.br/noticias/520388-misterio-da-bondade
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