Temas diversos. Observar, pensar, sentir, fazer crítica construtiva e refletir sobre tudo que o mundo e a própria vida nos traz - é o meu propósito. Um pequeno espaço para uma visão subjetiva, talvez impregnada de utopia, mas, certamente, repleta de perguntas, questionamentos, dúvidas e buscas, que norteiam a vida de muitas pessoas nos dias de hoje.

As perguntas sobre a existência e a vida humana, sobre a fé, a Bíblia, a religião, a Igreja (sobretudo a Igreja Católica) e sobre a sociedade em que vivemos – me ajudam a buscar uma compreensão melhor desses assuntos, com a qual eu me identifico. Nessa busca, encontrando as melhores interpretações, análises e colocações – faço questão para compartilhá-las com os visitantes desta página.

Dedico este Blog de modo especial a todos os adolescentes e jovens cuja vida está cheia de indagações.
"Navegar em mar aberto, vivendo em graça ou não, inteiramente no poder de Deus..." (Soren Kierkegaard)

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Festa da Ascensão de Jesus. Reflexão interessante!



A festa da Ascensão.
Para refletirr sobre o seu significado, trago aqui, para o blog Indagações, uma reflexão muito interessante do padre e teólogo espanhol José Antônio Pagola,  publicada no site do Instituto Humanitas Unisinos (IHU).
Não deixe de ler.
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Lc 24, 46-53 

46  E disse-lhes: Assim está escrito que o Cristo padeceria e ao terceiro dia ressuscitaria dos mortos, 47 e, começando de Jerusalém, em seu nome seria pregada a todas as  nações a conversão para o perdão dos pecados.
48 Vós sois testemunhas disso. 49 Eu vos mandarei o que meu Pai prometeu. Por isso, permanecei na cidade até que sejais revestidos da força do alto.
50 Levou-os em seguida até perto de Betânia, e, levantando as mãos, os abençoou.
51 Enquanto os  abençoava,separou-se deles  e foi elevado ao céu. 52 E eles, depois de se prostrarem  diante dele,  voltaram para Jerusalém com grande alegria. 53 Permaneciam no Templo, louvando a Deus.


 

Notícias

A benção de Jesus 

A leitura que a Igreja propõe neste domingo é o Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 24, 46-53 que corresponde a Festa da Ascensão, ciclo C do Ano Litúrgico. O teólogo espanhol José Antonio Pagola comenta o texto.

Eis o texto:



Jesus só pensa em chegar a todos os povos o anúncio do perdão e da misericórdia de Deus. Que todos escutem a Sua chamada a conversarem. Ninguém tem de se sentir perdido. Ninguém há de viver sem esperança. Todos hão de saber que Deus compreende e ama os seus filhos e filhas, sem fim. Quem poderá anunciar esta Boa Nova? São os últimos momentos de Jesus com os seus. Em seguida os deixará para entrar definitivamente no mistério do Pai. Já não os poderá acompanhar pelos caminhos do mundo como o fez na Galileia. A sua presença não poderá ser substituída por ninguém.

Segundo o relato de Lucas, Jesus não pensa em sacerdotes nem bispos. Tampouco em doutores ou teólogos. Quer deixar na terra “testemunhas”. Isto é o primeiro: “vós sois testemunhas destas coisas”. Serão testemunhas de Jesus os que comunicarem a sua experiência de um Deus bom e contagiarem com o seu estilo de vida trabalhando por um mundo mais humano.

Mas Jesus conhece bem os seus discípulos. São débeis e covardes. Onde encontrarão a audácia para ser testemunhas de alguém que foi crucificado pelo representante do Império e os dirigentes do Templo? Jesus tranquiliza-os: “Eu vos enviarei o que o meu Pai prometeu”. Não lhes vai a faltar a “força do alto”. O Espírito de Deus os defenderá.

Para expressar graficamente o desejo de Jesus, o evangelista Lucas descreve a sua partida deste mundo de forma surpreendente: Jesus volta ao Pai levantando as suas mãos e abençoando os seus discípulos. É o seu último gesto. Jesus entra no mistério insondável de Deus e sobre o mundo faz descer a sua bênção.

Aos cristãos, esquece-nos que somos portadores da bênção de Jesus. A nossa primeira tarefa é ser testemunha da Bondade de Deus. Manter viva a esperança. Não nos rendermos ante o mal. Este mundo que parece um “inferno maldito” não está perdido. Deus olha com ternura e compaixão.
Também hoje é possível procurar o bem, fazer o bem, difundir o bem. É possível trabalhar por um mundo mais humano e um estilo de vida mais são. Podemos ser mais solidários e menos egoístas. Mais austeros e menos escravos do dinheiro. A mesma crise econômica pode-nos empurrar para procurar uma sociedade menos corrupta.

Na Igreja de Jesus temos esquecido que a primeira coisa a se fazer é promover uma “pastoral da bondade”. Temos de nos sentir testemunhas e profetas desse Jesus que passou a sua vida semeando gestos e palavras de bondade. Assim despertou nas pessoas da Galileia a esperança num Deus Salvador. Jesus é uma bênção e as pessoas têm que conhecê-lo.



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