“Em verdade vos digo: tudo o que ligardes na terra será
ligado no céu; e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu.” (Mt
18,18)
O que realmente Jesus quis dizer com essas palavras? ...
O
comentário bíblico de M. Asun Gutiérrez Cabriada (Cristã, leiga)
sobre o texto Mt 18, 15-20 é muito bem feito e interessante. É uma
excelente oportunidade para entender melhor a mensagem de Jesus Cristo.
Vale a
pena conferir!
WCejnog
Obs.:
Os interessados podem ler esse texto em apresentação
de PPS, acessando o site das Monjas
Beneditinas de Montserrat. www.benedictinescat.com/montserrat Trabalho
muito bonito!
Jesus dá-nos fundamento.
Apresenta-nos um Deus cotidiano que há que encontrar na
proximidade do outro.
Jesus vem transformar as nossas relações com os outros, conosco mesmos, quando deixamos que Deus irrompa na cotidianidade.
Ser como Deus é gerar e fecundar os outros;
Deus é criador de vida, é fecundador.
Quem se deixa fecundar pela humanidade de Jesus
vive uma nova criação
Deus é criador de vida, é fecundador.
Quem se deixa fecundar pela humanidade de Jesus
vive uma nova criação
Juan A. Estrada
Mateus 18,15-20
O texto faz parte do quarto discurso de Mateus,
conhecido com o nome de “discurso comunitário”.
conhecido com o nome de “discurso comunitário”.
É continuação da parábola da ovelha perdida.
Mostra a atitude fundamental que deve existir na comunidade:
Mostra a atitude fundamental que deve existir na comunidade:
uma misericórdia semelhante à do Pai.
O modelo de comunidade que nos apresenta Mateus
O modelo de comunidade que nos apresenta Mateus
é o de uma comunidade de irmãos e irmãs
na qual as muralhas de classes sociais, preconceitos, privilégios, autoritarismos hão de ser derrubados para que nasça a comunidade de iguais e participativa.
Estela Aldave
Comentário
Naquele tempo, disse
Jesus aos seus discípulos:
Se o teu irmão te
ofender,
vai ter com ele e
repreende-o a sós.
Se te escutar, terás
ganho o teu irmão.
Se não te escutar,
toma contigo
mais uma ou duas
pessoas,
para que toda a
questão fique resolvida
pela palavra de duas
ou três testemunhas.
Jesus anima-nos a nos ajudarmos
mutuamente a crescer, a sermos melhores pessoas. É um convite a refletir sobre
como são as nossas relações com os outros. O Evangelho chama-nos constantemente
a aprender e a praticar o perdão a partir do amor.
Estamos mais habituados à
linguagem e mensagens do medo e da culpa que às palavras e atitudes do amor e
da gratuidade?
O perdão adquire um novo
significado quando aprendemos a perdoar e a nos perdoarmos, e quando nos
sentimos perdoados gratuita e incondicionalmente.
Mas se ele não lhes
der ouvidos,
comunica o caso à
Igreja;
e se também não der
ouvidos à Igreja,
considera-o como um
pagão ou publicano.
Jesus fala à comunidade. Não remete para
nenhum responsável.
A autêntica comunidade de Jesus
não é formada por “bons e maus”, “perdoados e perdoadores”, “juízes e réus”, mas por irmãs e irmãos que se amam, se respeitam e se ajudam.
Em verdade vos digo:
tudo o que ligardes na
terra
será ligado no Céu;
e tudo o que
desligardes na terra
será desligado no Céu.
Jesus continua a falar no plural, as suas palavras dirigem-se sempre a toda
a comunidade.
“Atar ou desatar”. De nós depende. Jesus optou por “atar” a sua vida às pessoas empobrecidas, doentes, vítimas da corrupção e da injustiça,
“desatando-as” de todo o tipo de exclusão e opressão.
A sua vida é sinal de acolhimento,
libertação e perdão. Modelo e exemplo para a nossa vida.
Digo-vos ainda: se
dois de entre vós
se unirem na terra
para pedirem qualquer coisa,
ser-lhes-á concedida
por meu Pai
que está nos Céus.
Na verdade, , onde
estão dois ou três
reunidos em meu nome,
Eu estou no meio
deles.
Jesus não fala de reuniões
multitudinárias. O encontro fraterno,
sendo plenamente humano (“pôr-se de acordo”), é sinal eficaz da presença libertadora de Jesus.
Na oração e pela oração aprendemos
a viver em confiança incondicional. Convertemo-nos, uns para os outros, em prova
de presença, acolhimento, solidariedade, ternura... de Jesus.
A nossa tarefa é ajudarmo-nos
mutuamente a sermos pessoas mais humanas, mais livres e mais felizes,
caminhando juntos para a fraternidade universal.
CREIO...
Creio nas pessoas que constroem
uma terra livre, fraterna e
solidária.
Creio numa terra nova,
onde as crianças cresçam
com a certeza de um mundo melhor.
Creio na força do amor,
no perdão e na paz.
Creio nas mãos que levantam
os que caíram à beira do caminho.
Creio no respeito e na tolerância
que acolhe a cada um como é.
Creio no esforço diário
que conserva a natureza
para as gerações presentes e futuras.
Creio em Deus, Pai/Mãe de todos,
amigo e companheiro de caminho.
Creio nas pessoas, reflexos do
amor de Deus.
Creio na bondade porque creio em
Deus.
Se não creio que a bondade é o
fundo de toda a criatura e de todo o ser humano, não creio
em Deus.
Se não creio mais na bondade que
na maldade, não creio em Deus.
Mas creio em Deus e creio na
bondade, apesar de tudo. Amém.
José Arregi
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