“ "Onde
dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou ali no meio deles"
(Mt 18, 20)
Abaixo,
uma reflexão muito boa e atual sobre o texto Mt 18, 15-20 (advertência
fraterna), do padre e teólogo espanhol José Antonio Pagola.
Penso,
que uma reflexão como esta deveria ser meditada e assimilada por todos os cristãos nos dias de hoje. Realmente
vale a pena ler e meditar!
O texto
foi publicado no site do Instituto Humanitas Unisinos (IHU).
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IHU - NOTÍCIAS
Sexta, 05 de setembro de 2014
Ele está no meio de nós
A leitura
que a Igreja propõe neste domingo é o Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 18, 15-20 que
corresponde ao 23º Domingo do Tempo Comum, ciclo A do Ano Litúrgico. O teólogo
espanhol José Antonio Pagola
comenta o texto.
Eis
o texto.
Apesar de
as palavras de Jesus recolhidas por Mateus serem de grande importância para a
vida das comunidades cristãs, poucas vezes atraem a atenção de comentaristas e pregadores.
Esta é a promessa de Jesus: "Onde
dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou ali no meio deles". Jesus não está pensando em celebrações
massivas como as que acontecem na Praça de São Pedro em Roma. Apesar de serem
dois ou três, ali está ele no meio deles. Não é necessário que a hierarquia
esteja presente, não é preciso que estejam reunidas muitas pessoas.
O
importante é que “estejam reunidos”, não dispersos, nem confrontados: que não vivam se desqualificando uns aos outros. O decisivo é que se reúnam "em
seu nome": que escutem sua chamada, que vivam identificados com seu
projeto do reino de Deus. Que Jesus seja o centro de seu pequeno grupo.
Esta
presença viva e real de Jesus é que deve animar, guiar e apoiar as pequenas
comunidades de seus seguidores. É Jesus quem deve alentar sua oração, suas
celebrações, projetos e atividades. Esta presença é o "segredo" de
toda comunidade cristã viva.
Os
cristãos não podem se reunir hoje em pequenos grupos e comunidade de qualquer
forma: por
costume, por inércia ou para cumprir algumas obrigações religiosas. Podem ser muitos ou talvez poucos. Mas
o importante é que se reúnam em seu nome, atraídos por sua pessoa e por seu
projeto de fazer um mundo mais humano.
Devemos
reavivar a consciência de que somos comunidades de Jesus. Nós nos reunimos para escutar seu Evangelho, para
manter viva sua lembrança, para contagiar-nos do seu Espírito, para acolher em
nós sua alegria e sua paz, para anunciar sua Boa Nova.
O futuro
da fé cristã vai depender em grande parte do que os cristãos façam nas suas
comunidades concretas nas próximas décadas. Não
basta o que possa fazer o Papa Francisco no Vaticano. Nem podemos também colocar nossa
esperança num pequeno grupo de sacerdotes que possam ser ordenados nos próximos
anos. Nossa única esperança é Jesus Cristo.
Os cristãos devem centrar suas comunidades cristãs na pessoa de Jesus
como a única força capaz de regenerar sua fé gasta e rotineira. Ele é o único
capaz de atrair os homens e mulheres de hoje. É o único capaz de engendrar uma
nova fé nestes tempos de incredulidade. A
renovação da Igreja é urgente. Os decretos de reformas são necessários. Mas
nada é tão decisivo como voltar com radicalidade a Jesus Cristo.
Fonte: IHU - Notícias
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