Temas diversos. Observar, pensar, sentir, fazer crítica construtiva e refletir sobre tudo que o mundo e a própria vida nos traz - é o meu propósito. Um pequeno espaço para uma visão subjetiva, talvez impregnada de utopia, mas, certamente, repleta de perguntas, questionamentos, dúvidas e buscas, que norteiam a vida de muitas pessoas nos dias de hoje.

As perguntas sobre a existência e a vida humana, sobre a fé, a Bíblia, a religião, a Igreja (sobretudo a Igreja Católica) e sobre a sociedade em que vivemos – me ajudam a buscar uma compreensão melhor desses assuntos, com a qual eu me identifico. Nessa busca, encontrando as melhores interpretações, análises e colocações – faço questão para compartilhá-las com os visitantes desta página.

Dedico este Blog de modo especial a todos os adolescentes e jovens cuja vida está cheia de indagações.
"Navegar em mar aberto, vivendo em graça ou não, inteiramente no poder de Deus..." (Soren Kierkegaard)

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Duas atitudes. – Reflexão de José Antonio Pagola. Muito atual!



“E disse-lhes: “Se alguém quer ser o primeiro, seja o último de todos e o servo de todos”. E tomando um menino, colocou-o no meio deles; abraçou-o e disse-lhes: “Todo o que recebe um destes meninos em meu nome, a mim é que recebe; e todo o que recebe a mim, não me recebe, mas aquele que me enviou”.  " (Mc 9, 35-37)


Abaixo, uma bonita reflexão, muito concreta e atual, que tem como pano de fundo o texto bíblico Mc 9, 30-37 (Os discípulos discutem quem deles é o maior).
É de autoria do padre e teólogo espanhol José Antonio Pagola.
O texto foi publicado na no site do Instituto Humanitas Unisinos (IHU).
Não deixe de  ler!

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IHU - Notícias 
Sexta, 18 de setembro de 2015

Duas atitudes muito de Jesus
                                                                      

A leitura que a Igreja propõe neste domingo é o Evangelho de Jesus segundo Marcos 9,30-37 que corresponde ao 25° Domingo do Tempo Comum, ciclo B do Ano Litúrgico. O teólogo espanhol José Antonio Pagola comenta o texto.

Eis o texto

O grupo de Jesus atravessa a Galileia a caminho de Jerusalém. Fazem-no de forma reservada, sem que ninguém se inteire. Jesus quer dedicar-se inteiramente a instruir os seus discípulos. É muito importante o que quer gravar nos seus corações: o seu caminho não é um caminho de glória, êxito e poder. É o contrário: conduz à crucifixão e à rejeição, apesar de que terminará em ressurreição.

Aos discípulos não lhes entra na cabeça o que lhes diz Jesus. Dá-lhes medo até perguntar-Lhe. Não querem pensar na crucifixão. Não entra nos seus planos nem expectativas. Enquanto Jesus lhes fala de entrega e da cruz, eles falam das suas ambições: Quem será o mais importante do grupo? Quem ocupará o posto mais elevado? Quem receberá mais honras?

Jesus «senta-se». Quer ensinar-lhes algo que nunca hão de se esquecer. Chama os Doze, os que estão mais estreitamente associados à sua missão e convida-os a que se aproximem, pois os vê muito distanciados Dele. Para seguir seus passos e parecer-se a Ele têm de aprender duas atitudes fundamentais.

Primeira atitude: «Quem queira ser o primeiro, que seja o último de todos e servidor de todos». O discípulo de Jesus tem de renunciar às ambições, cargos, honras e vaidades. No seu grupo ninguém está acima dos outros. Pelo contrário, há de ocupar o último lugar, colocar-se ao nível de quem não tem poder nem ostenta categoria alguma. E, desde aí, ser como Jesus: «servidor de todos».

A segunda atitude é tão importante que Jesus a ilustra com um gesto simbólico profundo. Coloca uma criança no meio dos Doze, no centro do grupo, para que aqueles homens ambiciosos se esqueçam de honras e grandezas, e ponham os seus olhos nos pequenos, os débeis, os mais necessitados de defesa e cuidado. Logo, a abraça e lhes diz: «O que acolhe a uma criança como esta em Meu nome, acolhe-me a Mim». Quem acolhe um «pequeno» está acolhendo o «maior», a Jesus. E quem acolhe a Jesus está acolhendo o Pai que O enviou.

Uma Igreja que acolhe os pequenos e indefesos está ensinando a acolher a Deus. Uma Igreja que olha para os grandes e se associa com os poderosos da terra está pervertendo a Boa Nova de Deus anunciada por Jesus.



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