“Então perguntou-lhes Jesus: E vós, quem dizeis que eu sou?” (Mc 8, 29)
As
reflexões e comentários escritos por José Antonio Pagola são bem interessantes
e, principalmente, muito atuais para os cristãos nos dias de hoje. Para contribuir
na sua divulgação, publico esses textos também aqui, no blog
Indagações-Zapytania.
Abaixo,
uma reflexão bem concreta, que tem como fundo o texto bíblico Mc 8, 27-35. Foi publicada no site
do Instituto Humanitas Unisinos (IHU).
Não
deixe de ler.
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IHU – Notícias
Sexta, 11 de setembro de
2015.
Reconhecer
Jesus o Cristo
A leitura que a Igreja
propõe neste domingo é o Evangelho de Jesus segundo Marcos 8,27-35 que corresponde ao
24° Domingo do Tempo Comum, ciclo B do Ano Litúrgico. O teólogo espanhol José Antonio Pagola comenta
o texto.
Eis o texto
|
O episódio ocupa um lugar central e decisivo no relato de Marcos. Os
discípulos levam já algum tempo convivendo com Jesus. Chegou o momento em que
se tem de pronunciar com clareza. A quem estão seguindo? Que é que descobrem em
Jesus? Que captam nas suas vidas, a Sua mensagem e o Seu projeto?
Desde que se uniram a Ele, vivem interrogando-se sobre a Sua identidade. O
que mais os surpreende é a autoridade com que Lhes fala, a força com que cura
os doentes e o amor com que oferece o perdão de Deus aos pecadores. Quem é este
homem em quem sentem tão presente e tão próximo a Deus como Amigo da vida e do
perdão?
Entre as pessoas que não
conviveram com Ele corre variados rumores, mas a Jesus interessa-lhe a posição
dos Seus discípulos: «E vós, quem
dizeis que Eu sou?». Não basta que entre eles haja opiniões diferentes
mais ou menos acertadas. É fundamental que os que se comprometeram com a Sua
causa, reconheçam o mistério que se encerra Nele. Se não é assim, quem manterá
viva a Sua mensagem? Que será do Seu projeto de reino de Deus? Em que terminará
aquele grupo que está tratando de pôr em marcha?
Mas a questão é vital
também para os Seus discípulos. Afeta-os radicalmente. Não é possível seguir Jesus de forma
inconsciente e ligeira. Têm que conhecer cada vez com mais profundidade.
Pedro, recolhendo as experiências que viveram junto a Ele até esse momento,
responde-Lhe em nome de todos: «Tu és o Messias».
A confissão de Pedro é, todavia, limitada. Os discípulos não
conhecem ainda a crucificação de Jesus pelas mãos dos Seus adversários. Não
podem nem suspeitar que seja ressuscitado pelo Pai como Filho amado. Não
conhecem experiências que lhes permitam captar tudo o que se encerra em Jesus.
Só seguindo de perto, o irão descobrindo com fé crescente.
Para os cristãos é vital
reconhecer e confessar cada vez com mais profundidade o mistério de Jesus o
Cristo. Se se ignora a Cristo, a
Igreja vive ignorando-se a si mesma. Se não O conhece, não pode
conhecer o mais essencial e decisivo da Sua tarefa e missão. Mas, para conhecer
e confessar a Jesus Cristo, não basta encher a nossa boca com títulos
cristianológicos admiráveis. É necessário segui-lo de perto e colaborar com Ele
dia a dia. Esta é a principal tarefa que temos de promover nos grupos e
comunidades cristãs.
Fonte: IHU - Notícias
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