Episódio narrado no Evangelho segundo Lucas:
Jesus, utilizando um barco
estacionado perto da praia, ensina às multidões. Em seguida, pondo à prova a confiança do Simão e seus companheiros
pescadores, convida-os a lançarem rede em alto mar. Atenderam ao seu pedido
apesar de terem motivos de sobra para não acreditar no sucesso: ainda pouco
voltaram de uma investida frustrada – durante a noite toda não apanharam nada!
A pesca milagrosa deixou todos eles
surpresos e cheios de medo. O Simão mostra-se sincero, e confessa: “Senhor, afasta-te de mim, que sou um homem pecador”. Jesus, então, chama esses pescadores para trabalharem para ele – para o seu Reino.
E eles não tem mais dúvidas: deixam tudo e seguem Jesus.
O comentário abaixo, de
M. Asun Gutiérrez Cabriada, é uma maravilhosa reflexão sobre
o episódio descrito acima.
Não
deixe de ler.
WCejnog
[Os interessados pedem ler esse texto em
apresentação de PPS, acessando o site das Monjas Beneditinas de
Montesserrat: http://www.benedictinescat.com/montserrat/imatges/Dom5C13port.pps Trabalho
muito bonito!]
A nós, que não somos pescadores, Jesus poderia dizer:
“Farei de vós cristianizadores de homens (e mulheres).
Quero que vades e anuncieis às pessoas
que foram criadas para ser felizes,
e que essa felicidade a vão encontrar se conformarem as
suas vidas aos valores do Evangelho.
Quero que vades e anuncieis às pessoas
que foram criadas para ser felizes,
e que essa felicidade a vão encontrar se conformarem as
suas vidas aos valores do Evangelho.
Ou seja, se compreenderem o que é que lhes dá sentido,
o verdadeiramente importante,
qual é o modo de comportamento que proporciona alegria,
o que intuímos que acontecerá quando chegar
o momento de dar o último suspiro de felicidade.
o verdadeiramente importante,
qual é o modo de comportamento que proporciona alegria,
o que intuímos que acontecerá quando chegar
o momento de dar o último suspiro de felicidade.
José Luis Cortés
Naquele tempo, estava a multidão
aglomerada em volta de Jesus, para ouvir a palavra de Deus. Ele encontrava-se
na margem do lago de Genesaré e viu dois barcos estacionados no lago. Os
pescadores tinham deixado os barcos e estavam a lavar as redes. Jesus subiu
para um barco, que era de Simão, e pediu-lhe que se afastasse um pouco da
terra. Depois sentou-se
e do barco pôs-se a ensinar a
multidão.
E,
quando acabou de falar, disse a Simão: Faze-te ao mar alto, e lançai as vossas
redes para pescar.
E, respondendo Simão, disse-lhe: Mestre, havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos; mas, sobre a tua palavra, lançarei a rede.
Eles assim fizeram e apanharam tão grande quantidade de peixes que as redes começavam a romper-se. Fizeram sinal aos companheiros que estavam no outro barco, para os virem ajudar; eles vieram e encheram ambos os barcos, de tal modo que quase se afundavam.
E, respondendo Simão, disse-lhe: Mestre, havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos; mas, sobre a tua palavra, lançarei a rede.
Eles assim fizeram e apanharam tão grande quantidade de peixes que as redes começavam a romper-se. Fizeram sinal aos companheiros que estavam no outro barco, para os virem ajudar; eles vieram e encheram ambos os barcos, de tal modo que quase se afundavam.
Ao ver o sucedido, Simão Pedro
lançou-se aos pés de Jesus e disse-lhe:
«Senhor, afasta-te de mim, que sou
um homem pecador».
Na verdade, o temor tinha-se
apoderado dele e de todos os seus companheiros, por causa da pesca realizada.
Isto mesmo sucedeu a Tiago e a João, filhos de Zebedeu, que eram companheiros
de Simão.
Jesus disse a Simão: «Não temas.
Daqui em diante serás pescador de homens».
Tendo conduzido os barcos para
terra, eles deixaram tudo e seguiram Jesus.
Comentário
Naquele tempo, estava a
multidão aglomerada em volta de Jesus, para ouvir
a palavra de Deus. Ele
encontrava-se na margem do lago de Genesaré
e viu dois barcos
estacionados no lago. Os pescadores tinham deixado
os barcos e estavam a lavar as redes. Jesus
subiu para um barco,
que era de Simão, e pediu-lhe que se afastasse um pouco da
terra.
Depois sentou-se e do barco pôs-se a
ensinar a multidão.
Jesus ensina a partir do lugar de trabalho quotidiano de
uns pescadores. A barca é o seu púlpito. A palavra de Jesus congrega, chama a atenção
e atrai.
Quando acabou de falar,
disse a Simão:
Faze-te ao mar alto, e lançai as vossas redes para pescar.
Respondeu-lhe Simão:
Respondeu-lhe Simão:
Mestre, havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos;
mas, sobre a tua palavra, lançarei a rede.
Saía-se para a faina durante a
noite e Jesus pede-lhes que lancem as redes de manhãzinha. Os pescadores confiam, mesmo sendo-lhes
pedido algo contra toda a lógica. Seguindo as indicações de Jesus, uma noite de
trabalho infrutuoso e de redes vazias converte-se num amanhecer de redes a
transbordar.
Na quotidianidade da nossa vida,
se escutarmos Jesus: “rema mar adentro e lança as redes”, iremos tornando possível que o projeto de
Jesus seja conhecido e, sobretudo, desfrutado, por todas as pessoas que
encontremos no caminho. E também, como fez Jesus, descobriremos, atenderemos e
denunciaremos a situação dos que se vêem obrigados a ficar na “praia” da
dignidade, da justiça..., pelas injustas diretrizes que os poderosos da
sociedade impõem.
Eles assim fizeram e
apanharam tão grande
quantidade de peixes que
as redes começavam a romper-se.
Fizeram sinal aos
companheiros que estavam no outro barco,
para os virem ajudar;
eles vieram e encheram ambos
os barcos, de tal modo que quase se afundavam.
Sem Jesus, é a esterilidade. Com
Ele, a fecundidade surpreendente. "Sem mim, não podeis fazer nada".
Jesus é quem chama e dá tarefas, o que sustém e dá a força para levar avante a
tarefa.
Necessitamos também da ajuda dos outros, viver com generosidade partilhada, ajudando e deixando-nos ajudar.
Necessitamos também da ajuda dos outros, viver com generosidade partilhada, ajudando e deixando-nos ajudar.
Ao ver o sucedido, Simão
Pedro lançou-se aos pés de Jesus e disse-lhe:
Senhor, afasta-te de
mim, que sou um homem pecador.
Na verdade, o temor
tinha-se apoderado dele e
de todos os seus companheiros, por causa da
pesca realizada.
Isto mesmo sucedeu a Tiago e a João, filhos de
Zebedeu,
que eram companheiros de
Simão.
Conhecer Jesus e a sua Boa Notícia conduz ao seguimento:
– remar - ao compromisso;
– ir mar adentro
-, à confiança;
– lançar as redes -, à necessidade dos outros - pescadores de
outra barca.
O encontro com Jesus, fiar-nos na sua palavra, ajuda-nos a rever a nossa vida, a aprofundar o que somos e o que fazemos.
Crer n’Ele é saber que somos aceitos, acolhidos, queridos sempre e incondicionalmente, mesmo que, às vezes, não confiemos em Jesus sentindo-nos não aceitos.
O encontro com Jesus, fiar-nos na sua palavra, ajuda-nos a rever a nossa vida, a aprofundar o que somos e o que fazemos.
Crer n’Ele é saber que somos aceitos, acolhidos, queridos sempre e incondicionalmente, mesmo que, às vezes, não confiemos em Jesus sentindo-nos não aceitos.
Jesus disse a Simão: Não
temas. Daqui em diante serás pescador de homens.
A Palavra de Jesus é sempre um bálsamo.
A Palavra de Jesus consola e sossega, elimina toda a espécie de medos e de culpas.
Diz-me: não tenhas medo, não temas, és uma pessoa nova.
Não temas, és meu amigo, meu colaborador, minha colaboradora.
Não temas, estou sempre contigo, para te ajudar a libertar e tornar mais fácil e mais feliz a tua vida e a vida dos outros.
A Palavra de Jesus consola e sossega, elimina toda a espécie de medos e de culpas.
Diz-me: não tenhas medo, não temas, és uma pessoa nova.
Não temas, és meu amigo, meu colaborador, minha colaboradora.
Não temas, estou sempre contigo, para te ajudar a libertar e tornar mais fácil e mais feliz a tua vida e a vida dos outros.
Tendo conduzido os
barcos para terra, eles deixaram tudo e seguiram Jesus.
Começou o Reino, começou a hora
dos que crêem e confiam em Jesus. É um convite a anunciar o Reino, curar, levar
o perdão, a libertação, a alegria e a paz, a partir da vida de cada dia.
Anunciar o Reino, deixar tudo, não
é um conselho evangélico para um grupo reduzido ou para um determinado estado
de vida, é missão e condição indispensável para todos os seguidores e todas as
seguidoras de Jesus.
Esse
“deixar tudo”, o egoísmo, a falta de solidariedade, a rotina..., todo o
supérfluo e não necessário, tudo o que
nos impeça crescer e ser livres, vamo-lo realizando dia a dia, na medida em que
vamos integrando os valores do Reino na nossa vida quotidiana.Dou-Te graças, Senhor de todo o coração (Salmo 137)
Com toda a minha alma, graças, Pai.
Por teu carinho envolvente, graças,
por tua presença e palavra, graças,
por teu respeito e paciência, graças.
Que todo o meu coração Te dê graças
e que chegue a ser isso, ação de graças.
Estendes o teu braço e me salvas.
Abres a tua mão e chovem os dons.
Sinto o toque acariciante dos teus dedos
e todo o meu ser estremece.
Cada dia me chega o beijo da brisa que é teu,
o presente do teu pão que eu partilho,
a alegria da flor que é tua beleza.
Senhor, a tua misericórdia é eterna, infinita,
não abandonas a obra mais pequena das tuas mãos.
Por teu carinho envolvente, graças,
por tua presença e palavra, graças,
por teu respeito e paciência, graças.
Que todo o meu coração Te dê graças
e que chegue a ser isso, ação de graças.
Estendes o teu braço e me salvas.
Abres a tua mão e chovem os dons.
Sinto o toque acariciante dos teus dedos
e todo o meu ser estremece.
Cada dia me chega o beijo da brisa que é teu,
o presente do teu pão que eu partilho,
a alegria da flor que é tua beleza.
Senhor, a tua misericórdia é eterna, infinita,
não abandonas a obra mais pequena das tuas mãos.
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