Jesus volta a Nazaré. Na sinagoga,
entregam-lhe o livro do profeta Isaías
para ele fazer a leitura. Os olhos de todos os presentes estavam fixos nele.
Jesus, então, escolhendo um texto, lê para todos ouvirem e entenderem. “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque
Ele me ungiu para anunciar a boa nova aos pobres, ... a libertação aos cativos,
... dar vista aos cegos, ... a liberdade aos oprimidos, ... proclamar o
ano da graça do Senhor!(...)” Em
seguida, anuncia a todos a Boa notícia: “Cumpriu-se hoje mesmo esta passagem da Escritura que acabais de
ouvir!” (Lc 1, 1-4; 4, 14-21).
Para quem estiver interessado em
fazer uma sincera reflexão sobre o episódio descrito acima e interiorizar a importante mensagem que ele contêm, trago para o blog
Indagações o comentário de M. Asun Gutiérrez
Cabriada.
Não
deixe de ler.
WCejnog
[Os interessados pedem
ler esse texto em apresentação de PPS, acessando o site das Monjas Beneditinas
de Montesserrat: http://www.benedictinescat.com/montserrat/imatges/Dom4C13port.pps Trabalho
muito bonito!]
A fé cristã é seguimento de Jesus.
Crer não consiste tanto em
“pensar corretamente acerca de Jesus”,
mas em seguir o seu caminho, em ser discípulo,
Crer não consiste tanto em
“pensar corretamente acerca de Jesus”,
mas em seguir o seu caminho, em ser discípulo,
em viver como Ele viveu.
Não há mais saber real que o da fé feita seguimento.
Voltamos à história de Jesus
porque Ele continua a transformar
a nossa história.
E porque Ele nos continua a chamar
a transformá-la com Ele e como Ele.
Não há mais saber real que o da fé feita seguimento.
Voltamos à história de Jesus
porque Ele continua a transformar
a nossa história.
E porque Ele nos continua a chamar
a transformá-la com Ele e como Ele.
José Arregi
Evangelho Lucas 4, 21-30
Naquele tempo, Jesus começou a falar
na sinagoga de Nazaré, dizendo:
- Cumpriu-se
hoje mesmo esta passagem da Escritura que acabais de ouvir.
Todos davam testemunho em seu favor
e se admiravam das palavras cheias de graça
que saíam da sua boca.
E perguntavam:
«Não é este o filho de José?».
Jesus disse-lhes:
«Por certo me citareis o ditado:
‘Médico, cura-te a ti mesmo’.
Faz também aqui na tua terra o que
ouvimos dizer que fizeste em Cafarnaum».
E acrescentou:
– Nenhum
profeta é bem recebido na sua terra. Em verdade vos digo que havia em Israel muitas viúvas no tempo do
profeta Elias, quando o céu se fechou durante três anos e seis meses e houve
uma grande fome em toda a terra; contudo, Elias não foi enviado a nenhuma
delas, mas a uma viúva de Sarepta, na região da Sidónia. Havia em Israel muitos
leprosos no tempo do profeta Eliseu; contudo, nenhum deles foi curado, mas
apenas o sírio Naamã».
Ao ouvirem estas palavras, todos ficaram furiosos na sinagoga.
Levantaram-se, expulsaram Jesus da cidade e levaram-n’O até ao cimo da colina
sobre a qual a cidade estava edificada, a fim de O precipitarem dali abaixo.
Mas Jesus, passando pelo meio deles, seguiu o seu caminho.
Naquele tempo, Jesus
começou a falar na sinagoga de Nazaré, dizendo:
- Cumpriu-se hoje mesmo esta passagem da Escritura que acabais de ouvir
- Cumpriu-se hoje mesmo esta passagem da Escritura que acabais de ouvir
Jesus continua a anunciar que vai realizar a missão de
todos os profetas: anunciar a Boa Notícia da libertação às pessoas oprimidas de
todos os povos.
A Boa Notícia de Jesus é falar-nos de um Deus que vem ao
nosso encontro para nos aligeirar de cargas e a nos libertar de jugos. Um Deus
sanador de feridas, cujos rasgos são o amor compassivo e incondicional, o
perdão e a gratuidade.
A missão de Jesus, e a nossa, é sanar, libertar, dar boas notícias...
Jesus continua a ser HOJE boa notícia, cumprimento de
todas as aspirações do ser humano.
Todos davam testemunho
em seu favor
e se admiravam das
palavras cheias de graça
que saíam da sua boca.
E perguntavam: «Não é este o filho de José?».
Jesus disse-lhes:
«Por certo Me citareis o
ditado: ‘Médico, cura-te a ti mesmo’.
Faz também aqui na tua
terra
o que ouvimos dizer que
fizeste em Cafarnaum».
Vê-se que as
pessoas que julgam conhecer “de sempre”
a Jesus, não O conhecem em absoluto. É a atitude dos que julgam saber tudo.
Atitude que, além de equivocada, impede aprender e abrir-se à novidade, à
surpresa, à luz...
Trato de
conhecer mais e melhor a Jesus ou conformo-me e me limito à ideia que tenho
d’Ele?
A proximidade e
a familiaridade impedem-me de crer e valorizar as pessoas?
Sou capaz de ver mais além das aparências?
Sou capaz de ver mais além das aparências?
Como os
habitantes de Nazaré, podemos cair na tentação de tentar fazer um Deus à nossa
medida que se subordine às nossas expectativas, interesses e ambições e que
mostre a sua existência e o seu poder mediante milagres e prodígios. Jesus
renuncia a todo o poder, roupagem e vaidade pessoal. Atitude própria de toda a
pessoa que queira segui-l’O.
E acrescentou: – Nenhum profeta é bem recebido na sua terra.
Em verdade vos digo que havia em Israel muitas viúvas
no tempo do profeta
Elias, quando o céu se fechou
durante três anos e seis
meses e houve uma grande fome
em toda a terra; contudo, Elias não foi enviado a nenhuma
delas,
mas a uma viúva de
Sarepta, na região da Sidónia.
Havia em Israel muitos
leprosos no tempo do profeta Eliseu;
contudo, nenhum deles foi curado, mas apenas o sírio Naamã».
A mensagem de Jesus, de vida,
amor, verdade, alegria, liberdade, paz, não é destinada a uma raça ou uma
nação. É universal. Rompe fronteiras. Abre
a todos o seu projeto de libertação para as pessoas empobrecidas, excluídas,
rejeitadas... E nos anima a anunciar boas notícias, acreditar nelas,
praticá-las, torná-las realidade e vida, oferecê-las...
O evangelho não é alheio a nenhuma
situação do ser humano. Em todas as situações é, tem que ser, boa notícia. De
nós depende que o seja.
Ao ouvirem estas
palavras, todos ficaram furiosos na
sinagoga.
Levantaram-se,
expulsaram Jesus da cidade e
levaram-n’O até ao cimo da colina sobre a qual
a cidade estava edificada,
levaram-n’O até ao cimo da colina sobre a qual
a cidade estava edificada,
a fim de O precipitarem dali
abaixo.
Mas Jesus, passando pelo
meio deles, seguiu o seu caminho.
Jesus fala de uma viúva de um país
pagão; de um leproso pagão também, não pertencentes ao “povo escolhido”. Os
seus ouvintes não querem perceber que o Reino, a mensagem de Jesus, chega a
partir da marginalidade. É a segunda vez
que Jesus é ameaçado de morte. A
primeira por sobrepor a vida à religião (Mc 3,6).
Quando uma pessoa se põe do lado daqueles que Jesus se pôs, quando anuncia e vive o evangelho, doa a vida, ela molesta e indigna os que se julgam em posse da verdade e com direito a julgar e condenar, a proibir falar, a “precipitar”. No tempo de Jesus e agora.
Jesus sai desse ambiente e dessas pessoas, segue outro caminho, continua a sua mensagem de vida e libertação. A sua Palavra transmite segurança, profunda humildade e gozo interior, audácia espiritual. O decisivo é ir transformando o presente de acordo com o sonho de Deus, e assim tornar presente o futuro de Deus na realidade atual e quotidiana.
A isso se dedicou Jesus.
Grita, profeta
Recebeste um destino de outra palavra mais forte.
É tua missão ser profeta, palavra do Deus vivo.
Tu irás levando a luz, numa entrega perene,
que a tua voz é voz de Deus e a voz de Deus não dorme.
que a tua voz é voz de Deus e a voz de Deus não dorme.
Vai pelo mundo, grita à gente:
que o amor de Deus não acaba nem a voz de Deus se perde.
que o amor de Deus não acaba nem a voz de Deus se perde.
Segue o teu rumo, profeta, sobre a areia quente.
Continua semeando no mundo, que o fruto se fará presente.
Não temas se a nossa voz perante a sua voz se detém,
porque fugimos da dor e a voz de Deus nos dói.
porque fugimos da dor e a voz de Deus nos dói.
Continua cantando, profeta,
cantos de vida e de morte.
cantos de vida e de morte.
Continua anunciando que o Reino de Deus está aí.
Não calarão essa voz,
e a ninguém podes temer,
que a tua voz é voz de Deus
e a voz de Deus não morre.
e a ninguém podes temer,
que a tua voz é voz de Deus
e a voz de Deus não morre.
Emilio Matéu
Nenhum comentário:
Postar um comentário