“Jesus disse-lhes
de novo: «A paz esteja convosco. Assim
como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós».” (Jo 20,21)
O
comentário bíblico de M. Asun Gutiérrez Cabriada sobre o texto Jo 20, 19-31 é muito interessante. É uma excelente
oportunidade para compreender melhor esse texto bíblico e fazer uma boa
reflexão.
WCejnog
Obs.:
Os interessados podem ler esse texto em
apresentação de PPS, acessando o site
das Monjas Beneditinas de Montserrat: www.benedictinescat.com/montserrat .
Trabalho
muito bonito!
O encontro com Jesus ressuscitado é um dom.
Os discípulos não fazem nada para o provocar.
Os relatos insistem em que é Jesus quem toma a iniciativa.
É Ele quem se lhes impõe cheio de vida, obrigando-os a sair do seu desconcerto e incredulidade.
Coloca-se repetidamente em seus lábios uma saudação significativa:
“A paz esteja convosco”.
O ressuscitado oferece-lhes a paz e a bênção de Deus.
Jesus continua a ser Ele mesmo.
Essa era a paz que infundia quando caminhava pela Galileia.
Este é também agora o grande presente que Deus oferece a todos os seus filhos e filhas por meio de Cristo morto e ressuscitado: o perdão, a paz e a ressurreição.
Os discípulos não fazem nada para o provocar.
Os relatos insistem em que é Jesus quem toma a iniciativa.
É Ele quem se lhes impõe cheio de vida, obrigando-os a sair do seu desconcerto e incredulidade.
Coloca-se repetidamente em seus lábios uma saudação significativa:
“A paz esteja convosco”.
O ressuscitado oferece-lhes a paz e a bênção de Deus.
Jesus continua a ser Ele mesmo.
Essa era a paz que infundia quando caminhava pela Galileia.
Este é também agora o grande presente que Deus oferece a todos os seus filhos e filhas por meio de Cristo morto e ressuscitado: o perdão, a paz e a ressurreição.
José Antonio Pagola. “Jesus: uma abordagem
histórica”.
Comentário
Na tarde daquele dia,
o primeiro da semana,
estando fechadas as
portas da casa
onde os discípulos se
encontravam,
com medo dos judeus,
Viver na escuridão, com as portas
fechadas, com medo, na defesa é continuar no antigo, não ter
experimentado Jesus ressuscitado.
Jesus abre as portas que o medo, o formalismo, a inércia, a cobardia fecharam...
Jesus abre as portas que o medo, o formalismo, a inércia, a cobardia fecharam...
A vida, morte e ressurreição de
Jesus imuniza contra todo o sentimento de amargura, tristeza, falta de
solidariedade, prepotência, resignação...
veio Jesus, colocou-se
no meio deles
e disse-lhes:
-«A paz esteja convosco».
e disse-lhes:
-«A paz esteja convosco».
Jesus não contempla a existência
humana como um espectador, sobrevoando desde cima. Ele está no meio, no centro da nossa vida, no
centro das nossas dores e alegrias, dos nossos anseios, inquietações e
esperanças. Cura, salva, partilha, liberta... A partir de dentro, dando sentido
a tudo.
Jesus convida-nos a desejar e
comunicar paz, oferecer luz, confiança, esperança de um futuro sempre novo.
Como Ele faz.
Dito isto,
mostrou-lhes as mãos e o lado.
Os discípulos ficaram cheios de alegria
Os discípulos ficaram cheios de alegria
ao verem o
Senhor.
Jesus disse-lhes de
novo:
«A paz esteja convosco.
Assim como o Pai Me enviou,
«A paz esteja convosco.
Assim como o Pai Me enviou,
também Eu vos envio a
vós».
Jesus é a nossa alegria e a nossa
paz. A harmonia conosco mesmos e com os outros, com a natureza e com Deus.
Todos somos enviados a fazer o que
vimos Jesus fazer, a continuar e atualizar a sua vida e a sua mensagem.
O encontro com Jesus ressuscitado
transforma as pessoas, enche a vida de alegria, entusiasmo e paz autêntica.
Liberta do medo, abre novos horizontes e impulsiona a dar testemunho credível da Boa Notícia, a construir o Reino, a tornar visível a sua Presença.
Dito isto, soprou
sobre eles e disse-lhes:
«Recebei o Espírito Santo;
«Recebei o Espírito Santo;
O Espírito é o grande dom da
Páscoa. Jesus envia-nos o seu Espírito, o seu Alento, o seu Ânimo, a sua Vida
para que nos empapemos d’Ele, e O contagiemos e comuniquemos aos outros.
O Espírito de Jesus torna as
pessoas fortes, livres, buscadoras, lutadoras, entranháveis, compassivas,
sensíveis; construtoras duma vida melhor, mais livre, justa, plena e feliz para
todos.
“O Espírito não quer ser visto, mas ser luz em nossos olhos”. (Urs von Baltasar)
àqueles a quem
perdoardes os pecados,
ser-lhes-ão perdoados;
e àqueles a quem os retiverdes,
serão retidos.»
ser-lhes-ão perdoados;
e àqueles a quem os retiverdes,
serão retidos.»
O perdão é fruto da paz, é a
virtude da pessoa nova e ressuscitada. Quem se sente e se sabe gratuita e
incondicionalmente perdoado capacita-se para perdoar. O perdão desperta
esperança e confiança em quem perdoa e em quem é perdoado.
Perdoar faz parte da missão
confiada por Jesus a todos os seus seguidores e seguidoras: “Perdoai-vos uns
aos outros”.
Todos somos chamados a ser, de
múltiplas maneiras, sinais e fonte do perdão-companhia-acolhimento... que é
Deus.
Tomé, um dos Doze,
chamado Dídimo,
não estava com eles
quando veio Jesus.
Disseram-lhe os outros
discípulos:
«Vimos o Senhor.»
Mas ele respondeu-lhes:
- «Se não vir nas suas mãos o sinal dos cravos,
«Vimos o Senhor.»
Mas ele respondeu-lhes:
- «Se não vir nas suas mãos o sinal dos cravos,
se não meter o dedo no
lugar dos cravos
e a mão no seu lado,
não acreditarei.»
Vi o Senhor? Onde, quando, em quem
O vejo? A quem o conto? Como Tomé, teremos momentos de dúvida, nos quais
queremos certezas - ver e tocar...
Duvidar tem os seus aspectos
positivos. Pode significar que a nossa fé não se baseia só no que nos
transmitiram, mas que, além de ser dom de Deus, é também conquista nossa, que
pede o nosso "sim" contínuo e pessoal.
De Tomé podemos aprender a nos
despojarmos de falsos apoios, e a aceitar a purificação que supõem os momentos de busca e insegurança.
Sempre nos tranquilizará recordar que “a fé é a capacidade de suportar dúvidas”. (Cardenal Newman)
Oito dias depois,
estavam os discípulos outra vez
em casa e Tomé com
eles.
Veio Jesus, estando as
portas fechadas,
apresentou-se no meio
deles e disse:
«A paz esteja convosco.»
«A paz esteja convosco.»
Depois disse a Tomé:
- «Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos;
- «Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos;
aproxima a tua mão e
mete-a no meu lado;
e não sejas incrédulo, mas crente.»
Tomé respondeu-lhe:
«Meu Senhor e meu Deus!»
Tomé respondeu-lhe:
«Meu Senhor e meu Deus!»
O empenho de Jesus fá-l’O
atravessar, em duas ocasiões, as portas fechadas. Jesus aproxima-se de Tomé com
amor e simpatia. A mesma atitude que tem conosco. Acompanha a nossa busca e,
quando duvidamos, está mais próximo do que pensamos.
Do mais “incrédulo” brota uma grande confissão de fé : Meu Senhor e meu Deus”.
Que saibamos descobrir as
novas chagas de Jesus, que O reconheçamos nelas, não nos limitemos a tocá-las e
beijá-las; tratemos também de as aliviar, curar e impedir que se reproduzam.
Jesus convidas-nos a ser bálsamo para curar todas as suas chagas em tantas
pessoas feridas na alma e no corpo.
Disse-lhe Jesus:
“Porque me viste acreditaste:
felizes os que acreditam
“Porque me viste acreditaste:
felizes os que acreditam
sem terem visto”.
A dúvida de Tomé consegue o grande
dom da última bem-aventurança de Jesus para os cristãos de todos os tempos.
Oxalá que as pessoas que não "vêem" Jesus possam descobri-l’O pelo testemunho dos que se consideram seus seguidores e seguidoras.
Oxalá que as pessoas que não "vêem" Jesus possam descobri-l’O pelo testemunho dos que se consideram seus seguidores e seguidoras.
Se o testemunho fosse de união, justiça, acolhimento, alegria, abertura, solidariedade, valentia, compaixão, austeridade, serviço, entusiasmo, paz, justiça, sinceridade...
Se o testemunho fosse realmente EVANGÉLICO, seguramente não se necessitariam milagres nem aparições para crer em Jesus.
Muitos outros milagres
fez Jesus
na presença dos seus
discípulos,
que não estão escritos
neste livro.
Estes, porém, foram
escritos
para acreditardes que
Jesus é o Messias,
o Filho de Deus, e
para que, acreditando,
tenhais a vida em seu
nome.
O evangelho está escrito «para que
acrediteis» e assim «tenhais vida em seu nome». A fé provoca as atitudes
próprias de quem se sabe incondicionalmente querido, protegido e acompanhado.
A nossa fé e adesão a Jesus
traduzem-se em sinais de vida para o mundo. Seremos testemunhas da ressurreição
se tivermos “visto” Jesus ressuscitado, se nos deixármos tocar por Ele.
Experimentaremos Jesus
ressuscitado quando nos sentirmos pessoas ressuscitadas e ressuscitadoras, sem
medo, em paz, com entusiasmo e alegria, porque Jesus está no meio de nós.
Sou consciente de que a minha fé, se é autêntica, tem de se traduzir em sinal e testemunho?
Dá-nos, Senhor, aquela Paz especial
que brota em plena luta
como uma flor de fogo;
que rompe em plena noite
como um canto escondido;
que chega em plena morte
como um beijo esperado.
Dá-nos a Paz dos que andam sempre,
nus de vantagens;
vestidos por vento
de uma esperança núbil.
Aquela Paz do pobre
que já venceu o medo.
Aquela Paz do livre
que se aferra à vida.
Paz que se partilha em igualdade
como a água e a Hóstia.
que brota em plena luta
como uma flor de fogo;
que rompe em plena noite
como um canto escondido;
que chega em plena morte
como um beijo esperado.
Dá-nos a Paz dos que andam sempre,
nus de vantagens;
vestidos por vento
de uma esperança núbil.
Aquela Paz do pobre
que já venceu o medo.
Aquela Paz do livre
que se aferra à vida.
Paz que se partilha em igualdade
como a água e a Hóstia.
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