Páscoa da
Ressurreição de Jesus Cristo:
é
tempo privilegiado para sentir a paz e
alegria irradiando do túmulo vazio...
é
celebração da vitória da vida sobre a morte;
é
celebração da fé em Deus Vivo;
é
experimentar a presença de Jesus vivo no meio de nós!
A
Páscoa é também uma grande oportunidade para procurarmos entender melhor e até a redefinir as nossas
ideias sobre a nossa fé em Jesus Cristo Ressuscitado e na sua presença em nossa
vida.
Afinal,
o que a Páscoa significa para cada um de nós? Qual é a sua mensagem para nós?
Abaixo, uma reflexão maravilhosa e muito atual
sobre a ressurreição de Cristo, do padre
e teólogo espanhol José Antônio Pagola.
Foi publicada no site do Instituto Humanitas
Unisinos (IHU).
Não deixe de ler.
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IHU – Notícias
Sexta, 18 de abril de 2014.
Voltar à
Galileia
A leitura que a Igreja propõe é o Evangelho de Jesus Cristo
segundo Mateus 28,1-10 que corresponde a Vigília Pascal, Ciclo A do Ano
Litúrgico. O teólogo espanhol José
Antonio Pagola comenta
o texto.
Eis o texto
Os evangelhos recolheram a recordação de três mulheres admiráveis que, no amanhecer do sábado, se
aproximaram do sepulcro onde foi enterrado Jesus. Não o podem esquecer.
Continuam a amá-lo mais do que ninguém. Enquanto isso, os homens fugiram e
permanecem talvez escondidos.
A mensagem que escutam ao chegar é de uma importância excepcional. O evangelho mais antigo diz assim: “Procurais Jesus de Nazaré, o crucificado? Não está aqui. Ressuscitou”. É um erro procurar Jesus no mundo da morte. Está vivo para sempre. Nunca o poderemos encontrar onde a vida está morta.
Não o devemos esquecer. Se queremos encontrar Cristo
ressuscitado, cheio de vida e força criadora, não
o temos de procurar numa religião morta, reduzida ao cumprimento externo de
preceitos e ritos rotineiros, ou numa fé apagada, que se sustém
em tópicos e fórmulas gastas, vazias de amor vivo a Jesus.
Então, onde o podemos encontrar? As mulheres recebem este
encargo: “Agora ide dizer aos Seus discípulos e a Pedro: Ele vai à vossa frente
na Galileia. Ali o vereis”. Por
que se tem de voltar à Galileia para ver o Ressuscitado? Que
sentido profundo se encerra neste convite? Que se está a dizer aos cristãos de
hoje?
Na Galileia escutou-se, pela primeira vez e em toda a sua pureza,
a Boa Nova de Deus e o projeto humanizador do Pai. Se não o voltamos a escutar hoje com coração simples e aberto,
alimentamo-nos de doutrinas veneráveis, mas não conheceremos a alegria do
Evangelho de Jesus, capaz de “ressuscitar” a nossa fé.
Nas margens do lago da Galileia, começou Jesus a chamar os Seus
primeiros seguidores para ensiná-los a viver com o Seu estilo de vida e a colaborar com Ele na grande tarefa de fazer a vida mais humana.
Hoje Jesus continua a chamar. Se não escutamos a Sua chamada e Ele não “vai à
nossa frente”, para onde se dirigirá o cristianismo?
Pelos caminhos da Galileia foi-se gerindo a primeira comunidade
de Jesus. Os Seus seguidores vivem junto Dele uma experiência única. A Sua
presença preenche tudo. Ele é o centro. Com Ele aprendem a viver acolhendo,
perdoando, curando a vida e despertando a confiança no amor insondável de Deus. Se não colocamos, quanto antes, Jesus no centro das nossas
comunidades, nunca experimentaremos a Sua presença no meio de nós.
Se voltarmos à Galileia, a “presença invisível” de Jesus ressuscitado
adquirirá traços humanos ao ler os relatos evangélicos, e a Sua “presença
silenciosa” recobrará voz concreta ao escutar as Suas palavras de alento.
Fonte: IHU - Notícias
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