Hoje, uma reflexão muito concreta
e importante. Como pano de fundo tem o
texto bíblico Jo 6, 41-51. É de autoria do padre e teólogo espanhol José
Antonio Pagola.
O texto foi publicado na no site
do Instituto Humanitas Unisinos (IHU).
Vale a pena ler e refletir!
WCejnóg
IHU
- Notícias
Sexta, 07 de agosto de
2015
Atração por Jesus
A leitura que a Igreja
propõe neste domingo é o Evangelho de Jesus Cristo segundo Joao 6,
41-51 que corresponde ao 19º Domingo do Tempo Comum, ciclo B do Ano
Litúrgico. O teólogo espanhol José Antonio Pagola comenta
o texto.
Eis o texto
O evangelista João
repete uma e outra vez expressões e imagens de grande força para que as
comunidades cristãs lembrem sempre que hão de acercar-se de Jesus para
descobrir nele uma fonte de vida nova. Um princípio vital que não é
comparável com nada que tenha podido conhecer anteriormente.
Jesus é «pão
descido do céu». Não tem de ser confundido com qualquer fonte de vida. Em
Jesus Cristo podemos alimentar-nos de uma força, uma luz, uma esperança, um
alento vital... que vem do mistério mesmo de Deus, o Criador da vida. Jesus é
«o pão da vida».
Por isso, precisamente,
não é possível encontrar-se com ele de qualquer maneira. Temos de ir ao mais
fundo de nós mesmos, abrirmos a Deus e «escutar o que nos diz o Pai». Ninguém
pode sentir verdadeira atração por Jesus, «se não o atrai o Pai que O enviou».
O mais atrativo de Jesus
é a Sua capacidade de dar vida. O que acredita em Jesus Cristo e sabe
entrar em contato com Ele, conhece uma vida diferente, de qualidade nova, uma
vida que, de alguma maneira, pertence já ao mundo de Deus. João atreve-se a
dizer que «o que come deste pão, viverá para sempre».
Se nas nossas
comunidades cristãs não nos alimentamos do contato com Jesus, seguiremos
ignorando o mais essencial e decisivo do cristianismo. Para isso, nada
há pastoralmente mais urgente que cuidar bem da nossa relação com Jesus, o
Cristo.
Se na Igreja não nos
sentimos atraídos por esse Deus encarnado num homem tão humano, próximo
e cordial, ninguém nos tirará do estado de mediocridade em que vivemos
sumidos habitualmente. Ninguém nos estimulará para ir mais longe que o
estabelecido pelas nossas instituições. Ninguém nos alentará para ir mais
adiante que o que nos marcam as nossas tradições.
Se Jesus não nos
alimenta com o Seu Espírito de criatividade, seguiremos presos ao passado, vivendo
a nossa religião desde formas, concepções e sensibilidades nascidas e
desenvolvidas noutras épocas e para outros tempos que não são os nossos. Mas,
então, Jesus não poderá contar com a nossa cooperação para gerar e alimentar a
fé no coração dos homens e mulheres de hoje.
Fonte: IHU - Notícias
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