Temas diversos. Observar, pensar, sentir, fazer crítica construtiva e refletir sobre tudo que o mundo e a própria vida nos traz - é o meu propósito. Um pequeno espaço para uma visão subjetiva, talvez impregnada de utopia, mas, certamente, repleta de perguntas, questionamentos, dúvidas e buscas, que norteiam a vida de muitas pessoas nos dias de hoje.

As perguntas sobre a existência e a vida humana, sobre a fé, a Bíblia, a religião, a Igreja (sobretudo a Igreja Católica) e sobre a sociedade em que vivemos – me ajudam a buscar uma compreensão melhor desses assuntos, com a qual eu me identifico. Nessa busca, encontrando as melhores interpretações, análises e colocações – faço questão para compartilhá-las com os visitantes desta página.

Dedico este Blog de modo especial a todos os adolescentes e jovens cuja vida está cheia de indagações.
"Navegar em mar aberto, vivendo em graça ou não, inteiramente no poder de Deus..." (Soren Kierkegaard)

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Atração por Jesus. – Reflexão de José Antonio Pagola. Muito atual!


Hoje, uma reflexão muito concreta e importante. Como pano de fundo  tem o texto bíblico Jo 6, 41-51. É de autoria do padre e teólogo espanhol José Antonio Pagola.
O texto foi publicado na no site do Instituto Humanitas Unisinos (IHU).
Vale a pena ler e refletir!

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IHU - Notícias
Sexta, 07 de agosto de 2015

Atração por Jesus

A leitura que a Igreja propõe neste domingo é o Evangelho de Jesus Cristo segundo Joao 6, 41-51 que corresponde ao 19º Domingo do Tempo Comum, ciclo B do Ano Litúrgico. O teólogo espanhol José Antonio Pagola comenta o texto.

Eis o texto

O evangelista João repete uma e outra vez expressões e imagens de grande força para que as comunidades cristãs lembrem sempre que hão de acercar-se de Jesus para descobrir nele uma fonte de vida nova. Um princípio vital que não é comparável com nada que tenha podido conhecer anteriormente.

Jesus é «pão descido do céu». Não tem de ser confundido com qualquer fonte de vida. Em Jesus Cristo podemos alimentar-nos de uma força, uma luz, uma esperança, um alento vital... que vem do mistério mesmo de Deus, o Criador da vida. Jesus é «o pão da vida».

Por isso, precisamente, não é possível encontrar-se com ele de qualquer maneira. Temos de ir ao mais fundo de nós mesmos, abrirmos a Deus e «escutar o que nos diz o Pai». Ninguém pode sentir verdadeira atração por Jesus, «se não o atrai o Pai que O enviou».

O mais atrativo de Jesus é a Sua capacidade de dar vida. O que acredita em Jesus Cristo e sabe entrar em contato com Ele, conhece uma vida diferente, de qualidade nova, uma vida que, de alguma maneira, pertence já ao mundo de Deus. João atreve-se a dizer que «o que come deste pão, viverá para sempre».

Se nas nossas comunidades cristãs não nos alimentamos do contato com Jesus, seguiremos ignorando o mais essencial e decisivo do cristianismo. Para isso, nada há pastoralmente mais urgente que cuidar bem da nossa relação com Jesus, o Cristo.

Se na Igreja não nos sentimos atraídos por esse Deus encarnado num homem tão humano, próximo e cordial, ninguém nos tirará do estado de mediocridade em que vivemos sumidos habitualmente. Ninguém nos estimulará para ir mais longe que o estabelecido pelas nossas instituições. Ninguém nos alentará para ir mais adiante que o que nos marcam as nossas tradições.

Se Jesus não nos alimenta com o Seu Espírito de criatividade, seguiremos presos ao passado, vivendo a nossa religião desde formas, concepções e sensibilidades nascidas e desenvolvidas noutras épocas e para outros tempos que não são os nossos. Mas, então, Jesus não poderá contar com a nossa cooperação para gerar e alimentar a fé no coração dos homens e mulheres de hoje.



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