Temas diversos. Observar, pensar, sentir, fazer crítica construtiva e refletir sobre tudo que o mundo e a própria vida nos traz - é o meu propósito. Um pequeno espaço para uma visão subjetiva, talvez impregnada de utopia, mas, certamente, repleta de perguntas, questionamentos, dúvidas e buscas, que norteiam a vida de muitas pessoas nos dias de hoje.

As perguntas sobre a existência e a vida humana, sobre a fé, a Bíblia, a religião, a Igreja (sobretudo a Igreja Católica) e sobre a sociedade em que vivemos – me ajudam a buscar uma compreensão melhor desses assuntos, com a qual eu me identifico. Nessa busca, encontrando as melhores interpretações, análises e colocações – faço questão para compartilhá-las com os visitantes desta página.

Dedico este Blog de modo especial a todos os adolescentes e jovens cuja vida está cheia de indagações.
"Navegar em mar aberto, vivendo em graça ou não, inteiramente no poder de Deus..." (Soren Kierkegaard)

domingo, 22 de abril de 2012

Mais uma vez sobre a Páscoa: “Vede minhas mãos e pés, sou eu mesmo!”


Mais uma reflexão, muito oportuna, que realça o clima pascoal  deixado pela Festa da Páscoa.

Cohecemos  o texto do Evangelho segundo São Lucas (Lc 24, 35-48), que descreve a alegria dos Apóstolos e outros discípulos, que tomavam conhecimento da ressurreição de Cristo. Todos  estavam entusiasmados,  contando,  uns aos outros, a grande novidade:  “O Senhor ressuscitou de verdade!”  Aí, Jesus apresentou-se no meio deles elhes disse: “A paz esteja convosco”. Eles ficaram assustados, pensando que estão vendo um espírito. Jesus dissipa as dúvidas: “Por que estais perturbados e por que estas dúvidas em vossos corações? Vede minhas mãos e pés, sou eu mesmo;  apalpai-me e vede: um espírito não tem carne nem ossos como eu tenho”. (...) “ E perguntou-lhes: “Tendes por aqui alguma coisa para comer?” Então lhe ofereceram um pedaço de peixe assado. Ele tomou e comeu à vista deles.”  E , Jesus, lhes explicava as coisas, fazendo que eles conseguiam compreender as Escrituras. 

Para meditar mais um pouco sobre a importância da ressurreição de Jesus Cristo para todos nós, cristãos, e indagar sobre a nossa fé no Ressuscitado, trago  aqui mais um comentário da M.Asun Gutiérrez. 

Os interessados pedem ler esse texto em PPS, acessando o site das Monjas Beneditinas de Montesserrat:   http://www.benedictinescat.com/montserrat/indexceramport.html,  abrindo o link  Páscoa Domingo 3  -  Reflexão do Evangelho. Trabalho muito bonito!
Não deixe de ler. 
WCejnog


Oxalá tenhamos sempre “peixe assado” para partilhar.

Voltar a Jesus.  Isto está em primeiro lugar e é o mais decisivo:  
pôr Jesus no centro do cristianismo.
Tudo o resto vem depois.

Que pode haver mais urgente e necessário para os cristãos 
que despertar entre nós a paixão pela fidelidade a Jesus?
Ele é o melhor que temos.
O melhor que podemos oferecer e comunicar ao mundo de hoje.

José Antonio Pagola.
“Jesus: uma abordagem histórica”


Jesus aparece no caminho que percorremos, na casa que habitamos, na conversa que partilhamos.
Ao partir o pão - sinal da vida das pessoas simples e motivo de luta das pessoas necessitadas - ao partilhar o nosso caminho e ao dizer-nos  palavras de carinho, ânimo e perdão, descobrimos a sua Pessoa, transmissora de paz, animadora do caminho, aliviadora de fadigas.

Jesus enche-nos de sua Paz:  plenitude de vida, dom e tarefa.
“Felizes os que promovem  a paz”.  A iniciativa é de Jesus, a resposta é nossa.

Que respondo a Jesus? De que me assusto?
 Porque motivo surgem dúvidas no meu íntimo?

Perante o temor e a incredulidade, Jesus aproxima-se, deixa-se ver, tocar, apalpar.  “Sou Eu em pessoa” resume a mensagem pascal.

Que desperta em mim a sua presença?
Medo, paz, assombro, liberdade, compromisso, festa, amor, dúvidas, alegria..?
De que fantasmas, que me amarram, me tiram a alegria e a paz e me angustiam,  tenho de me libertar para viver a fundo a mensagem libertadora de Jesus?
De que fantasmas posso libertar os outros?

As “aparições” são sempre encontros pessoais que enchem de alegria.
É difícil reconhecer Jesus ressuscitado se não contemplamos e tocamos as suas chagas nas mãos, pés e coração das pessoas que vivem crucificadas.

Jesus diz-nos que não descuidemos algo aparentemente simples:  dar de comer.

De que têm fome as pessoas que me rodeiam? Tenho algo para as aliviar?
Oxalá tenhamos sempre “peixe assado” para partilhar.

Jesus aparece como o Senhor da vida, da paz, da liberdade, do nosso futuro.
Compreender as Escrituras é compreender a mensagem, o projeto de Jesus e torná-lo vida, sendo testemunhas da sua Boa Nova, vivendo como pessoas ressuscitadas e ressuscitadoras, contagiando alegria e esperança.  Seguir caminhando ao encontro dos outros, escutar, pôr a mesa para todos, curar, acolher, partilhar... é a formosa tarefa de quem vive animado pela fé na ressurreição.

A experiência pascal é a progressiva consciência de conversão a Jesus e ao Reino.


Eu creio

Eu creio só num Deus,
em Abbá, como acreditava Jesus.
Eu creio que o Todo-poderoso
criador do céu e da terra
é como a minha mãe
e posso confiar n’Ele.

Creio nisso porque assim o vi
em Jesus, que se sentia Filho.
Eu creio que Abbá não está longe
mas próximo, ao lado, dentro de mim,
creio sentir o seu Alento
como uma Brisa suave que me anima
e me torna mais fácil caminhar.

Creio que Jesus, mais que um homem
é Enviado, Mensageiro.
Creio que as suas palavras são Palavras de Abbá.
Creio que as suas ações são mensagens de Abbá.
Creio que posso chamar a Jesus
a Palavra presente entre nós.

Eu creio só num Deus,
que é Pai, Palavra e Vento
porque creio em Jesus, o Filho
o homem cheio do Espírito de Abbá.

José Enrique Galarreta 


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