Temas diversos. Observar, pensar, sentir, fazer crítica construtiva e refletir sobre tudo que o mundo e a própria vida nos traz - é o meu propósito. Um pequeno espaço para uma visão subjetiva, talvez impregnada de utopia, mas, certamente, repleta de perguntas, questionamentos, dúvidas e buscas, que norteiam a vida de muitas pessoas nos dias de hoje.

As perguntas sobre a existência e a vida humana, sobre a fé, a Bíblia, a religião, a Igreja (sobretudo a Igreja Católica) e sobre a sociedade em que vivemos – me ajudam a buscar uma compreensão melhor desses assuntos, com a qual eu me identifico. Nessa busca, encontrando as melhores interpretações, análises e colocações – faço questão para compartilhá-las com os visitantes desta página.

Dedico este Blog de modo especial a todos os adolescentes e jovens cuja vida está cheia de indagações.
"Navegar em mar aberto, vivendo em graça ou não, inteiramente no poder de Deus..." (Soren Kierkegaard)

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Que dizemos nós? - Reflexão de José Antonio Pagola. Bem atual!



 “E vós, quem dizeis que Eu sou?” (Mt 16,15)

Considero todas as reflexões (textos) escritos por José Antonio Pagola muito interessantes e, sobretudo, verdadeiramente oportunas para os católicos (e cristãos, de modo geral) nos tempos atuais. Todos deveriam ler  e refletí-las!

Abaixo, uma consistente e atual reflexão, que tem como fundo o texto bíblico Mt 16, 13-20 (Jesus pergunta aos seus discípulos o que pensam sobre Ele).
Foi publicada no site do Instituto Humanitas Unisinos (IHU).
Não deixe de ler.
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IHU - NOTÍCIAS


Que dizemos nós

A leitura que a Igreja propõe neste domingo é o Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 16, 13-20 que corresponde ao 21º Domingo do Tempo Comum, ciclo A do Ano Litúrgico. O teólogo espanhol José Antonio Pagola comenta o texto.

Eis o texto

Também hoje Jesus dirige a nós, cristãos, a mesma pergunta que fez um dia aos Seus discípulos: “E vós, quem dizeis que Eu sou?”. Não nos pergunta só para que nos pronunciemos sobre a Sua identidade misteriosa, mas também para que revejamos a nossa relação com Ele. Que Lhe podemos responder a partir das nossas comunidades?

Conhecemos cada vez melhor Jesus, ou temo-Lo “encerrado nos nossos velhos esquemas aborrecidos” de sempre? Somos comunidades vivas, interessadas em colocar Jesus no centro da nossa vida e das nossas atividades, ou vivemos presos na rotina e na mediocridade?

Amamos Jesus com paixão ou converteu-se para nós numa personagem gasta a quem continuamos a evocar enquanto no nosso coração vai crescendo a indiferença e o esquecimento? Quem se aproxima das nossas comunidades pode sentir a força e o atrativo que tem para nós?

Sentimo-nos discípulos e discípulas de Jesus? Estamos aprendendo a viver com o Seu estilo de vida no meio da sociedade atual, ou deixamo-nos arrastar por qualquer reclame mais apetecível para os nossos interesses? É igual viver de qualquer maneira, ou temos feito da nossa comunidade uma escola para aprender a viver como Jesus?

Estamos aprendendo a olhar a vida como a olhava Jesus? Olhamos a partir das nossas comunidades para os necessitados e excluídos, com compaixão e responsabilidade, ou encerramo-nos nas nossas celebrações, indiferentes ao sofrimento dos mais desvalidos e esquecidos: os que foram sempre os prediletos de Jesus?

Seguimos Jesus colaborando com Ele no projeto humanizador do Pai, ou continuamos a pensar que o mais importante do cristianismo é preocupar-nos exclusivamente com a nossa salvação? Estamos convencidos de que o modo de seguir Jesus é viver cada dia fazendo a vida mais humana e mais feliz para todos?

Vivemos o domingo Cristão celebrando a ressurreição de Jesus, ou organizamos o nosso fim de semana vazio de todo o sentido cristão? Temos aprendido a encontrar Jesus no silêncio do coração, ou sentimos que a nossa fé se vai apagando afogada pelo ruído e o vazio que há dentro de nós?

Acreditamos em Jesus ressuscitado que caminha conosco cheio de vida? Vivemos acolhendo nas nossas comunidades a paz que nos deixou em herança aos Seus seguidores? Acreditamos que Jesus nos ama com um amor que nunca acabará? Acreditamos na Sua força renovadora? Sabemos ser testemunhas do mistério de esperança que levamos dentro de nós?

Fonte: IHU - Notícias


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