“E
vós, quem dizeis que Eu sou?” (Mt 16,15)
Considero
todas as reflexões (textos) escritos por José Antonio Pagola muito
interessantes e, sobretudo, verdadeiramente oportunas para os católicos (e
cristãos, de modo geral) nos tempos atuais. Todos deveriam ler e refletí-las!
Abaixo, uma consistente e atual reflexão, que
tem como fundo o texto bíblico Mt 16, 13-20 (Jesus pergunta aos seus discípulos
o que pensam sobre Ele).
Foi publicada no site do Instituto Humanitas
Unisinos (IHU).
Não deixe de ler.
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IHU - NOTÍCIAS
Sexta, 22 de agosto de 2014
Que dizemos nós
A leitura que a Igreja propõe neste domingo é o Evangelho de Jesus
Cristo segundo Mateus 16, 13-20 que corresponde ao 21º Domingo do
Tempo Comum, ciclo A do Ano Litúrgico. O teólogo espanhol José Antonio Pagola comenta o texto.
Eis o texto
Também
hoje Jesus dirige a nós, cristãos, a mesma pergunta que fez um dia aos Seus
discípulos: “E
vós, quem dizeis que Eu sou?”. Não nos pergunta só para que nos pronunciemos sobre a Sua
identidade misteriosa, mas também para que revejamos a nossa
relação com Ele. Que Lhe podemos responder a partir das nossas comunidades?
Conhecemos cada vez melhor Jesus, ou temo-Lo “encerrado nos nossos velhos esquemas aborrecidos” de
sempre? Somos comunidades vivas, interessadas em colocar Jesus no centro da
nossa vida e das nossas atividades, ou vivemos presos na rotina e na
mediocridade?
Amamos Jesus com paixão ou converteu-se para nós numa personagem gasta a quem continuamos a evocar enquanto
no nosso coração vai crescendo a indiferença e o esquecimento? Quem se aproxima
das nossas comunidades pode sentir a força e o atrativo que tem para nós?
Sentimo-nos discípulos e discípulas de Jesus? Estamos
aprendendo a viver com o Seu estilo de vida no meio da sociedade atual, ou deixamo-nos
arrastar por qualquer reclame mais apetecível para os nossos interesses? É igual viver de qualquer maneira, ou
temos feito da nossa comunidade uma escola para aprender a viver como Jesus?
Estamos aprendendo a olhar a vida como a olhava Jesus? Olhamos a partir
das nossas comunidades para os necessitados e excluídos, com compaixão e
responsabilidade, ou encerramo-nos nas nossas celebrações, indiferentes ao sofrimento
dos mais desvalidos e esquecidos: os que foram sempre os prediletos de
Jesus?
Seguimos Jesus colaborando com Ele no projeto humanizador do Pai, ou
continuamos a pensar que o mais importante do cristianismo é preocupar-nos
exclusivamente com a nossa salvação? Estamos convencidos de que o modo de seguir Jesus é viver cada dia
fazendo a vida mais humana e
mais feliz para todos?
Vivemos o domingo Cristão celebrando a ressurreição de Jesus, ou
organizamos o nosso fim de semana vazio de todo o sentido cristão? Temos aprendido a encontrar Jesus no
silêncio do coração, ou sentimos que a nossa fé se vai apagando afogada pelo
ruído e o vazio que há dentro de nós?
Fonte: IHU - Notícias
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